Emagrecedor na berlinda
Sibutramina, medicação mais popular do mundo para quem tenta perder peso, é proibida na Europa por aumentar risco de doenças cardiovasculares.
Brasil estuda se vai adotar medida
Rio - Brasileiros podem perder um forte aliado na busca pela boa forma. A Agência Europeia de Medicamentos proibiu a venda da sibutramina, substância popular no Brasil e nos Estados Unidos que auxilia o emagrecimento.
A recomendação é baseada em um estudo que já dura seis anos e indicou aumento de 16% do risco de enfartes e derrames em pacientes que utilizam a substância. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que ainda está analisando o estudo para decidir se irá proibir a droga.
Nos EUA, a droga já estava sendo vendida de forma restrita desde dezembro, quando a organização de saúde americana Food and Drug Administration (FDA) observou que o uso do medicamento aumenta o risco de infartos e derrames. Segundo a FDA e a Agência Europeia de Medicamentos, os riscos da sibutramina superam seus benefícios.
O presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Ricardo Meirelles, acha precipitada a decisão de proibir o remédio.
CRÍTICAS À MEDIDA
O médico questiona a medida pois, segundo ele, o medicamento acelera a perda de peso, possibilitando, com isso, justamente a diminuição do risco de problemas cardiovasculares, que são relacionados à obesidade. “A pesquisa foi feita com 10 mil voluntários que tinham problemas cardiovasculares. Esses pacientes já não poderiam utilizar a sibutramina, por contraindicações da bula”, criticou. “O remédio só pode ser utilizado com indicação médica e por pacientes que não tenham risco cardiovascular”, frisou. Rui Ramos, cardiologista, chefe da Unidade Coronária do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, também discorda da proibição, mas pondera: “Acho que haverá maior cuidado na hora de receitar o medicamento, com melhor avaliação dos riscos. É fato que os médicos receitam sem saber o histórico do paciente. O Brasil é o maior consumidor de drogas para emagrecer do mundo.”
Para Meirelles, a proibição só prejudica quem não tem doenças prévias e necessita da sibutramina para emagrecer. “Quanto mais rápido a pessoa conquista um peso e uma vida saudável, menos risco ela corre de ter outras doenças”. Ele explica que pessoas que sofrem de sobrepeso são mais suscetíveis a AVC, diabetes, enfarte, colesterol alto e hipertensão.
REEDUCAÇÃO ALIMENTAR
Ainda de acordo com o médico, no Brasil não há evidências que mostrem riscos aos pacientes para os quais a sibutramina está indicada. “Aguardamos orientações”, afirma, explicando que a sibutramina deve ser utilizada como coadjuvante de um programa de atividades físicas, reeducação alimentar e mudança de hábitos.
ATENÇÃO
BENEFÍCIOS
A sibutramina acelera o processo de emagrecimento, pois atua na sensação de saciedade. Como ela age rápido no cérebro, o paciente come menos e melhor.
EFEITOS COLATERAIS
Taquicardia, boca seca, pressão alta, dor de cabeça, insônia, náusea, vertigem, alteração do paladar, sudorese, constipação, irritação no estômago, entre outros.
INDICAÇÃO
A substância é recomendada no Brasil para pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC)maior do que 30 ou entre 25 e 30, mas que tenha alguma comorbidade, como diabetes. Para descobrir o seu IMC, basta dividir seu peso em quilogramas pela sua altura (em metros) ao quadrado.
HÁBITOS SAUDÁVEIS
O uso da sibutramina não exclui a necessidade de mudar os hábitos de vida. Quem quer emagrecer com saúde deve alimentar-se corretamente e praticar exercícios físicos pelo menos três vezes na semana.
O Dia
Leia a noticia da Proibição na Europa
Emagrecedores à base de sibutramina são proibidos na Europa
Brasil estuda se irá adotar a medida contra a substância
Uma das medicações mais populares do mundo para emagrecimento foi proibida hoje de ser comercializada na Europa. A sibutramina, substância aliada em programas de dieta, está na mira dos pesquisadores de saúde há seis anos. Um estudo recém concluído concluiu que a droga aumenta em 16% o risco de enfartes e derrames em pacientes que a utilizam.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que ainda está analisando o estudo para decidir se irá proibir a sibutramina a exemplo do que fez a Agência Europeia de Medicamentos. Segundo relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), órgão das Nações Unidas, o Brasil é o país que mais consome remédios para emagrecer no mundo.
Medicamentos à base de sibutramina são também populares no Brasil e nos Estados Unidos por homens e mulheres quem buscam emagrecer. Nos EUA, porém, a venda da substância já está sendo controlada desde o fim do ano passado por ordem da FDA (Food and Drug Administration), que atendeu aos apelos de uma organização de consumidores.
A sibutramina foi criada como antidepressivo nos anos 1980 e desde o início desta década foi liberada para utilização coadjuvante em dietas. A droga atua na sensação de saciedade.
informações do jornal Estado de São Paulo.
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Anvisa alertará sobre riscos, mas não proibirá medicamento contra obesidade
Sibutramina foi proibida na Europa por risco de doenças cardiovasculares.
Parecer definitivo da agência deverá ser dado em fevereiro.
A substância sibutramina, utilizada no tratamento da obesidade, continuará liberada no Brasil, informou ao G1 o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Raposo, nesta terça-feira (26). Segundo ele, o órgão fará um alerta sobre os riscos cardiovasculares trazidos pelo medicamento, mas não irá proibi-lo.
saiba mais
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Os medicamentos à base de sibutramina – vendidos sob os nomes Reductil, Reduxade, Zelium e Meridia – foram suspensos na Europa na última quinta-feira (21). Para a Agência Europeia de Medicamentos (Emea), a substância pode causar problemas como ataque cardíaco ou derrame.
Segundo Raposo, a Anvisa optou por não proibir o remédio porque os estudos que fundamentaram a decisão do Emea foram feitos em pacientes que já tinham riscos cardíacos. “Fica o alerta para que os médicos façam uma avaliação bem criteriosa, observando se os pacientes têm alguma doença ou condição prévia, como diabetes ou hipertensão.”
Em fevereiro, uma câmara técnica da Anvisa fará uma análise mais detalhada sobre a sibutramina e emitirá um parecer. Com base nesse estudo, a agência poderá mudar a bula do remédio, impor maior controle sobre a emissão de receitas ou mesmo proibir a substância.
Mais risco
No final de 2009, um grupo norte-americano pediu a proibição do medicamento nos EUA. Um estudo analisado pela agência responsável pelo controle de drogas e alimentos no país (FDA, na sigla em inglês) havia indicado que 11,4 % dos pacientes que tomaram medicamento à base de sibutramida morreram ou sofreram paradas cardíacas ou derrames, enquanto o número foi de 10% para os pacientes que tomaram placebo (pílulas falsas feitas de açúcar).
A decisão da agência brasileira é parecida com a norte-americana, que na última quarta-feira (21) lançou um comunicado pedindo que os fabricantes de medicamentos aumentassem as contraindicações, mas não proibiu o uso da substância.
'Primeira opção'
Segundo o endocrinologista José Marcondes, do hospital Sírio-Libanês, a sibutramina é a primeira o opção no tratamento da obesidade, já que outras drogas que combatem o problema podem apresentar ainda mais efeitos colaterais. “Das opções que a gente tem, é a mais segura. Quem não reage [à sibutramina] tem que usar drogas mais antigas”, afirma.
O médico avalia que os efeitos positivos contra a obesidade compensam os efeitos colaterais. “Sabemos que na obesidade temos aumento da frequencia cardíaca e de pressão. Revertendo isso, diminuem o nível de pressão e frequência. É um risco que vale a pena”, avalia.
Marcondes ressalta, contudo, que os pacientes devem ter acompanhamento das suas condições cardiovasculares durante o tratamento. “São necessários exames de rotina, como tirar pressão e avaliar a frequencia cardíaca”. O médico avisa também que o medicamento só é prescrito nos casos em que os pacientes não conseguem vencer a obesidade por meio de exercícios físicos e de mudanças na alimentação.
Iberê Thenório G1.com
A Título de informação aos leitores "Boas Praticas Farmaceuticas" republica uma matéria sobre MEDICAMENTOS PARA EMAGRECER USAR OU NÃO?
TUDO SOBRE REMÉDIOS PARA EMAGRECER
USAR OU NÃO REMÉDIOS?
O emprego de medicamentos para tratamento da obesidade foi durante muitos anos duramente criticado pela imensa maioria da classe médica, inclusive e principalmente pelos endocrinologistas, existindo um grande preconceito contra os médicos que receitavam qualquer tipo de medicamento para a obesidade. Hoje este quadro tem evoluído, havendo uma maior aceitação pela classe médica da necessidade de algumas vezes se lançar mão de tal recurso. Ainda hoje, no entanto, ainda há dois tipos de conduta opostas, a meu ver radicais, aqueles que nunca receitam medicamentos e aqueles que os receitam em todos os casos . A meu ver ambas as posições estão erradas, pois hoje é aceitável, a prescrição de medicamentos para os paciente obesos com IMC acima de 30, ou em pacientes na qual a obesidade é tão patológica que o benefício supera as contra-indicações dos mesmos. Já existe, inclusive aqueles que preconizam o tratamento do obeso mórbido a vida toda com algum tipo de medicamento. Esta nova posição, afirma que a obesidade é uma doença grave, e deve ser tratada como tal. Se outras patologias crônicas tais como o Diabetes, Hipertensão, Cardiopatias, etc, são tratadas com medicamentos (e muitos com graves efeitos colaterais, e nem por isto deixam de ser prescritos), porque não tratar a obesidade com remédios? Na minha experiência de 26 anos com anorexígenos por exemplo, foram RARÍSSIMOS os casos de efeitos colaterais graves, apenas os habituais, tais como boca seca, leve taquicardia, etc. Sabemos que os medicamentos existentes ainda não são os ideais, e é necessário que a medicina aprofunde as pesquisas para descobrir medicamentos mais eficazes, e deixar-mos de tratar os obesos como glutões irresponsáveis e culpados eternos de seu próprio infortúnio.
AS PRINCIPAIS INDICAÇÕES PARA O USO DE ANOREXIGENOS SÃO:
1) Presença de hábitos alimentares claramente patológicos, tais com bulemia, hiperfagia, e compulsão alimentar.
