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3.01.2010

Lipodistrofia ginóide ou Celulite


No século XVII, pintores e artistas plásticos tinham como conceito de beleza feminina o excesso de peso, sendo nítida nas artes barrocas a presença de lipodistrofia ginóide. Hoje em dia a imagem estética requer formas delineadas, magras e sem esta afecção.


Ao contrário da opinião de leigos, a lipodistrofia ginóide não se restringe apenas a uma alteração estética, devendo ser considerada uma patologia. Segundo Rossi, 1999, atualmente a lipodistrofia é caracterizada por diferentes hipóteses sugeridas como base fisiopatológica, dentre elas, por um fenômeno de hiperpolimerização anormal da substância fundamental, alterações primárias no tecido adiposo e microcirculatórias.


Pacientes com grau II de lipodistrofia ginóide submetidos ao tratamento com sessões de endermologia, tratamento este que consiste na aplicação de um equipamento que cria uma pressão negativa de 22 polegadas de Hg a medida que rola sobre a pele, foi eficiente em relação a outros tratamentos convencionais, como exemplo, o ultra-som e a compressão pneumática intermitente, tivemos uma modificação importante, sendo um resultado muito significativo. (BOLLA , ALESSANDRA; KLEIN, KATIA -


Lipodistrofia Ginóide : Uma Nova Abordagem Terapêutica Não – Invasiva)Adcock et al, 1998, explica este fato dizendo que a lipodistrofia ginóide é descrita como uma disforme aparência da pele causada pela força excessiva do subordinamento da fáscia.


Esta redistribuição de forças verticais (força vetor), via bandas de colágeno correndo paralelamente a superfície da pele provoca a ruptura de bandas verticais pela ação de levantamento dos tecidos nas manobras de endermologia, gerando amaciamento da pele e diminuição da aparência da lipodistrofia ginóide.


Podemos sugerir a avaliação dos resultados com uma biópsia tecidual com estudo em cobaia animal e pesquisa experimental de laboratório, para que sejam feitos cortes do tecido e investigação das células adiposas, do tecido conjuntivo interadipocitário, sistema linfático e vascular.


E qual a diferença entre celulite para a lipodistrofia ginoide?

Todas as mulheres sabem que a grande vilã do corpo feminino é sem dúvida a celulite. Porém, deve-se se ressaltar que aqueles furinhos indesejáveis chamados por celulite, na verdade têm um nome um tanto quanto desconhecido: a lipodistrofia ginoide.


A celulite nada mais é que uma inflamação na camada subcutânea causada por bactérias e podem atingir pessoas de qualquer idade e sexo. Todo cuidado é pouco, já que a celulite pode causar graves problemas e, em casos raros, pode levar à morte. O tratamento da celulite pode ser pelo uso de antibióticos, geralmente penicilina oral ou injetável.


Agora, a lipodistrofia ginoide é diferente e a causa muitas vezes pode não ser apenas o acúmulo de gordura como também predisposição genética, alimentação desequilibrada, sedentarismo, uso de anticoncepcionais.


A fisioterapeuta e tutora do Portal Educação, Tatiana Leme, explica que é importante as mulheres conhecerem as causas da lipodistrofia ginoide para buscarem os tratamentos e tomarem as precauções corretas.


“Observamos que muitas mulheres ainda associam e buscam tratamentos errados por associar a celulite a gordura localizada”, ressalta a fisioterapeuta.


Portanto, o ideal é a prevenção. O problema está em controlar e amenizar o mal causado.

Com as mudanças na estética, está mais fácil e menos preocupante para as mulheres, porém, elas precisam ter paciência e dedicação, pois a celulite e a lipodistrofia ginoide não aparece de uma hora para outra.A lipodistrofia atinge especialmente mulheres com problemas de má circulação, que não praticam exercícios físicos e não se alimentam bem.


A herança genética também tem uma participação de culpa no aparecimento dela. Ao ingerir mais calorias do que necessitamos, aumentamos nosso estoque de gordura que pode se concentrar sob a pele, repuxar as fibras e causar as ondulações.


