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12.07.2009

Laboratório Neo Química é vendido para Hipermarcas e Farmasa


Hypermarcas compra Neo Química por R$ 1,3 bi
Transação cria o terceiro maior laboratório de capital brasileiro e o quarto maior em operação no País
A Hypermarcas anunciou a compra do Laboratório Neo Química, fabricante de medicamentos genéricos e isentos de prescrição que será incorporado pela subsidiária Hypernova Medicamentos Participações.
O valor do negócio é de R$ 686,737 milhões e envolve emissão de 17,5 milhões de ações da Hypermarcas, a serem subscritas pelos acionistas do Neo Química. A operação total está avaliada em cerca de R$ 1,3 bilhão.


Ao final da transação, os controladores do Neo Química deterão 7,3% do capital total da Hypermarcas e participarão do bloco de controle da empresa. "Completamos cinco aquisições no ano, com valor total de cerca de R$ 2 bilhões, em linha com a estratégia anunciada durante a oferta pública de ações da companhia, em julho deste ano", afirma o executivo-chefe da Hypermarcas, Claudio Bergamo, em comunicado.

O montante será pago em três parcelas, a primeira, de R$ 235.737.931,00, na data de implementação da operação, que depende de "autorizações societárias previstas nos termos dos respectivos estatutos sociais, e desde que verificadas certas condições estabelecidas no acordo", conforme nota. As outras duas parcelas, de R$ 225,5 milhões cada, serão pagas no primeiro e no segundo aniversários, com correção pela variação do CDI. A Hypermarcas convocará assembleia geral extraordinária (AGE) de acionistas para aprovar o negócio, em data ainda não divulgada.

Em comunicado, a Hypermarcas afirma que a transação cria o terceiro maior laboratório de capital brasileiro e o quarto maior em operação no País.
No setor, a Hypermarcas atua com a divisão DM em medicamentos OTC e a Farmasa em medicamentos de prescrição. Após a aquisição, o segmento deve representar 40% do faturamento total da Hypermarcas, conforme comunicado à imprensa. Fundado em 1959, o Neo Química tem faturamento bruto de R$ 380 milhões, com Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) de cerca de R$ 95 milhões.


SÃO PAULO - Desbancando a Pfizer e outros concorrentes, a Hypermarcas fechou a compra da Neo Química e, com isso, cresce no segmento de medicamentos similares e genéricos.

O valor do negócio passa de R$ 1,3 bilhão e envolve o pagamento de R$ 686 milhões em dinheiro, mais 7,3% do capital da Hypermarcas em ações, o que equivale a outros R$ 681 milhões, considerando o preço atual do papel de R$ 38,95.

A transação cria o terceiro maior laboratório de capital brasileiro e o quarto maior em operação no país. "Essa aquisição permite que a unidade de negócios Farma da Hypermarcas tenha o mais completo portfólio do mercado", disse o presidente-executivo da Hypermarcas, Claudio Bergamo, por meio de comunicado.

De acordo com Fato Relevante divulgado pela companhia, o negócio se dará pela incorporação das ações da Neo Química pela Hypernova Medicamentos Participações, uma subsidiária integral da Hypermarcas.

Cumprida essa etapa, a Hypermarcas desembolsa os R$ 686 milhões em três parcelas, sendo a primeira parte na data de implementação da operação e as demais no primeiro e segundo aniversários corrigidas pelo CDI. A companhia ainda fará um aumento de capital, para emitir as 17,5 milhões de ações, ou 7,3% do capital, que fazem parte do acordo.

As empresas também celebraram um acordo que coloca os atuais acionistas do Laboratório Neo Química no bloco de controle da Hypermarcas.

Fundado em 1959, o Neo Química foi um dos primeiros laboratórios a obter registro para produzir e comercializar medicamentos genéricos no Brasil. O faturamento bruto anualizado da empresa para 2009 totaliza R$ 380 milhões, com lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) de cerca de R$ 95 milhões.

Após a aquisição, o setor de medicamentos deve representar 40% do faturamento total da Hypermarcas. O setor de beleza e higiene pessoal deve responder por outros 40%. Alimentos e higiene e limpeza, combinados, devem contribuir com os 20% restantes.

(Eduardo Campos | Valor)

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