2) Incapacidade de ingerir dietas hipocalóricas para que haja uma redução do peso.
3) Obesidades mórbidas, com risco para o paciente
4) Paciente com IMC acima de 30 Kg/m2
5) Paciente com IMC acima de 25 Kg/m2 com associação com alguma doença como o Diabetes, dislipidemias e hipertensão arterial
6) Tratamentos ineficazes com dieta, exercícios ...etc.
FÁRMACOS QUE PROMOVEM A PERDA DE PESO
Os fármacos mais empregados para a perda de peso são os "supressores de apetite", que promovem perdas de peso reduzindo o apetite e aumentando a sensação de plenitude. Estes medicamentos reduzem o apetite por aumento da serotonina ou das catecolaminas, substancias cerebrais (neurotansmissores) que afetam o estado emocional e o apetite. Em 1999, o FDA dos EUA aprovou o fármaco orlistat (Xenical) para tratamento da obesidade. O orlistat atua reduzindo em aproximadamente um terço a capacidade de absorver gordura dos alimentos. O FDA também aprovou outros fármacos mais disponíveis para a perda de peso, e para utilizar durante curto tempo, o que supõe umas poucas semanas ou meses. A sibutramina e o orlistat são os dois únicos fármacos aprovados para uso durante longos períodos em pacientes significativamente obesos, ainda que sua segurança e eficácia não tenham sido demonstradas em uso superior a um ano. As normas médicas limitam a publicidade ou promoção de um determinado fármaco, mas não limitam a capacidade de um médico para prescrever este fármacos em enfermidades distintas das indicadas, ou administrar em doses diferentes ou durante períodos de tempo distintos dos estabelecidos. O uso de mais de uma medicação para perda de peso de cada vez (tratamento medicamentoso combinado) é um exemplo de contra-indicação. Outro exemplo de contra-indicação é a indicação de um fármaco de perda de peso diferente da sibutramina ou orlistat durante um período superior ao considerado curto, como "mais de poucas semanas".
TRATAMENTO COM SOMENTE UM MEDICAMENTO
Existem alguns medicamentos de perda de peso disponíveis para o tratamento da obesidade. Em geral, estes medicamentos são eficazes, e conduzem a uma perda de peso de 2 a 10 kg mais que o esperado com o tratamento não farmacológico da obesidade. Cada pessoa responde de um modo diferente aos medicamentos de perda de peso, e alguns experimentam mais perda de peso que outros. Alguns pacientes obesos que utilizam a medicação perdem mais de 10% de seu peso corporal inicial - uma quantidade de perda de peso que pode reduzir os fatores de risco da obesidade, como as enfermidades relacionadas a ela, em especial hipertensão e diabetes. A máxima perda de peso que se costuma conseguir, acontece, em geral, aos 6 meses do início do tratamento. O peso tende então a manter-se e inclusive aumentar em mais tempo de tratamento. Os estudos realizados sugerem que se um paciente não perde com uma medicação pelo menos 2 kg em quatro semanas, esta medicação não é capaz de ajudar o paciente a alcançar uma perda de peso significativa. Se tem estudado a utilização de antidepressivos como medicamento supressor do apetite, apesar de se considerar um uso fora do protocolo. Estudos tem mostrado que os pacientes com essa medicação perdem uma quantidade moderada de peso até uns 6 meses. Entretanto, a maioria dos estudos tem mostrado que os pacientes que perdem peso enquanto tomam antidepressivos tendem a recuperá-lo enquanto ainda estão em tratamento farmacológico.
BENEFICIOS POTENCIAIS DO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
A curto prazo, a perda de peso em indivíduos obeso pode reduzir certos riscos para a saúde. Os estudos relativos aos efeitos da medicação de perda de peso sobre os riscos para a saúde relacionados com a obesidade tem demonstrado que alguns agentes diminuem a curto prazo a pressão arterial, o colesterol, e os triglicerídios no sangue, assim como também diminuem a resistência a insulina.
RISCOS POTENCIAIS E CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Quando consideramos o tratamento da obesidade mediante tratamento medicamentoso de longa duração, devemos considerar as seguintes áreas de interesse e riscos potenciais:
1) Possibilidade de superdosagem ou dependência
Em geral, toda prescrição de medicamentos para tratar a obesidade, exceto o orlistat, se refere a fármacos controlados o que indica que o médico deve emitir uma notificação de receita B ("receita azul") para a compra do medicamento na farmácia. Ainda que não seja freqüente a superdosagem ou a dependência das medicações supressoras do apetite do tipo não-anfetamina, os médicos devem ter cuidado ao prescrever estes fármacos a pacientes com historia de álcool ou outros abusos de drogas. O uso de anfetaminas é contra-indicado a estes pacientes.
2) Desenvolvimento de tolerância
Muitos estudos de fármacos para perda de peso mostram que há uma tendência a aumentar o peso do paciente aos 4 a 6 meses, quando ainda se encontram em tratamento. Apesar de que alguns pacientes e médicos supõe que isto demonstra tolerância à medicação, o aumento de peso pode supor que o medicamento tenha alcançado seu limite de eficácia. Baseando-se nos estudos de que dispomos, não está claro se o ganho de peso ao longo do tratamento se deve à tolerância do fármaco.
3) Recusa em considerar que a obesidade é uma enfermidade crônica
Pode-se crer que a obesidade seja conseqüência de uma falta de vontade, de ser fraco, ou de se haver "escolhido" um determinado estilo de vida, com sobre alimentação e falta de exercícios. A crença de que cada um escolhe ser obeso se Junta à duvida dos pacientes e dos profissionais de saúde sobre se aceitar o uso a longo prazo de uma medicação supressora de apetite como tratamento da obesidade. Entretanto, é mais apropriado considerar a obesidade como uma enfermidade crônica do que como um estilo de vida escolhido. Outras enfermidades crônicas, como a hipertensão ou diabetes, se tratam mediante tratamento medicamentoso de longa duração, inclusive ainda que essas enfermidades podem melhorar com mudanças no estilo de vida tais como dieta e exercício. Ainda que este enfoque possa afetar médicos e pacientes, o ponto de vista social sobre a obesidade não impediria os pacientes de buscar tratamento médico para evitar os riscos para a saúde que podem causar enfermidades graves inclusive a morte. Os fármacos supressores de apetite não são "balas mágicas" ou tiros certeiros. Não podem substituir o controle da dieta e a atividade física. O principal papel da medicação parece ser ajudar a uma pessoa a persistir em um plano de exercícios e dieta para perder peso e manter a perda.
4) Efeitos colaterais
Como a medicação de perda de peso se utiliza para tratar uma enfermidade que afeta a milhões de pessoas, a maioria das quais estão basicamente sadias, é importante considerar seus efeitos secundários. A maioria deles são muito leves, e normalmente melhoram ao continuar do tratamento. Raramente se tem descrito efeitos graves e inclusive fatais. Os fármacos que afetam os níveis de catecolaminas (como dietilpropiona (anfepramona) e mazindol), podem causar sintomas de insônia, nervosismo e euforia (sensação de bem-estar). A serotonina atua nos sistema catecolaminas e serotonina. Os primeiros efeitos colaterais conhecidos relacionados com a sibutramina são aumentos da pressão e freqüência cardíaca, que normalmente são de fraca intensidade, mas que em alguns pacientes podem ser significativos. As pessoas com hipertensão pouco controlada, doenças cardíacas, irregularidades de pulso ou história de palpitação não devem tomar sibutramina, e todos os pacientes que tomem a medicação devem ter sua pressão verificada periodicamente. Alguns efeitos colaterais do orlistat são emissão de gases com evacuação (gases molhados), necessidade urgente de ira ao banheiro, fezes oleosas ou gordurosas, aumento do número de movimentos intestinais e incontinência fecal. Estes efeitos colaterais são geralmente temporários, mas muitos deles podem piorar com o consumo de alimentos ricos em gorduras. Como o orlistat reduz a absorção de algumas vitaminas, os enfermos devem tomar um multivitamínico pelo menos duas horas antes ou depois de tomar o orlistat. A hipertensão pulmonar primária é uma enfermidade rara, mas potencialmente letal, que afeta os vasos sangüíneos dos pulmões e que leva à morte em um período de 4 anos 45% de suas vítimas. A dietilpropiona e talvez a sibutramina possam causar esta doença.
PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE OS FÁRMACOS PARA PERDER PESO
O remédio pode substituir o exercício para perder peso?
Não. O uso de medicamentos para o tratamento da obesidade deve ser combinado com atividade física e controle da dieta para perder peso e manter esta perda por longo tempo.
Vou recuperar o peso perdido quando parar de tomar a medicação?
Provavelmente. A maior parte dos estudos demonstram que a maioria dos pacientes que cessam a ingestão dos medicamentos para perda de peso recuperam o peso que perderam. Entretanto, isso não tem significado per se, já que os índices de recuperação de peso são praticamente idênticos aos dos pacientes que perderam peso somente através de dieta e exercícios. Pode-se aumentar a possibilidade de manter a perda de peso através de reeducação alimentar e atividade física.
Por quanto tempo preciso tomar os fármacos para redução de peso para tratar a obesidade?
A resposta depende de qual é a medicação que você necessita para emagrecer e para manter a perda de peso, e se você sente efeitos colaterais. Como a obesidade é uma doença crônica, qualquer tratamento, medicamentoso ou não, pode precisar ser continuado durante anos, e talvez durante toda a vida, para melhorar a saúde e manter um peso saudável. Dispomos de pouca informação sobre a segurança e eficácia dos medicamentos para perder peso quando empregado por muitos anos.
Qual a dose devo utilizar?
Não há uma dose correta para a medicação. Seu médico decidirá qual é a melhor dose para você, baseado na avaliação de sua história médica e resposta ao tratamento.
Só preciso perder 5 kg. Posso usar os fármacos?
A medicação para perder peso pode ser apropriada para pacientes cuidadosamente selecionados que tenham um risco médico significativo devido a sua obesidade. não se recomenda a pessoas que só tenham um ligeiro sobrepeso a menos que tenham problemas de saúde que possam piorar devido a seu peso. Estes medicamentos não devem ser utilizados para melhorar a estética somente.
