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12.24.2009

O SONO E OS SONHOS


Contra ronco e impotência
Problemas do sono e disfunção sexual podem estar ligados. Saiba o que fazer para evitá-los
POR PÂMELA OLIVEIRA


Em cada grupo de dez pessoas, três roncam. E quem pensa que o barulho é o pior malefício que o ronco pode causar está enganado. Além de incomodar e interromper o sono dos acompanhantes, o ronco pode prejudicar a capacidade de ereção. A notícia é preocupante, já que os homens são os principais roncadores: para cada três homens que roncam, uma mulher tem o mesmo problema, afirmam especialistas.

Quando a pessoa ronca, ela tem o sono fragmentado. E essa falta de sono contínuo provoca a diminuição da oxigenação do organismo. A longo prazo, essa fragmentação causa alterações metabólicas que levam a diminuição da produção de óxido nítrico, hormônio responsável pela ereção”, afirma Fausto Ito, membro da Associação Brasileira do Sono.

O ronco, diz o especialista em sono, é o primeiro sinal de que o organismo emite para alertar que existe alguma coisa errada. Se não tratado, ele pode evoluir ainda para a apnéia do sono, que é uma parada respiratória que ocorre durante o sono. A apnéia está relacionada com sérios problemas à saúde, como arritmias, pressão alta, infarto e derrame cerebral. “Pessoas com distúrbios do sono têm três vezes mais risco de sofrer infarto ou um acidente vascular cerebral”, alerta Ito.

Segundo ele, a posição de dormir pode ajudar a controlar o problema. “Dormir com a barriga para cima facilita o ronco porque a ação da gravidade empurra a língua na direção da garganta e obstrui a passagem de ar”, afirma, acrescentando que a obesidade é outro fator que propicia o ronco.

TRATAMENTO

O acúmulo de gordura na região do pescoço obstrui a passagem de ar e a pessoa ronca. Mulheres com a circunferência do pescoço maior do que 38 centímetros já têm predisposição ao ronco. Entre os homens o limite são 40 centímetros”, diz, acrescentando que beber piora o ronco porque relaxa a musculatura.
Existem várias formas de tratamento, como o emagrecimento, uso de aparelhos bucais, exercícios fonoaudiológicos para fortafelecer a musculatura da garganta e até cirurgia.


