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1.19.2010

Doenças respiratórias


Tempo seco aumenta o número de doenças respiratórias

Cerca de 90% dos casos são causados por vírus e acometem principalmente crianças e idosos

O clima seco e a queda da temperatura são fatores que favorecem o desenvolvimento de infecções e alergias respiratórias.
Isso porque essas condições atmosféricas facilitam o desenvolvimento dos agentes virais e, por consequência, o aparecimento das infecções respiratórias. Também as pessoas passam mais tempo em ambientes fechados, o que facilita a circulação de microrganismos e a transmissão das infecções de pessoas para pessoas.

"Com o ar mais seco e temperaturas mais baixas, há maior exposição das crianças e adultos a ácaros, poeira, mofo e demais substâncias alérgenas, desencadeando crises de asma, rinite e outras alergias respiratórias”, explica o dr. José Eduardo Cançado, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).

É claro que as infecções respiratórias podem ocorrer em qualquer época do ano. Porém, no inverno, com o tempo mais seco, as mucosas ficam ressecadas, diminuindo as defesas locais do organismo e favorecendo infecções respiratórias como gripe, resfriado, amigdalites, faringites, sinusite e pneumonia. Nessa época do ano, o número de internações aumenta em relação às outras.

"Para os indivíduos que já sofrem de problemas respiratórios crônicos, como asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, a DPOC, o período é adequado para procurar um pneumologista para avaliação e para a introdução de medidas de controle. Afinal, são pacientes que têm suscetibilidade maior de agravamento dessas doenças. Se não houver controle, isso pode levar inclusive à morte”, ressalta dr. Cançado.

Especificamente para o resfriado, que é uma infecção viral, não existe medicamento com eficácia comprovada. Já para gripe e infecções bacterianas existem medicamentos específicos, porém, somente o médico é que poderá avaliar e prescrever o tratamento adequado.
Já a vacina contra a gripe é a única medida preventiva eficaz para reduzir a incidência, diminuindo também os índices de complicações, como as pneumonias. Ela é oferecida gratuitamente pelo Governo Federal para todos aqueles com idade superior a 60 anos; e está disponível na rede privada para os demais.

Os idosos receberam este benefício por estar mais vulneráveis não apenas à gripe, mas especialmente à pneumonia que se segue às infecções e é uma importante causa de internações e até de óbito entre este público.

A eficácia da vacina se deve às periódicas atualizações em sua composição, de acordo com a mutação viral, garantindo a imunidade ano a ano. O grau de proteção é variável; a cada dez vacinados, de sete a nove aproximadamente não terão gripe. De um a três podem se infectar, contudo, com sintomas mais leves que os habituais.

Cuidados simples, resultados múltiplos

Confira alguns cuidados importantes para prevenir a gripe:
· Agasalhar-se bem e fugir da chuva são recomendações fundamentais. O choque térmico agride as vias aéreas, facilitando as infecções

· Alimentação equilibrada, horas regulares de sono e atividades físicas são imprescindíveis para melhora da defesa do organismo. Seguindo esses hábitos, mesmo em contato com o vírus, a pessoa pode não desenvolver a infecção

· Os ambientes devem ser sempre ventilados e, se possível, com temperatura agradável

· Nos dias mais secos, coloque uma bacia com água ou uma toalha úmida dentro do quarto antes de dormir

· Não deixe de ingerir líquidos. Além de hidratar, ajuda a manter a temperatura do corpo estável

· Lave as mãos com frequência, pois elas têm um grande poder de transmissão de agentes infecciosos

· Se tiver mais de 60 anos ou for portador de doença pulmonar crônica, vacine-se contra a gripe, de preferência, dois meses antes do inverno, para uma melhor reação do organismo e criação de anticorpos.

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