Que outras situações médicas ou medicações podem influir na minha decisão de tomar uma medicação para perda de peso?
É importante que você diga a seu médico se tem algumas das seguintes condições: gravidez ou lactação, história de drogas ou abuso de álcool, história de transtornos alimentares (bulimia e anorexia), história de depressão ou transtorno do humor bipolar, uso de antidepressivos, enxaquecas que necessitam de medicação, hipertensão e planejamento de cirurgia que requeira anestesia
Que tipo de programa devo realizar junto com a medicação para ajudar a melhorar meus hábitos alimentares e de atividade física?
Os estudos realizados demonstram que a medicação de perda de peso é mais eficiente com um programa de manutenção de peso que ajude você a melhorar seus hábitos alimentares e de atividade física. Pergunte a seu médico as questões relativas a sua boa nutrição e suas práticas de atividade física.
Qual a origem desse texto?
Este texto é uma versão modificada de um artigo de revisão sobre o uso nos tratamentos longos dos fármacos supressores do apetite para o tratamento da obesidade, que apareceu em 1996 no Journal of the American Medical Association.
QUAL REMÉDIO ESCOLHER?
O remédio mais indicado varia conforme a pessoa, e diversos fatores devem ser considerados: Se você não tem problemas com dinheiro, o remédio indicado em 98% das vezes será Sibutramina (reductil / plenty) porém se você não tem condições de investir mais do que 100 reais por mês com o tratamento, a segunda escolha recairá sobre as anfetaminas de uma maneira geral (dietilpropiona/anfepramona, mazindol e fenproporex) Vários critérios devem ser avaliados:
1. Preço:
Enquanto as anfetaminas não custam mais que 30 e poucos reais por mês, o uso de sibutramina (reductil, plenty) ultrapassa 150 reais ao mês. Um tratamento de um mês com Orlistat (xenical) atinge absurdos 350 reais.
2. Padrão de ingestão alimentar:
Pacientes de hábito alimentar compulsivo: isto é , pacientes que beliscam o dia todo e que comem devido a um estado crônico de ansiedade, seria mais indicados os medicamentos do Grupo serotoninergico ( Fluoxetina e Sibutramina)
Pacientes com hiperfagia prandial: isto é, pacientes que comem em grandes volumes nas principais refeições, indicamos os medicamentos do grupo das anfetaminas (Femproporex, Dietilpropiona (anfepramona) ou Mazindol). A Anfepramona é conhecida por ser o mais potente anorexígeno, apesar dos conhecidos efeitos colaterais.
3. Adaptação com os efeitos colaterais:
Cerca de 17% das pessoas que fazem tratamento com Dietilpropiona (inibex, dualid), apresentam efeitos colaterais (como irritabilidade, insônia, tremores). Por outro lado, Mazindol e Fenproporex (Desobesi-M, Fagolipo), apresentam efeitos colaterais mais leves, mas ao mesmo tempo menor efeito anorexígeno. Após o início do tratamento o paciente deverá avaliar sua adaptabilidade ao medicamento, e nesse caso ou alterar a dose ou trocar por um outro. Xenical (orlistat) ao contrário, não tem nenhum efeito central (no cérebro) porém causa fortes diarréias e incontinência fecal, o que impossibilita o uso para certas pessoas.
Classe
Substância
Mecanismo de Ação
Dose
Efeitos Colaterais
Nome Comercial
Fenproporex
Diminui a ingestão alimentar por mecanismo noradrenérgico
20 - 50 mg/dia
Boca seca, insônia, taquicardia, ansiedade
Desobesi-M
Catecolaminergicos
Anfepramona (Dietilpropiona)
Diminui a ingestão alimentar por mecanismo noradrenérgico
40 -120 mg/dia
Boca seca, insônia, taquicardia, ansiedade
Dualid S, Hipofagin S, Inibex S, Moderine
Mazindol
Diminui a ingestão alimentar por mecanismo noradrenérgico e dopaminérgico. Não é derivado da feniletilamina como os três anteriores.
1 - 3 mg/dia
Boca seca, insônia, taquicardia, ansiedade
Absten, Dasten, Fagolipo
Serotoninérgicos
Sibutramina
Inibição da recaptação da serotonina e da noradrenalina, central e perifericamente, diminuindo a ingesta e aumentando o gasto calórico
10 - 20 mg/dia
Boca seca, constipação, taquicardia, sudorese, eventualmente aumento da pressão arterial
Reductil, Plenty
Inibidor da absorção intestinal de gorduras
Orlistat
Atua no lúmen intestinal inibindo a lipase pancreática que é uma enzima necessária para a absorção de triglicerídeos
No máximo 120 mg, em 3 tomadas diárias, antes das refeições.
Esteatorréia (diarréia gordurosa), incontinência fecal, interfere na absorção das vitaminas A, D, E e K, necessitando de suplementação.
Xenical
OBESIDADE
Como se desenvolve ou se adquire?
Nas diversas etapas do seu desenvolvimento, o organismo humano é o resultado de diferentes interações entre o seu patrimônio genético (herdado de seus pais e familiares), o ambiente sócio econômico, cultural e educativo e o seu ambiente individual e familiar. Assim, uma determinada pessoa apresenta diversas características peculiares que a distinguem, especialmente em sua saúde e nutrição. A obesidade é o resultado de diversas dessas interações, nas quais chamam a atenção os aspectos genéticos, ambientais e comportamentais. Assim, filhos com ambos os pais obesos apresentam alto risco de obesidade, bem como determinadas mudanças sociais estimulam o aumento de peso em todo um grupo de pessoas. Recentemente, vem se acrescentando uma série de conhecimentos científicos referentes aos diversos mecanismos pelos quais se ganha peso, demonstrando cada vez mais que essa situação se associa, na maioria das vezes, com diversos fatores. Independente da importância dessas diversas causas, o ganho de peso está sempre associado a um aumento da ingesta alimentar e a uma redução do gasto energético correspondente a essa ingesta. O aumento da ingesta pode ser decorrente da quantidade de alimentos ingeridos ou de modificações de sua qualidade, resultando numa ingesta calórica total aumentada. O gasto energético, por sua vez, pode estar associado a características genéticas ou ser dependente de uma série de fatores clínicos e endócrinos, incluindo doenças nas quais a obesidade é decorrente de distúrbios hormonais.
O que se sente?
O excesso de gordura corporal não provoca sinais e sintomas diretos, salvo quando atinge valores extremos. Independente da severidade, o paciente apresenta importantes limitações estéticas, acentuadas pelo padrão atual de beleza, que exige um peso corporal até menor do que o aceitável como normal. Pacientes obesos apresentam limitações de movimento, tendem a ser contaminados com fungos e outras infecções de pele em suas dobras de gordura, com diversas complicações, podendo ser algumas vezes graves. Além disso, sobrecarregam sua coluna e membros inferiores, apresentando a longo prazo degenerações (artroses) de articulações da coluna, quadril, joelhos e tornozelos, além de doença varicosa superficial e profunda (varizes) com úlceras de repetição e erisipela. A obesidade é fator de risco para uma série de doenças ou distúrbios que podem ser:
Doenças
Distúrbios
Hipertensão arterial
Distúrbios lipídicos
Doenças cardiovasculares
Hipercolesterolemia
Doenças cérebro-vasculares
Diminuição de HDL ("colesterol bom")
Diabetes Mellitus tipo II
Aumento da insulina
Câncer
Intolerância à glicose
Osteoartrite
Distúrbios menstruais/Infertilidade
Coledocolitíase
Apnéia do sono
Assim, pacientes obesos apresentam severo risco para uma série de doenças e distúrbios, o que faz com que tenham uma diminuição muito importante da sua expectativa de vida, principalmente quando são portadores de obesidade mórbida (ver a seguir).
Como o médico faz o diagnóstico?
A forma mais amplamente recomendada para avaliação do peso corporal em adultos é o IMC (índice de massa corporal), recomendado inclusive pela Organização Mundial da Saúde. Esse índice é calculado dividindo-se o peso do paciente em kilogramas (Kg) pela sua altura em metros elevada ao quadrado (quadrado de sua altura) (ver ítem Avaliação Corporal, nesse site). O valor assim obtido estabelece o diagnóstico da obesidade e caracteriza também os riscos associados conforme apresentado a seguir:
IMC ( kg/m2)
Grau de Risco
Tipo de obesidade
18 a 24,9
Peso saudável
Ausente
25 a 29,9
Moderado
Sobrepeso ( Pré-Obesidade )
30 a 34,9
Alto
Obesidade Grau I
35 a 39,9
Muito Alto
Obesidade Grau II
40 ou mais
Extremo
Obesidade Grau III ("Mórbida")
Conforme pode ser observado, o peso normal, no indivíduo adulto, com mais de 20 anos de idade, varia conforme sua altura, o que faz com que possamos também estabelecer os limites inferiores e superiores de peso corporal para as diversas alturas
A obesidade apresenta ainda algumas características que são importantes para a repercussão de seus riscos, dependendo do segmento corporal no qual há predominância da deposição gordurosa, sendo classificada em:
Obesidade Difusa ou Generalizada
Obesidade Andróide ou Troncular (ou Centrípeta), na qual o paciente apresenta uma forma corporal tendendo a maçã. Está associada com maior deposição de gordura visceral e se relaciona intensamente com alto risco de doenças metabólicas e cardiovasculares (Síndrome Plurimetabólica)
Obesidade Ginecóide, na qual a deposição de gordura predomina ao nível do quadril, fazendo com que o paciente apresente uma forma corporal semelhante a uma pêra. Está associada a um risco maior de artrose e varizes
Essa classificação, por definir alguns riscos, é muito importante e por esse motivo fez com que se criasse um índice denominado Relação Cintura-Quadril, que é obtido pela divisão da circunferência da cintura abdominal pela circunferência do quadril do paciente. De uma forma geral se aceita que existem riscos metabólicos quando a Relação Cintura-Quadril seja maior do que 0,9 no homem e 0,8 na mulher. A simples medida da circunferência abdominal também já é considerado um indicador do risco de complicações da obesidade, sendo definida de acordo com o sexo do paciente:
Risco Aumentado
Risco Muito Aumentado
Homem
94 cm
102 cm
Mulher
80 cm
88 cm
A gordura corporal pode ser estimada também a partir da medida de pregas cutâneas, principalmente ao nível do cotovelo, ou a partir de equipamentos como a Bioimpedância, a Tomografia Computadorizada, o Ultrassom e a Ressonância Magnética. Essas técnicas são úteis apenas em alguns casos, nos quais se pretende determinar com mais detalhe a constituição corporal.