O sono e o os sonhos
A fenomenologia PSI-GAMMA pode ser observada durante o sono, inserida nos sonhos. Muitas
vezes observa-se a mesma fenomenologia no estado de pré-sono, quando a mente faz devaneios. A seguir, as concepções relativas ao sonhos e ao sono.
A) CONCEPÇÕES PRÉ-FREUDIANAS SOBRE OS SONHOS.
Antes do trabalho de Freud na interpretação dos sonhos, três eram as concepções a respeito do fenômeno onírico: a primeira, defendida por médicos e outros cientistas, era a de que o sonho era o resultado da atividade cerebral desconexa durante o sono e que, portanto, não tinha qualquer significado; outra concepção, defendida por correntes esotéricas, era a de que o sonho era o momento da libertação do espírito em relação ao corpo físico; finalmente, uma outra concepção popular, afirmava que o sonho possuia algum significado.
Os estudos de Freud com a associação de idéias e o desenvolvimento da Psicanálise, propiciou um conhecimento maior a respeito do processo onírico.
B) CONCEPÇÕES FREUDIANAS SOBRE OS SONHOS.
Freud abordou os três tipos de sonhos: os inteligíveis ou nítidos; os desnorteantes (nítidos com idéias absurdas) e os desconexos ou absurdos.
Para Freud, o sonho possui duas funções básicas: proteger o sono e realizar um desejo.
A primeira função é bastante fácil de ser percebida por uma espécie de sonho que todos já tiveram, pelo menos na infância: o fato de alguém sonhar que está urinando muitas vezes confunde a consciência, que não desperta o indivíduo, para satisfazer o ato. Com isso muitos já acordaram "molhados" com esta "peça" do psiquismo. O sonho "protegeu" o sono, simulando a realização de uma necessidade, que acaba por "enganar" a consciência.
A segunda função relaciona-se com algum desejo não realizado em estado de vigília. Então o indivíduo realizaria o desejo frustrado em seus sonhos. Contudo, a realização desse desejo não é explícita no processo onírico. Essa realização está "disfarçada" no conteúdo do sonho. São os conteúdos manifesto e latente, próprios dos sonhos. Para perceber o conteúdo latente é necessário compreender os processos "complicadores" do sonho.
CONDENSAÇÃO: Processo pelo qual um indivíduo representa vários elementos em um só. Por exemplo, no sonho ele vê uma mulher que não conhece. Após uma análise detalhada perceberá que os cabelos são de sua mãe, as mãos de sua esposa, os olhos de seu pai, etc.
DRAMATIZAÇÃO: Processo pelo qual se representa com uma determinada situação o pensamento ou o sentimento do indivíduo. Exemplo: Alguém tem aspirações de progredir na vida, então sonha com um edifício em construção.
DESLOCAMENTO: Processo pelo qual o indivíduo substitui uma situação por outra que lhe seja mais conveniente. Por exemplo: Alguém brigou com seu melhor amigo. Teve vontade até mesmo de agredi-lo, mas sua consciência não permitiu que fizesse isso. Então, durante o sonho, o amigo aparece machucado por causa de, por exemplo, um atropelamento. Ou seja, o indivíduo realizou seu desejo de agredir o amigo, mas não violou sua consciência.
Para um perfeito entendimento a respeito das interpretações dos sonhos, através de Freud, é necessário conhecer o aparelho psíquico, defendido pela Psicanálise. São as famosas instâncias do EGO, SUPEREGO e ID. O primeiro é a própria consciência, o senso de realidade. É no Ego que são administrados os conflitos gerados pelas outras duas instâncias psíquicas; O Superego é o representante da educação, da sociedade, dos princípios éticos e morais... É o nosso "Pai"; O Id é a instância dos instintos. Representa nossos desejos primários, não revestidos de princípios éticos ou sociais. O equilíbrio se dá pela contínua interação dessas instâncias.
Os sonhos paranormais, no contexto freudiano, são de difícil explicação, pois contrariam o determinismo psíquico.
Carl Gustav Jung também contribuiu com a interpretação dos sonhos. Divergia deFreud em relação às concepções dos processos oníricos e acreditava que osonho "é o que é", refletindo exatamente o que expressa. Identificou, também, nos sonhos alguns elementos simbológicos comuns a todos os homens, ajudando a desvendar o que batizou de Inconsciente Coletivo. A fenomenologia paranormal era mais facilmente inserida no contexto junguiano levando-se em conta conceitos como o da Sincronicidade e o próprio Inconsciente Coletivo.
C) CONCEPÇÕES MODERNAS SOBRE OS SONHOS E O SONO.
Hoje em dia dois grupos dividem as opiniões sobre o estudo dos sonhos: o primeiro grupo defende as concepções psicanalíticas freudianas ou neo-freudianas; um segundo grupo acredita que a Psicanálise não é suficiente para explicar fenômenos como os sonhos induzidos por telepatia ou os SHARED DREAMS (Sonhos compartilhados).
A partir de 1950, as pesquisas sobre a forma do sono prevaleceram sobre a interpretação dos sonhos.
ESTUDO DO SONO.
Em laboratórios do Sono pode-se observar o desenrolar dos diferentes períodos do sono num indivíduo, monitorando-se diversos aspectos fisiológicos.
FASES DO SONO.
A)FASE DO PRÉ-SONO
Características: Relaxamento, repouso. No eletroencefalograma registram-se ONDAS ALFA (de 8 a 12 Hz).
B)FASE DE ADORMECIMENTO
Características: Qualquer influência externa pode reestabelecer - por algum tempo - o ritmo alfa. É a sensação de estar "caindo" ( o consciente relutando com o incosciente). Caracteriza-se, no eletroencefalograma, pelo RITMO THETA (de 5 a 7 Hz).
C)FASE DO SONO LEVE
Características: Instala-se, aproximadamente, dez minutos depois da Fase anterior. Detrás das pálpebras os olhos movem-se descoordenadamente. É a fase das ONDAS DELTA (abaixo de 4 Hz).
D)FASE INTERMEDIÁRIA DO SONO
Características: Novo relaxamento. Diminuições da respiração, do ritmo cardíaco, da temperatura corpórea e da pressão sanguínea. As ONDAS DELTA tornam-se maiores.
E)FASE DO SONO PROFUNDO
Características: ONDAS DELTA especialmente lentas. Durante 3 ou 4 vezes durante a noite, ocorre: arritmia cardíaca, pressão sanguínea irregular, produção de adrenalina e oaumento do consumo de oxigênio. São os sintomas de ocorrência da próxima fase.
F)FASE REM (RAPID EYE MOVIMENT)
Características: Aumento da temperatura na parte central do cérebro. Intensa atividade cerebral juntamente com um imenso relaxamento muscular ("Sono Paradoxo"). Movimentos cadenciados e sincronizados dos olhos de um lado para outro. Esta fase é própria de todos os mamíferos e parece ser indispensável, pois os indivíduos acordados antes de entrarem nesta fase possuem a sensação de não terem "descansado" durante o sono.
Na fase REM parece ocorrer, também, os LUCID DREAMS ou SONHOS ACORDADOS. O indivíduo sabe que está sonhando, não registra amnésia quando acorda e o sonho possui um desenlace coerente e um sentido realista.
Ainda não há um estudo completo sobre sonhos telepáticos, clarividentes ou precognitivos. Contudo, foram registrados, na Literatura Parapsicológica, diversos sonhos desse tipo. Com base nos conhecimentos até aqui obtidos, parece que o sonho pode ser mais um instrumento de revelação de uma percepção extra-sensorial. Quando a PES ocorre em nível inconsciente precisa de um instrumento para se fazer conhecida pelo consciente do agente. Ao lado de possíveis intuições, pensamentos obsessivos, alucinações e outros meios, o sonho pode servir de mensageiro.


