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2.01.2010

Teste de Esforço




O que é um Teste de Esforço (Ergométrico)?

Um teste de esforço registra a atividade elétrica do coração, em um eletrocardiograma, ao mesmo tempo em que se mede a pressão arterial e enquanto o paciente caminha em uma esteira rolante ou pedala em uma bicicleta ergométrica.
Um eletrocardiograma (ECG) é um exame que registra a atividade elétrica do coração.
Este tipo de exame é usado tanto para o diagnóstico das doenças cardíacas e hipertensão arterial aos esforços, como para avaliar a eficácia de tratamentos para as doenças cardíacas.

O teste de esforço é realizado quando se suspeita da presença de alguns tipos de doenças cardiovasculares. A mais comum das doenças, para qual este teste é usado, são as doenças das artérias coronárias, situação na qual, os vasos sanguíneos, que levam o sangue, oxigênio e nutrientes ao coração, se apresentam com estreitamentos e oclusões. As artérias coronárias podem se estreitar ou se ocluir quando são depositadas substâncias como o colesterol ou quando ocorre a formação de coágulos, que se prendem nas paredes das artérias.

Muitas pessoas, com obstruções das artérias coronárias, são assintomáticas durante o repouso; entretanto, quando os indivíduos são submetidos a exercícios físicos, um maior esforço passa a ser exigido do coração, e os sintomas podem surgir. O teste de esforço pode mostrar alterações no eletrocardiograma, que surgem quando o coração é submetido a uma maior carga de trabalho, alterações estas que não estão aparentes com o paciente em repouso.

Indicações

Um Teste de Esforço é realizado para:

Avaliar situações de dor torácica não explicada, para determinar sua causa, quando se suspeita de doença das artérias coronárias.

Determinar a capacidade do coração para tolerar exercícios, em pessoas com doença cardíaca conhecida, ou naqueles que tiveram um ataque cardíaco ou cirurgia cardíaca.

Identificar ritmos cardíacos anormais, quando sintomas como vertigem, desmaios ou palpitações acontecerem durante exercícios ou atividade física.

Para fazer uma pesquisa de ocorrência de doença das artérias coronárias, em uma pessoa sem sintomas, especialmente se a pessoa tem fatores de risco (como tabagismo, colesterol alto, hipertensão arterial, diabetes, ou uma história familiar de doença cardíaca em uma idade jovem).

Depois de angioplastia ou cirurgia de revascularização do miocárdio (ponte de safena), para avaliar recorrência da doença.

Avaliar a efetividade de certos medicamentos ou outra terapia para batimentos cardíacos irregulares (arritmias) ou dor torácica de origem cardíaca (angina).

O teste ergométrico com MIBI (ou cintilografia de perfusão miocárdica com esforço e repouso), é um teste ergométrico que além disto inclui a injeção de um traçador radioisotópico (geralmente o MIBI) na veia, na hora em que se atinge o máximo do esforço.

Depois do exercício, a pessoa deita-se em uma maca e são tiradas fotografias com uma câmara especial que vê como o traçador se distribuiu no músculo do coração. Se uma área do coração não recebe a quantidade normal de sangue, haverá um defeito na imagem produzida, porque o traçador não chegou nesta área. As fotografias feitas após o exercício são comparadas às fotografias feitas em repouso.

O fluxo sanguíneo que é normal durante o repouso, mas anormal durante o exercício (um defeito de perfusão) é uma indicação de que o coração não está recebendo sangue suficiente. Para algumas pessoas o teste ergométrico com MIBI é mais preciso do que o teste ergométrico simples.

A cintilografia de perfusão miocárdica é um exame não invasivo e não tem outros riscos além daqueles de um teste ergométrico. O isótopo radioativo injetado para o estudo produz menos radiação que procedimentos que usam raios-X como cateterismo cardíaco ou urografia excretora e também não produz alergias.

Blog do Dr Carlos

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