Na criança e no adolescente, os critérios diagnósticos dependem da comparação do peso do paciente com curvas padronizadas, em que estão expressos os valores normais de peso e altura para a idade exata do paciente. De acordo com suas causas, a obesidade pode ainda ser classificada conforme a tabela a seguir.
Obesidade por Distúrbio Nutricional
Dietas ricas em gorduras
Dietas de lancherias
Obesidade por Inatividade Física
Sedentarismo
Incapacidade obrigatória
Idade avançada
Obesidade Secundária a Alterações Endócrinas
!Síndromes hipotalâmicas
Síndrome de Cushing
Hipotireoidismo
Ovários Policísticos
Pseudohipaparatireoidismo
Hipogonadismo
Déficit de hormônio de crescimento
Aumento de insulina e tumores pancreáticos produtores de insulina
Obesidades Secundárias
Sedentarismo
Drogas: psicotrópicos, corticóides, antidepressivos tricíclicos, lítio, fenotiazinas, ciproheptadina, medroxiprogesterona
Cirurgia hipotalâmica
Obesidades de Causa Genética
Autossômica recessiva
Ligada ao cromossomo X
Cromossômicas (Prader-Willi)
Síndrome de Lawrence-Moon-Biedl
Cabe salientar ainda que a avaliação médica do paciente obeso deve incluir uma história e um exame clínico detalhados e, de acordo com essa avaliação, o médico irá investigar ou não as diversas causas do distúrbio. Assim, serão necessários exames específicos para cada uma das situações. Se o paciente apresentar "apenas" obesidade, o médico deverá proceder a uma avaliação laboratorial mínima, incluindo hemograma, creatinina, glicemia de jejum, ácido úrico, colesterol total e HDL, triglicerídeos e exame comum de urina. Na eventual presença de hipertensão arterial ou suspeita de doença cardiovascular associada, poderão ser realizados também exames específicos (Rx de tórax, eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico) que serão úteis principalmente pela perspectiva futura de recomendação de exercício para o paciente. A partir dessa abordagem inicial, poderá ser identificada também uma situação na qual o excesso de peso apresenta importante componente comportamental, podendo ser necessária a avaliação e o tratamento psiquiátrico. A partir das diversas considerações acima apresentadas, julgamos importante salientar que um paciente obeso, antes de iniciar qualquer medida de tratamento, deve realizar uma consulta médica no sentido de esclarecer todos os detalhes referentes ao seu diagnóstico e as diversas repercussões do seu distúrbio.
Como se trata?
O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação alimentar, o aumento da atividade física e, eventualmente, o uso de algumas medicações auxiliares. Dependendo da situação de cada paciente, pode estar indicado o tratamento comportamental envolvendo o psiquiatra. Nos casos de obesidade secundária a outras doenças, o tratamento deve inicialmente ser dirigido para a causa do distúrbio.
Reeducação Alimentar
Independente do tratamento proposto, a reeducação alimentar é fundamental, uma vez que, através dela, reduziremos a ingesta calórica total e o ganho calórico decorrente. Esse procedimento pode necessitar de suporte emocional ou social, através de tratamentos específicos (psicoterapia individual, em grupo ou familiar). Nessa situação, são amplamente conhecidos grupos de reforço emocional que auxiliam as pessoas na perda de peso. Independente desse suporte, porém, a orientação dietética é fundamental. Dentre as diversas formas de orientação dietética, a mais aceita cientificamente é a dieta hipocalórica balanceada, na qual o paciente receberá uma dieta calculada com quantidades calóricas dependentes de sua atividade física, sendo os alimentos distribuídos em 5 a 6 refeições por dia, com aproximadamente 50 a 60% de carboidratos, 25 a 30% de gorduras e 15 a 20% de proteínas. Não são recomendadas dietas muito restritas (com menos de 800 calorias, por exemplo), uma vez que essas apresentam riscos metabólicos graves, como alterações metabólicas, acidose e arritmias cardíacas. Dietas somente com alguns alimentos (dieta do abacaxi, por exemplo) ou somente com líquidos (dieta da água) também não são recomendadas, por apresentarem vários problemas. Dietas com excesso de gordura e proteína também são bastante discutíveis, uma vez que pioram as alterações de gordura do paciente além de aumentarem a deposição de gordura no fígado e outros órgãos.
Exercício
É importante considerar que atividade física é qualquer movimento corporal produzido por músculos esqueléticos que resulta em gasto energético e que exercício é uma atividade física planejada e estruturada com o propósito de melhorar ou manter o condicionamento físico. O exercício apresenta uma série de benefícios para o paciente obeso, melhorando o rendimento do tratamento com dieta. Entre os diversos efeitos se incluem:
a diminuição do apetite,
a melhora do perfil de gorduras,
a melhora da sensação de bem-estar e auto-estima.
O paciente deve ser orientado a realizar exercícios regulares, pelo menos de 30 a 40 minutos, ao menos 4 vezes por semana, inicialmente leves e a seguir moderados. Esta atividade, em algumas situações, pode requerer profissional e ambiente especializado, sendo que, na maioria das vezes, a simples recomendação de caminhadas rotineiras já provoca grandes benefícios, estando incluída no que se denomina "mudança do estilo de vida" do paciente.
Drogas
A utilização de medicamentos como auxiliares no tratamento do paciente obeso deve ser realizada com cuidado, não sendo em geral o aspecto mais importante das medidas empregadas. Devem ser preferidos também medicamentos de marca comercial conhecida, evitando-se o uso de formulações manipuladas. Cada medicamento específico, dependendo de sua composição farmacológica, apresenta diversos efeitos colaterais, alguns deles bastante graves como arritmias cardíacas, surtos psicóticos e dependência química. Por essa razão devem ser utilizados apenas em situações especiais de acordo com o julgamento criterioso do médico assistente. Lembre-se: Não existe perda de peso com o remédio apenas. Sua força de vontade e determinação é importante na perda de peso. Você deve, simultaneamente ao tratamento farmacológico, realizar sua dieta e, se possível, exercícios. Os medicamentos atualmente disponíveis para tratamento da obesidade podem ser classificados de acordo com seu modo de ação conforme apresentado a seguir.
Modo de ação
Nome da Substância Ativa
Catecolaminérgicos
Fentermina, fenproporex, anfepramona (dietilpropiona), mazindol, fenilpropanolamina
Serotoninérgicos
Fluoxetina, Sertralina
Serotoninérgicos
Sibutramina
Catecolaminérgicos
Termogênicos
Efedrina, cafeína, aminofilina
Inibidores de absorção de gorduras
Orlistat
No que se refere ao tratamento medicamentoso da obesidade, é importante salientar que o uso de uma série de substâncias não apresenta respaldo científico. Entre elas se incluem os diuréticos, os laxantes, os estimulantes, os sedativos e uma série de outros produtos freqüentemente recomendados como "fórmulas para emagrecimento". Essa estratégia, além de perigosa, não traz benefícios a longo prazo, fazendo com que o paciente retorne ao peso anterior ou até ganhe mais peso do que o seu inicial.
Como se previne?
Uma dieta saudável deve ser sempre incentivada já na infância, evitando-se que crianças apresentem peso acima do normal. A dieta deve estar incluída em princípios gerais de vida saudável, na qual se incluem a atividade física, o lazer, os relacionamentos afetivos adequados e uma estrutura familiar organizada. No paciente que apresentava obesidade e obteve sucesso na perda de peso, o tratamento de manutenção deve incluir a permanência da atividade física e de uma alimentação saudável a longo prazo. Esses aspectos somente serão alcançados se estiverem acompanhados de uma mudança geral no estilo de vida do paciente.
UM POUCO DE FISIOLOGIA HUMANA – COMO FUNCIONA O SEU CÉREBRO
A fome é controlada por uma série de mecanismos diferentes no organismo. Entretanto, o mais importante sem sombra de dúvida se localiza no hipotálamo. É o chamado "centro da fome". Também é no hipotálamo que se localiza o "centro do prazer". Estas áreas são regiões do cérebro que estão mais ou menos ativas conforme sentimos mais prazer ou nos alimentamos.
E como estas regiões são ativadas? Através de produtos chamados "mediadores químicos", ou "neurotransmissores". Existem algumas dezenas de mediadores químicos no nosso corpo, mas dos mais importantes que agem no cérebro sem dúvida são a Dopamina e a Noradrenalina.
Estas substâncias são naturalmente liberadas naturalmente no cérebro quando nós nos alimentamos (ou fazemos sexo, ou qualquer outra atividade que traga prazer), estimulando o "Centro do prazer", ou o "Centro da Fome". Normalmente nós precisamos COMER para obter estes estímulos. E é ai que entra o papel do remédio. Ele estimula a liberação dos neurotransmissores mesmo se nós não nos alimentarmos. Dessa forma, o medicamento "engana" o cérebro fazendo-o pensar que nós acabamos de nos alimentar. O resultado disso, é a inibição da fome, que é o objetivo final do tratamento.
Existem outros neurotransmissores importantes, como a Serotonina. A serotonina normalmente é relacionada com sensações de prazer e saciedade também, e também está associado com o estado de "alegria" ou "tristeza". Muitos remédios antidepressivos (como a fluoxetina / Prozac) são baseados em "estimular a liberação" de serotonina. Alguns anorexígenos (Reductil / Plenty) agem não só no sistema noradrenalina-dopamina mas tabmém na serotonina, por isso possuem um melhor resultado com menos efeitos colaterais.
É importante ter em mente que o número de neurotransmissores (ou catecolaminas) no cérebro não é muito grande. Um mesmo neurotransmissor tem diversas aplicações diferentes, e irá fazer uma coisa diferente dependendo da região do cérebro (ou do corpo) em que for liberado.