Contra ronco e impotência


Problemas do sono e disfunção sexual podem estar ligados. Saiba o que fazer para evitá-los

Rio - Em cada grupo de dez pessoas, três roncam. E quem pensa que o barulho é o pior malefício que o ronco pode causar está enganado. Além de incomodar e interromper o sono dos acompanhantes, o ronco pode prejudicar a capacidade de ereção. A notícia é preocupante, já que os homens são os principais roncadores: para cada três homens que roncam, uma mulher tem o mesmo problema, afirmam especialistas.

Quando a pessoa ronca, ela tem o sono fragmentado. E essa falta de sono contínuo provoca a diminuição da oxigenação do organismo. A longo prazo, essa fragmentação causa alterações metabólicas que levam a diminuição da produção de óxido nítrico, hormônio responsável pela ereção”, afirma Fausto Ito, membro da Associação Brasileira do Sono.

O ronco, diz o especialista em sono, é o primeiro sinal de que o organismo emite para alertar que existe alguma coisa errada. Se não tratado, ele pode evoluir ainda para a apnéia do sono, que é uma parada respiratória que ocorre durante o sono. A apnéia está relacionada com sérios problemas à saúde, como arritmias, pressão alta, infarto e derrame cerebral. “Pessoas com distúrbios do sono têm três vezes mais risco de sofrer infarto ou um acidente vascular cerebral”, alerta Ito.

Segundo ele, a posição de dormir pode ajudar a controlar o problema. “Dormir com a barriga para cima facilita o ronco porque a ação da gravidade empurra a língua na direção da garganta e obstrui a passagem de ar”, afirma, acrescentando que a obesidade é outro fator que propicia o ronco.

TRATAMENTO

O acúmulo de gordura na região do pescoço obstrui a passagem de ar e a pessoa ronca. Mulheres com a circunferência do pescoço maior do que 38 centímetros já têm predisposição ao ronco. Entre os homens o limite são 40 centímetros”, diz, acrescentando que beber piora o ronco porque relaxa a musculatura.
Existem várias formas de tratamento, como o emagrecimento, uso de aparelhos bucais, exercícios fonoaudiológicos para fortafelecer a musculatura da garganta e até cirurgia.

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