Por exemplo: A noradrenalina no cérebro, gera um estado de "alerta". Já na pele, gera inibição do suor ou outras glândulas, e no intestino diminui a contratividade. Evidentemente quando nós comemos não geramos liberação de noradrenalina na pele, mas apenas nas regiões do hipotálamo relacionadas à alimentação. E é aí que acontecem os efeitos colaterais do medicamento: Ele gera uma liberação GENERALIZADA de neurotransmissores, provocando os efeitos colaterais que vamos discutir em outra seção.
EFEITOS COLATERAIS POSITIVOS
Além dos efeitos anorexígenos (supressão da fome), as anfetaminas em geral (Inibex/Dualid/Hipofagin) tem efeito estimulante sobre o sistema nervoso, que causam outros efeitos além da simples inibição da fome. Nem todos vão necessariamente ocorrer com você, mas você deverá estar preparado para entendê-los caso isso ocorrer.
Os mais importantes são:
Diminuição da necessidade de sono
Não confunda isso com insônia. Você realmente precisa de menos horas de sono por dia para sentir-se bem. Procure dormir um pouco mais tarde e ocupar seu tempo, ou acabará "rolando na cama" sem conseguir dormir. Você poderá sentir-se bem com quantidades tão pequenas quanto 5 horas de sono diárias
Aumento da iniciativa
Você fica mais ativo, com menos preguiça de fazer as coisas. É sempre voluntário para ajudar.
Aumento do pique ou euforia
Você não se cansa de realizar as atividades, pode ficar horas fazendo algo sem sentir fadiga física ou mental.
Aumento da atenção
Você passa a reparar mais em coisas que normalmente não reparava antes, Detalhes agora não passam mais desapercebidos, e parece que você capta tudo. Este efeito acaba sendo compensado pela diminuição da capacidade de concentração (você começa a reparar em tudo e não consegue se concentrar em nada). É o que causa disturbios como "mania de limpeza ou organização", pois você começa a "ver" as sujeiras e bagunças da casa que não via antes.
Diminuição do cansaço e abatimento natural das dietas
Em geral quando se faz regime, você fica cansado, tristonho, com sono, sem energia para nada. Fazendo regime com Anfepramona você simplesmente fica mais ativo do que estava antes. Isso pode se tornar um problema se você já era hiperativo.
EFEITOS COLATERAIS NEGATIVOS
De uma maneira geral os sintomas são os mesmos para Anfepramona / Fenproporex / Mazindol. Daremos ênfase à Anfepramona (dietilpropiona, Inibex, Dualid) pois serem os remédios mais utilizados e mais eficazes. Para o uso de Fenproporex / Mazindol os efeitos serão os mesmos, porém sempre em menor escala já que são remédios mais "fracos", tendo não apenas resultados menores mas também efeitos colaterais menores.
Os efeitos colaterais dos anorexígenos são dose-dependentes. Isso siginifca que quem toma 75 mg de anfepramona terá mais efeitos do que quem toma 50 mg/dia.
Para simplificar a escrita, a partir de agora neste texto irei utilizar o nome "Dualid" ao me referir ao medicamento Cloridrato de Anfepramona / Dietilpropiona, para facilitar a escrita e a leitura.
O mecanismo de ação do Dualid o seguinte: Ele age no cérebro estimulando a liberação de dopamina e noradrenalina. Estas substâncias são naturalmente liberadas no cérebro quando nós nos alimentamos (ou fazemos sexo, ou qualquer outra atividade que traga prazer). A liberação "artificial" faz com que o remédio "engane" o corpo e nós tenhamos a sensação de que "acabamos de comer" mesmo que estejamos há mais de 24 horas sem comida.
A origem dos efeitos colaterais está diretamente ligada ao mecanismo de ação da droga. O Dualid gera liberação indiscriminada dos neurotransmissores. Isso significa que toda parte do seu corpo (e não só a região responsável pela fome, no cérebro) estará "sobrecarregada" de noradrenalina e dopamina.
A noradrenalina é uma prima muito próxima da adrenalina. E nós sabemos que a adrenalina é o neurotransmissor do "stress", do suto, Normalmente a noradrenalina (NA) é liberada no corpo quando estamos em uma situação de grande perigo, ou pelo menos quando assim pensa o nosso corpo. Se temos que fugir de um bandido, ou se precisamos ajudar um filho que está preso em um acidente de carro, nosso corpo libera quantidades enormes de NA. E isso faz tudo aquilo que nós realmente precisamos naquele momento de urgência: Leva mais sangue para os músculos (e este sangue é retirado da pele) e cérebro, para que nós possamos ter mais força e pensamento acelerado. Isso realmente acontece, todos já ouviram histórias de que num momento desesperador em uma emergencia, pessoas fracas levantaram pesos absurdos ou percorreram grandes distâncias sem cansar. Ao mesmo tempo, estimula nosso coração e a respiração, para que nosso corpo tenha mais energia para o momento de "luta ou fuga".
O Dualid estimula a liberação de NA (para atingir o hipotálamo e diminuir a fome), mas, "sem querer", acaba acertando o corpo todo de uma maneira geral, já que a liberação não é específica. O resultado disso é que quando sob tratamento com Dualid, você vai sentir como se estivesse permanentemente em estado de alerta: Você terá aumentado seu nível de atenção, terá menos sono, terá o pensamento acelerado, e o sangue se concentrará no cérebro e músculos. Seu coração baterá mais rápido e sua respiração ficará mais rápida.
Evidentemente você poderá gostar de alguns desses sintomas (discutidos na área de sintomas positivos), mas boa parte deles é desagradável.
Lembre-se que o Dualid age em dois sistemas: O sistema DOPAMINA e o sistema NORADRENALINA. A noradrenalina é responsável pelas funções de estado de alerta e pensamento, já a dopamina irá ter papel no comportamento / percepções. Discutiremos a seguir os efeitos colaterais negativos do Dualid.
Estes efeitos não irão NECESSARIAMENTE ocorrer com você. Lembre-se que apenas 17% das pessoas têm efeitos colaterais durante o tratamento. Portanto não se "assuste" ao ler a relação abaixo. Incluimos uma grande variedade de efeitos possíveis para podermos ajudar o máximo de pessoas, mas provavelmente você terá muito poucos dos abaixo. Entretanto você deverá estar preparado para entender o que pode acontecer com o seu corpo.
Não existe coisa pior do que algo estar acontecendo conosco e a gente não entender. O pior, é quando algo está acontecendo e a gente nem se dá conta, ou então atribui a outros fatores. Entender os efeitos colaterais dos anorexígenos é o primeiro passo para se adaptar ao medicamento. Não pense que você terá todos eles, porém, se você sentir que "apareceu" algum dos sintomas abaixo durante o seu tratamento, poderá ser devido ao uso da droga. Provavelmente você terá apenas uns dois ou três dos efeitos colaterais abaixo, ou se tiver sorte, nenhum deles. Todos os efeitos colaterais passam com a suspensão da droga. Os efeitos sobre o corpo passam imediatamente com a suspensão do medicamento. Jà os efeitos sobre a mente (particularmente ilusões e pesadelos) podem levar entre 2 a 4 semanas para passar.
1) Efeitos Colaterais Negativos sobre o corpo- Quais são os principais e como lidar com eles
Os efeitos sobre o corpo são em geral leves e não causam maiores desconfortos. Ocorrem devido à liberação acentuada de noradrenalina causada pelo remédio. Todos imitam a reação de luta-ou-fuga do seu organismo (como se você tivesse em uma situação de stress). Vou elencar os mais comuns. É claro que existe uma "infinidade" de efeitos colaterais possíveis (como acontece até mesmo com a aspirina), mas a grande maioria deles é rara. Vamos aos mais corriqueiros.
Efeitos cardiovasculares
Sua pressão irá ficar mais alta. Se ela era normalmente 12/8, poderá ficar em torno de 14/9 sem que isso seja um problema sério para você. Procure evitar alimentos muito salgados durante o tratamento para manter a pressão o mais baixa possível. O Dualid deverá ser usado com cautela e acompanhamento em pessoas com hipertensão.
Palpitações ao deitar
Você sente o coração batendo mais forte. Tente não pensar nisso, mas se achar que está demais, procure seu médico.
Boca Seca
Você poderá ter secura na boca e mucosas em geral (inclusive vaginal). O uso de chicletes sem açúcar e lubrificantes íntimos auxilia a atenuar este problema.
Pele fria e pálida
Acontece devido ao desvio do sangue para o cérebro e músculos. Não causa maiores problemas.
Constipação
Trata-se não só de um efeito colateral do remédio em sim, mas também é resultado da dieta que você fará paralelamente ao tratamento. Ingerindo poucos alimentos e bebendo poucos líquidos, você irá diminuir o bolo alimentar que é o que forma as fezes. Tudo isso soma-se aos efeitos constipantes do remédio. Por este motivo muitas "fórmulas" contém laxantes, como fenoftaleína, entretanto não recomendamos laxantes por agredirem a mucosa do intestino. Para resolver este problema basta comer muitas frutas e fibras e beba bastante água durante o tratamento. Uma boa dica é você comprar no mercado "fibra de trigo", custa bem barato e comendo uma ou duas colheres de sopa por dia, o gosto é ruim mas alivia o seu intestino. As principais frutas para "soltar" o intestino são: maçã e pêra.
Midríase
Suas pupilas ficarão mais dilatadas, porém isso não causa maiores problemas. Se tiver maior sensibilidade à luz, habitue-se a usar óculos escuros durante o dia.
Náuseas
A dopamina também é o neurotransmissor responsável pelo estímulo de vômito. Se você sentir náuseas, poderá amenizá-las com metoclopramida. (Plasil).
Dores de cabeça
Principalmente na primeira semana você poderá sentí-las, em geral resolvem-se com paracetamol ou outro analgésico que você tiver em casa (dipirona, aspirina, etc).
Tremores nas mãos
Principalmente logo após tomar o remédio, você poderá sentir tremores nas mãos. Ocorrem devido ao estímulo da noradrenalina, mas passa com o tempo.
Coceira
Bastante comum, e acontece principalmente no couro cabeludo. Pode ou não diminuir com o tempo. Você pode coçar passando uma escova de cabelo um pouco mais forte.
Olhos arregalados
Preste atenção se não está mantendo os olhos abertos demais ao falar com alguém ou assistir uma palestra ou aula. Para lidar com esta situação, procure relaxar.
2) Efeitos Colaterais Negativos sobre a mente
Justamente por agirem na sua mente (tirando sua fome e desejo de comer), os anorexígenos têm boa parte dos seus efeitos colaterais no cérebro. São efeitos diferentes dos que estamos habituados a ter quando tomamos algum remédio. Na grande maioria dos casos pode ser difícil para o paciente associar estes sintomas ao uso do medicamento. Devemos estar atentos para prontamente identificá-los e poder tomar as medidas necessárias.
De uma maneira geral, todos os efeitos colaterias sobre a mente podem ser atenuados associando-se os remédios para emagrecer com benzodiazepínicos em baixas doses (frontal, diazepam), porém atualmente o conselho federal de medicina não permite que médicos prescrevam os dois grupos de medicamenso associados, pois poderá aumentar o risco de dependência. Na prática o que se observa é que praticamente todas as "fórmulas manipuladas" para emagrecer contém também benzodiazepínicos. Particularmente falando, minha experiência pessoal com as drogas associadas foi bastante positiva, pois realmente senti alivio dos efeitos colaterais que me incomodavam muito. No meu caso usei 75 mg/dia de anfepramona (inibex, às 10h da manhã) associado a 0,25 mg de alprazolan (frontal) antes de dormir, e tive alívio de todos os efeitos colaterais (insônia, pesadelos, dificuldade de concentração).
Quais são os principais e como lidar com eles
O Dualid é uma droga que age principalmente sobre o cérebro. Isso faz sentido já que a fome é controlada principalmente no cérebro. Este controle se faz a um custo que muitas vezes pode ser alto, sobre o nosso comportamento. Nós tendemos a achar que nosso comportamento vem da nossa personalidade, da nossa "forma de ser". Entretanto, nós somos bem mais "animais" ou mais "máquinas programáveis" do que a maioria das pessoas pensa. Nossa forma de pensar e agir é regulada internamente pelos neurotransmissores. O Dualid, por estimular a liberação generalizada de neurotransmissores (NA e DA), pode provocar mudanças bastante acentuadas no comportamento, durante o tratamento. Uma delas (a redução do impulso de comer) é extremamente desejável, porém muitas outras são vistas como efeito colateral negativo. Vamos cobrir alguns dos efeitos colaterais mentais negativos do remédio que você poderá experimentar durante o tratamento, e deverá estar preparado para lidar com eles. Se você entende o que está acontecendo com você , sua vida pode se tornar mais fácil. Não vou elencar em ordem nenhuma por frequência ou importância, cada um deles é importante e poderá acontecer com você.
Alucinações visuais à noite (importante)
Você poderá ver coisas que não existem, o que pode se tornar bastante assustador. Em geral não são "alucinações", mas sim ilusões, o que quer dizer: Você vê uma coisa e "parece que é outra". Estas alucinações incluem principalmente animais (insetos), porém podem tomar as mais variadas formas. Você poderá olhar para um pano jogado no chão e este pano irá parecer um cachorro ou um gato. Em alguns casos isso assusta bastante. Para lidar com isso, a melhor maneira é você mentalizar e ficar pensando: "não é de verdade, não é de verdade". Vá próximo ao objeto, mude de lugar, acenda a luz ou feche a porta. Isso em geral resolve. Você também poderá ver efeitos de luzes ou "piscando", principalmente se olhar fixo para objetos com texturas (listrada, quadriculada). Isso não traz maiores problemas, luzes amarelas ou "formigando/piscando" podem aparecer, principalmente ao se deitar ou em ambientes escuros. Você poderá também ver os objetos à noite como se tivessem uma aura ou halo iluminado ao redor. É comum também ter a impressão de que objetos estão se movendo, porém estão parados. Outra condição que pode acontecer (novamente, principalmente ao deitar) é a sensação (durante alguns segundos) de "enxergar através dos olhos fechados". Pode parecer estranho, mas acontece em alguns casos. Estas alucinações visuais todas se resolvem, por mais estranho que pareça, fechando os olhos. Estas visões quase sempre vêm acompanhadas de uma sensação de medo, e parece que fechando os olhos ou cobrindo o rosto o medo passa. Estando com uma pessoa "amiga" ao seu lado em geral você não ficará com medo e se sentirá bem pois a pessoa irá "proteger".
Medo noturno (importante)
Você poderá sentir um MEDO de intensidade variável. Este "pânico" pode ser tanto difuso (você não sabe do que é) como localizado (medo de algo específico, em geral imaginário). Em geral este medo está associado com as alucinações visuais ou sensação de "não estou sozinho". Você poderá "imaginar" que existem pessoas estranhas na sua casa, ou monstros, se escondendo pelos cantos. Esta sensação é realmente muito estranha e assustadora, você anda pela casa e acha que existem criaturas ou pessoas se escondendo atrás das portas ou em cantos escuros. Você poderá ter muito medo de atravessar uma sala escura. Para lidar com esta situação: Acenda todas as luzes, tranque as portas, fique em um local onde você consiga ver todos os cantos, e bem iluminados. Lembre-se que estas alterações em geral só acontecem em ambientes escuros. Dormir com as luzes acesas também resolve. Outra forma de lidar (se você for mais corajoso) é ficar repetindo "não tem nada, não tem nada" e atravessar o ambiente escuro sem olhar para os lados, ou entrar e acender rapidamente a luz. Lembre-se, a luz resolve estes problemas. É melhor manter todas as luzes da casa acesa do que ficar com esta sensação horrível. Estar com uma pessoa conhecida próximo de você em geral anula a situação. É estranha essa sensação, pois se você está com medo de que tenha algo (digamos um monstro ou uma pessoa) escondida no escuro, mesmo você "sabendo" que não é de verdade, você continua com medo.
Delírios persecutórios
Você poderá pensar que alguém está tramando contra você. Atos simples poderão parecer para você que são para te afetar ou atingir. Poderá ser sua esposa, seus amigos, seus filhos. As ações simples deles irão parecer que é algo com um motivo oculto, que eles não revelam, contra você. Poderá ser sua esposa ou marido traindo, seu sócio passando a perna na empresa, etc.
Transtorno Obsessivo-Compulsivo
Isso ocorre principalmente se você tiver predisposição. Consiste em uma necessidade absoluta de se fazer algo de uma determinada maneira, mesmo que isso seja incômodo para você. Você passa a acreditar que algo TEM que ser feito de uma certa forma, muitas vezes estranha. Pode ocorrer nos mais variados temas, em geral são chamados pelo público leigo de "mania", e as mais comuns são:
1) Organização exagerada - você passa a ser uma pessoa EXTREMAMENTE organizada, tudo terá que estar no seu lugar exato, mutias vezes classificado, etiquetado e dobrado. Se você já era uma pessoa organizada, poderá agravar muito. (aviso: este sintoma é comum)
2) Limpeza exagerada - Pode ser tanto limpeza do ambiente (casa, escritório) como própria, que consiste em manter a casa extremamente limpa, ficar passando panos, lavando e lustrando tudo várias horas ao dia, como própria, que consiste em tomar muitos banhos ou lavar muito a mão. (efeito comum)
3) Trabalho ou estudo exagerado - Dedicação máxima ao trabalho ou estudo, você poderá não querer mais sair de casa e ficar apenas estudando ou trabalhando.
4) Dedicação exagerada a algo: Você poderá desenvolver uma relação obsessiva em relação a um esporte ou uma pessoa, priorizando aquilo na sua vida e fazendo coisas que normalmente não faria.
5) Segurança exagerada: Você terá que verificar se as portas estão trancadas várias vezes, ou terá que verificar a casa inteira para ver se "não entrou ninguém" quando chegar.
6) Comprar objetos em grande quantidade: Coisas que normalmente você tem "sobressalentes" são as mais afetadas por esse transtorno: Você poderá sentirtir uma necessidade de comprar 10 lâmpadas sobressalentes, ou 5 caixas de clips para papel, 10 jogos de canetas quando precisava de apenas uma, pois você precisa sempre ter "reserva", e também "reserva do reserva".. Mesmo tendo já um estoque grande em casa você irá querer comprar mais ainda, "só para garantir" pois enquanto não tiver uma quantidade absurda em casa não irá se sentir "tranquilo".
Como lidar com isso? Agora entramos numa questão difícil. Na grande maioria das vezes, você terá plena consciencia de que este efeito é causado pelo remédio. Você estará fazendo todas estas coisas estranhas "porque quer", e é dificil você se convencer a não fazer. Se o comportamento estiver nitidamente incomodando (por exemplo está ficando com machucados nas mãos de tanto limpar a casa, ou está ficando com notas baixas na faculdade pois não estuda mais), você pode tentar desenvolver estratégias para evitar o comportamento excessivo. Você poderá estar "gostando" de fazer as coisas daquela forma, ou então, aquilo poderá estar te incomodando (por exemplo passa 3 horas por dia limpando a casa ao invés de estudar) mas você simplesmente não consegue parar. É dificl "evitar" essa situação. Para ajudar, tente estabelecer "metas" máximas. Por exemplo, estabeleça uma regra de que só irá limpar a casa 1 hora por dia ou lavar a mão uma vez por hora, ou que irá tirar o domingo "de folga" dos estudos ou trabalho, ou que só irá ter 3 canetas reserva de cada tipo.
Excesso de confiança
Você poderá sentir-se auto-confiante demais, o que pode colocá-lo em situações de risco: Correr demais com o carro, envolver-se em negócios financeiros arriscados demais. Isso ocorre devido ao fato da dopamina liberada pelo medicamento fazer com que você acredite mais em você mesmo e em suas idéias. O resultado é que você passa a crer que suas idéias para negócios ou compras são melhores do que realmente são. Difícil de controlar isso, pois você não está realmente se incomodando, ao contrário, fica entusiasmado com suas "novas perspectivas". O ideal é enquanto você estiver no tratamento, procurar "sossegar" um pouco novos empreendimentos ou compras, principalmente a prazo.
Irritabilidade, pouca paciência
Você irá brigar com aquelas pessoas que normalmente o irritavam mas você sempre "deixava pra lá". Sua paciencia fica extremamente diminuída, e sua agressividade aumenta. Você poderá ver-se xingando pessoas (principalmente familiares) ou reclamando de coisas que normalmente não o irritavam muito. Procure exercer a paciencia e a calma, conscientemente, pois o seu "eu interior" irá sempre querer brigar. Acostume-se a pedir desculpas às pessoas depois de brigar com elas sem motivo. Uma boa dica é avisar seus familiares (marido, esposa, filhos) que este pode ser um efeito do remédio, assim eles irão entender melhor quando você perder a calma. Nesse caso, se possível, peça desculpas depois, explicando que é "culpa do remédio", e que você está fazendo isso "para ficar mais linda / lindo para você".
Ansiedade
Você poderá ter dificuldades para ver filmes muito "parados", ou ficará com aquela sensação de que "tem que fazer alguma coisa", não conseguindo relaxar ou ficar quieto um instante. Este sintoma pode ser eliminado associando-se o remédio com benzodiazepínicos (diazepan, alprazolan, etc), entretanto esta combinação de drogas não é oficialmente permitida pelo conselho federal de medicina.
Anorexia
Você poderá desenvolver "anorexia nervosa", que consiste em comer quantidades MÍNIMAS de alimento. Um sinal de alerta para isso é se você começar a contar grãos de arroz ou feijão, ou colocar quantidades como um dedo de bebida no copo. Outro sinal de alerta é se você começar a sentir tonturas (primeiro ao se levantar) e num estagio mais avançado, mesmo parado. Você sente que "apaga", mas depois volta (tem que se segurar em um objeto). Isso acontece se você levar o regime "a sério demais", que é uma variante do transtorno obsessivo compulsivo ligado à alimentação. Fique atento se você começar a comer menos de 500 calorias por dia, pode ser um indício de anorexia induzida por anfetamina. Resulta de um auto-controle muito grande, somado a desejo intenso de emagrecer + aumento da força-de-vontade gerado pelo remédio. A soma de tudo isso é que você finalmente consegue NÃO COMER. Passa naturalmente após a suspensão do medicamento, porém é de difícil controle durante o tratamento. A melhor forma de lidar com o problema é estabelecer metas mínimas de alimento diárias para permitir que você não sinta tonturas, algo em torno de 500 calorias por dia, nem que você tenha que comer por obrigação. Dê preferência aos alimentos que "não engordam" mas são ricos em proteínas, como Atum Light e Leite Desnatado. Estes dois alimentos você pode comer quanto quiser e não vai engordar nunca.
Diminuição do desejo seuxal
Pode ocorrer particularmente em homens (onde o desejo sexual - ou a falta dele - se manifesta de forma mais visível), ou gera total falta de interesse (não sente desejo pela parceira durante o tratamento) ou por achar que é "perda de tempo" passar algumas horas com o parceiro. O desejo sexual está intimamente ligado ao desejo por comida no cérebro. Ao inibir o desjo de se alimentar, o remédio acaba inibindo o desejo sexual junto. A melhor forma de lidar com este problema é procurar explicar a situação para o parceiro, para que ele não se sintar rejeitado e a culpa caia sobre você.
Problemas com a evocação da memória
Você às vezes tem dificuldade para trazer à memoria coisinhas simples, como o número de telefone da sua melhor amiga, ou o que você fez no dia anterior. Isso dá um certo "desespero", você acha que está perdendo a memória, mas é apenas um efeito colateral temporário, e irá passar após a suspensão do medicamento. Para lidar com este problema, simplesemente entenda que é algo normal, e que nada está acontecendo com você.
Dificuldade de concentração
Sua mente parece que "voa" quando você tenta estudar ou trabalhar. Para lidar com isso, tente manter o ambiente de estudo/trabalho o mais "clean" o possível, longe de pessoas conversando, rádio, música, ou qualquer coisa que possa chamar sua atenção. Aproxime um pouco mais o rosto da mesa para não desviar a atenção, e tente diminuir ao máximo a quantidade de "problemas" da sua vida, coisas para pensar, ou qualquer coisa que faça você se distrair.
Isolamento social
Você perde a vontade de sair com os amigos, ir ao cinema, etc, pois tem "coisas mais importantes para fazer". Normalmente ligado a algum transtorno obsessivo-compulsivo e diminuição da atividade sexual.
Troca de letras na escrita
Se você costuma escrever com rapidez (copiando matéria em uma aula de faculdade por exemplo), você pode cometer pequenos erros ao escrever, como trocar letras (escreve atnes em vez de antes) ou troca de consoantes com o mesmo som (escreve esame em vez de exame). Isso acontece devido ao aumento na velocidade do pensamento resultado do uso do remédio, em geral quando você escreve rápido demais, pois antes de escrever a letra seu cérebro já está pensando na próxima.
Fala rápida
A aceleração na velocidade od pensamento pode fazer com que você fale demais, ou fale rápido demais. Se você perceber que está falando rápido demais, procure se concentrar ao falar, para falar mais devagar.
Uso abusivo
Se você é jovem ou tem história de abuso de drogas, o Dualid NÃO É INDICADO para você, por risco de uso abusivo da droga. Isso é explicado em outra seção. Não entrarei em detalhes aqui, porém mais detalhes podem ser dados através do "Tira Dúvidas".
Dependência
Você poderá fazer uso contínuo, por medo de "voltar a engordar" ou perder o controle, passando a ficar dependente permanentemente da droga para manter seu peso baixo. O problema é que quando você pàra de tomar, se você voltar a se alimentar como fazia antes, só uma coisa poderá acontecer - você voltar a ser tão gordo como era antes. Para que isso não aconteça, voce tem duas escolhas, ou continua tomando o remédio enquanto quiser se manter magro (e é isso que muita gente chama de dependência), ou então passa a fazer alimentação balanceada, exercício, etc, o que, na prática, em geral é impossivel de se fazer.
Humor oscilante
Você poderá ter um humor muito oscilante. Hoje está feliz, amanhã está triste, ou então alterna períodos de desesperança com períodos normais ou eufóricos. Este sintoma poderá se manifestar principalmente em quem já tem tendência a oscilações de humor.
Depressão pós-uso (síndrome de abstinência)
Caso você fique mais de 48h sem o remédio, após ter usado por no mínimo uma semana, você terá, muito provavelmente uma depressão transitória. Os sintomas são absolutamente os mesmos da depressão "normal": Humor deprimido, desesperança, falta de interesse pelas atividades habituais, não sentir prazer em coisas que normalmente seriam agradáveis, etc. Passa após cerca de 15 dias, mas a duração varia conforme o tempo em que você se manteve em tratamento.
EFEITOS COLATERAIS "CURIOSOS"
Amor pela caixinha do remédio
Eu não quis incluir isso nos efeitos colaterais negativos ou positivos, mas não podia deixar de comentar algo bastante curioso que acontece. Você desenvolve uma espécie de amor pela caixinha do remédio. Você olha para a caixinha e acha ela muito "bonitinha" ou muito "fofinha". Você olha para a caixinha e se sente bem, e desenvolve uma espécie de carinho muito grande pela caixinha ou vidrinho do remédio. A visão da caixa de remédio causa uma estranha sensação agradável. Há pessoas que andam com o vidro de Dualid permanentemente no bolso, ou dormem abraçadas com o remédio, em função desse carinho. Como lidar com isso? Aproveite o seu novo bichinho de estimação.
COMO COMPRAR OS REMÉDIOS
Comprar remédios para emagrecer é diferente de comprar aspirina. São remédios "tarja preta" justamente por oferecerem risco à saúde de quem os toma indiscriminadamente. Se usados com cautela e nos casos indicados, são uma droga fantástica e excelente ferramenta, porém se usados sem consciência podem prejudicar sua saúde.
Como é a regulamentação para venda?
Estes remédios todos são de venda controlada. Isso significa que para comprá-los, você precisa de uma receita azul, dada pelo médico. É a chamada "notificação de receita B". Cada receita só permite a compra de 3 caixas de cada vez, e fica retida na farmácia. Para conseguir nova receita, você deverá solicitar o médico (e evidentemente pagar nova consulta). No "anexo" contido neste CD você tem toda a legislação referente ao comércio e venda de medicamentos (portarias da ANVISA), inclusive com modelo fornecido pela ANVISA de receita B (azul).
Para quem o médico dá a receita e para quem não dá
Pessoas pouco acima do peso (10 kg acima do normal) tem pouca chance de conseguir uma receita, nesse caso provavelmente o médico recomendará exercício, dieta "leve", etc. O médico em geral só dará a receita se você tiver IMC acima de 30, ou IMC acima de 25 e diabetes ou hipertensão. Estamos, evidentemente, falando de bons médicos. Existem muitos médicos com menos ética e profissionalismo que, pagando-se consulta particular, dão receitas de anorexígenos para qualquer um que pedir. Falando em termos práticos: Em todos os casos, se você é paciente particular, as suas chances de pedir a receita e receber são muito maiores.
É possível comprar sem receita?
Oficialmente, não. Mas apesar de claramente contra-indicado, como tudo no Brasil, existem diversas formas de se conseguir no mercado negro. A forma mais usada é comprando através da internet. Em geral se compra pela internet pagando-se de duas a três vezes o preço da farmácia, e o remédio é enviado por Sedex após um depósito em conta corrente. Evidentemente não é algo muito confiável de se fazer, pois não se tem certeza da procedência do medicamento ou garantia da entrega do produto. Por incrível que pareça, esse tipo de negociação é feita abertamente em sites de fóruns como os abaixo. Entretanto não recomendo ou indico a compra de qualquer coisa desta forma, os links abaixo são apenas como informação ou curiosidade. Não tenho como garantir a idoneidade destas pessoas. A maneira correta de iniciar um tratamento para emagrecer é consultando um médico, e a indicação de remédios não é para qualquer pessoa. Não nos responsabilizamos ou garantimos os links ou endereços abaixo, e lembramos que o uso de medicamentos sem o conhecimento de seu médico poderá ser prejudicial à sua saúde.
Outra forma menos utilizada para se conseguir o remédio sem receita, envolve acordo diretamente com funcionários da farmácia, chamando-o "no cantinho", evidentemente pagando-se preço acima da tabela pelo medicamento (mas nem tanto quanto comprando pela internet). Se você leu a seção de "efeitos colaterais", sabe que anorexígenos são remédios que, por alterarem nosso comportamento e forma de pensar, não devem ser tomados livremente, como se fossem aspirina. Ainda que você não tenha indicações absolutas para o tratamento, sempre existem médicos mais flexíveis na prescrição desta classe de drogas. Qualquer acompanhamento médico é sempre melhor que NENHUM acompanhamento médico.
DESVENDANDO FÓRMULAS MANIPULADAS
Muitas vezes tomamos "receitas" sem nem saber o que tem dentro. Aqui vai uma breve descrição dos componentes mais importantes que existem nas receitas "manipuladas" mais comuns.
Geralmente se nota um procedimento comum nestas "fórmulas manipuladas": O médico coloca diversos componentes (cerca de 10 em média) para parecer que ele elaborou algo único, como se fosse uma receita própria, mas os ingredientes realmente ativos são apenas um ou dois (geralmente uma anfetamina e um benzodiazepínico), e o resto é só para "confundir" ou "personalizar" a receita. Desconfie de receitas com mais de 4 componentes. Lembramos também, que a legislação proíbe associar em uma mesma receita um derivado anfetamínico com um benzodiazepínico (pois aumenta o risco de dependência do remédio). Entretanto isso é algo feito com uma freqüência muito grande, já que os benzodiazepínicos praticamente anulam os efeitos colaterais das anfetaminas (falta de sono, nervosismo, dificuldade de concentração, ansiedade, etc).
Para completar, o ministerio da saúde e o conselho federal de medicina vedam o uso associado de anfetaminas com Benzodiazepinicos, laxantes, diuréticos, e hormonios da tireóide.
Femproporex, Mazindol - "Anfetamina", inibidor de apetite: Desobesi-M
Dietilpropiona, Anfepramona, - "Anfetamina", inibidor de apetite: Inibex, Dualid, Hipofagin
Benzodiazepinona, Alprazolan, Diazepam, Bromazepam - Benzodiazepínicos - Calmante pra você dormir melhor por causa da anfetamina e também pra aliviar a ansiedade que faz você comer demais, e outros efeitos colaterais dos anorexígenos (não recomendado como associação). Diazepam , Frontal
Clordiazepoxido - Benzodiazepínico - idem ao acima. Psicosedin
Fluoxetina - Antidepressivo, eles misturam com anfepramona tentando imitar os efeitos da Sibutramina. Bula
Metoclopramida - Para diminuir eventuais enjôos causados pela anfetamina. É um antagonista dopaminérgico. "Plasil"
Cáscara Sagrada, Fenoftaleína - Laxante, pois as anfetaminas prendem o estômago.
Dimeticone - Usado para evitar cólicas, flatulências, etc.
Ranitidina, cimetidina - Antiácido Genérico, Antak
KCl - Cloreto de potássio, para evitar desequilíbrio eletrolítico devido aos diuréticos. Clotássio
Furosemida - Diurético, faz você urinar mais e "murchar". Furosem
Hidroclorotiazida, Espironolactona - Diurético mais fraco que furosemida, faz você "murchar". Aldazida
Triac, Tiratricol, Triiodotironina - Hormônio da tireóide NÃO DEVE SER TOMADO para perda de peso pois traz risco de doenças da tireóide irreversíveis. Se você está tomando alguma fórmula que contenha isso, saiba que este medicamento é contra-indicado para tratamento da obesidade. Triac, Trimag -
Spirulina - Suplemento alimentar para compensar a sua dieta. Na prática não tem efeito nenhum no seu emagrecimento e pode ser perfeitamente dispensado sem qualquer prejuízo ao tratamento
RECOMENDAÇÕES PARA QUEM VAI INICIAR OS SUPRESSORES DE APETITE
O remédio tira sua fome mas não faz milagres
Inicie simultaneamente uma dieta com o remédio. Ele tira a fome, porém se você continuar comendo mesmo sem fome perderá o efeito e jogará seu dinheiro no lixo. Tente controlar sua ansiedade, muitas vezes comemos para passar o "nervoso", sobre isso o remédio não age, apenas na verdadeira fome. Também não age na vontade de comer (que é diferente da fome), portanto evite ambientes "de risco", como festas, etc, como sempre fez.
Força de vontade sempre foi importante em qualquer dieta
Portanto todas as recomendações de qualquer outra dieta são válidas agora ainda mais. Evite bolos, docinhos, massas, etc. Faça exercício, e tudo mais que você sempre fez. O ideal é você "fingir" que nem está tomando remédio e levar uma dieta da maneira como sempre levou. A diferença é que agora você VAI CONSEGUIR.
Evite de comentar com as pessoas que está tomando
Isso inclui amigas íntimas. Depois que você emagrecer, vão falar "assim até eu", e ignorar totalmente sua força de vontade. Além disso muitas pessoas tem preconceito contra remédios, vão dizer que você não tem força de vontade, que está se matando, que o remédio faz mal, que deixa louco, e mais um monte de coisa que você não vai querer ouvir. Quer evitar fofocas a seu respeito? Mantenha a boca fechada.
Nunca aumente a dose "por conta própria".
Sempre consulte seu médico.
Não pare de repente.
Vá diminuido aos poucos, para seu corpo ir se adaptando. Recomenda-se diminuir 25% da dose por semana, não mais que isso. Parar a medicação repentinamente pode levar a sono, depressão, e fome incontrolável, devido ao efeito "rebote". Logo após você terminar o tratamento com remédio, se você parar de "uma vez", terá DEPRESSÃO e SONO EXAGERADO por alguns dias. Isso realmente acontece, e é importante você diferenciar este efeito colateral da droga de uma verdadeira tristeza. Você poderá se sentir triste e desanimado da vida, porém tenha sempre em mente de que essa é uma sensação falsa. Depois de algumas semanas, passa. Quanto mais longo for o tratamento, mais tempo dura a depressão pós-anfetamínica.
Tenha sempre em mente os efeitos colaterais
(positivos e negativos), para saber identificjá-los prontamente ao acontecerem com você. Sempre é mais fácil lidar com uma situação quando sabemos o que vai acontecer antes.
Doses recomendadas
- Tomar cuidado para não ultrapassar a dose recomendada doses em excesso podem desencadear com maior intensidade todos os efeitos colaterais, particularmente distíurbios do sono e do comportamento..
- A dose recomendada de Inibex / Dualid S 75 é em geral de 1 capsula ou comprimido diário, às 10h da manhã. O efeito do comprimido é máximo durante 12 horas, portanto estará agindo plenamente até cerca de 10h da noite, após isso você começa a sentir uma leve fome, o que é normal.
- A dose recomendada de Desobesi-M em geral é de uma cápusula na metade da manhã.
- Lembramos que estas doses pode variar em efeitos de pessoa para pessoa, porém não se indicam doses acima de 150 mg (2 comprimidos / cápsulas) diários de Anfepramona / Dietilpropiona por pessoa.
- Recomenda-se tomar o medicamento por volta das 10 horas da manhã, mas se você tomar muito cedo, irá sentir fome à noite se você costuma dormir muito tarde. Nesses casos vale a pena "atrasar" um pouco a dose diária o quanto você conseguir.
Fonte: Blog do professor Luiz
Atenção: Não se automedique. Procure sempre um médico.(boaspraticasfarmaceuticas)
As anfetaminas também são conhecidas como “Rebite” pelos motoristas que precisam dirigir várias horas seguidas sem descansar, sendo ingeridas, neste caso pelo seu efeito de inibição do sono. Já entre os estudantes, é conhecida por “bola”, e é também utilizada para inibição de sono com objetivo de passar a noite inteira estudando.As anfetaminas possuem diferentes formas de uso – via oral, por comprimido ou solução, fumada e por via injetável.
Brasil discutirá venda de droga para emagrecer
ResponderExcluirAgência pretende tomar decisão definitiva sobre medicação em fevereiroA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomará em fevereiro uma decisão definitiva sobre os medicamentos para emagrecer com sibutramina.
Na terça-feira, o órgão federal lançou um alerta aos profissionais de saúde com relação aos inibidores de apetite que usam a substância. A medida foi uma reação à proibição da droga, na semana passada, pela Agência Europeia de Medicamentos.
O destino da sibutramina no Brasil será decidido na próxima reunião da Câmara Técnica de Medicamentos, orgão consultivo da Anvisa. Os especialistas que integram o órgão vão analisar o estudo que apontou um aumento na incidência de infarto e e derrame em pessoas com histórico de doença cardíaca que tomavam o medicamento. A Câmara poderá determinar a inclusão de contraindicações na bula do remédio ou medidas restritivas. A possibilidade de proibição é considerada pequena.
Droga de venda controlada no país, com retenção da receita na farmácia, a sibutramina é amplamente utilizada para emagrecer. Ela funciona inibindo o apetite. O estudo que provocou o banimento do medicamento na União Europeia investigou 10 mil pessoas.
Medicamentos ampliam risco de infarto, aponta estudo
O levantamento concluiu que o risco de desenvolver enfermidades cardiovasculares, como infarto do miocárdio, derrame e parada cardíaca aumenta em 16% nos pacientes que utilizaram o medicamento, quando comparados àqueles tratados com placebo. O estudo, no entanto, abrangeu apenas pessoas com histórico de doença cardiovascular.
O presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia no Rio Grande do Sul, Guilherme Alcides Flores Soares Rollin, observa que, para quem não está no grupo compreendido pelo estudo, o uso da sibutramina é considerado seguro.
– Tem de ficar bem claro que esse estudo é sobre o uso por pessoas com doenças cardiovasculares estabelecidas. Depois dele, fica muito difícil indicar o medicamento para essas pessoas. Mas é completamente diferente para outros grupos. Há vários estudos mostrando que é seguro usar sibutramina por pelo menos dois anos.
02 de Fevereiro de 2010
Quando agora estamos prestes da proibição dos medicamentos a base de anfetaminas devemos alertar aos leitores de "boaspraticasfarmaceuticas " do risco que este medicamentos causam quando utilizados de forma indiscriminada.
ResponderExcluirFalo especificamente dos camioneiros que fazem uso das anfetaminas para ficar mais tempo sem dormir, causando
diversos acidentes, muitas vezes fatais nas nossas rodovias.