Quanto maior esse acúmulo de gordura, mais comprometida estará a circulação do sangue nesta região e mais profunda será as ondulações. Às vezes, a gordura é tanta que pressiona os vasos sanguíneos e linfáticos, o que provoca inchaço, inflamação e dor.


Esta patologia geralmente acontece nas mulheres devido ao hormônio estrogênio que faz com que elas acumulem mais gordura do que os homens na região do quadril e coxas.


A celulite causa grande desconforto estético e angústia; à medida que a pele envelhece, a superfície torna-se mais fina e menos elástica tornando a celulite mais evidente, por isso, é recomendado evitar a exposição excessiva ao sol a fim de manter a elasticidade da pele (NETO, 2003; SILVA, 2007; WEISS, 1996).


Como tratamento, muitas pessoas recorrem à lipoaspiração, injeções e tratamentos elétricos, porém, nenhum deles possui os prometidos efeitos duradouros (WEISS, 1996).


As condutas que devem ser adotadas pelo paciente estão relacionadas às mudanças de hábitos, como: dietas adequadas, prática de atividade física, atenção aos erros alimentares e melhora da função intestinal (SILVA, 2007) e também à prática de exercícios físicos (WEISS, 1996).


A dietoterapia, neste caso, tem como objetivo a redução do tecido adiposo, a regulação do trânsito intestinal e a diminuição da retenção hídrica.


A dieta deve ser pobre em gorduras e rica em frutas, legumes, e verduras. Importante, também, substituir os carboidratos simples pelos complexos (integrais) e ficar atento ao consumo de fibras (25 a 30g/ dia).


As fibras insolúveis reduzem o tempo do trânsito intestinal, diminuindo a pressão abdominal e com isso, melhoram o sistema circulatório dos membros inferiores, além de não favorecer a reabsorção do estrógeno na forma ativa (SILVA, 2007; WEISS, 1996).


A perda de peso também pode ser interessante para estes casos, porém ela deve acontecer de forma lenta para não agravar o problema (WEISS, 1996).


A celulite pode ser tratada, amenizada e prevenida por meio de uma alimentação saudável, prática de exercícios físicos e cuidados dermatológicos (SILVA, 2007).


Confira a seguir algumas dicas:-


Preferir fontes magras de proteína, como omeletes feitos somente com a clara, aves, peixes e carnes vermelhas magras, como o lagarto, a maminha e o filé mignon;-


Consumir, diariamente, frutas, legumes e verduras;


- Preferir alimentos integrais, pois são boas fontes de fibras e ajudam a diminuir a absorção das gorduras, além de contribuir para a regulação do intestino;-


Prefira alimentos que não contêm sal na sua formulação como margarina sem sal, vegetais em geral e temperos naturais, pois o sal favorece a retenção de líquidos e, assim, agrava a gordura localizada


;- Evite os refrigerantes e as bebidas alcoólicas; prefira sucos naturais ou água.-


Substitua as frituras por preparações grelhadas, assadas ou cozidas;


- Beba 2 litros de água por dia;-


Evite alimentos ou preparações gordurosas, como feijoada, pizzas, molhos gordurosos, queijos gordos, pães e bolachas recheadas, chantilly, biscoitos amanteigados e sorvetes


.Referências BibliográficasNETO, M.F. Estudo da Composição Corporal e suas Implicações no Tratamento da Hidrolipodistrofia e da Síndrome de Desarmonia Corporal. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, n. 15, p. 20-27. Dez 2003.SILVA, S.M.C.; MURA, J.D.A. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia in: Terapia nutricional na lipodistrofia genóide. Ed roca, p.633, 2007.WEISS, S.E. Alimentos saudáveis, alimentos perigosos. Ed. Reader´s Digest, p.99, 1996.COSMETIC INGREDIENT REVIEW - Compendium 2000. New York: TheCosmetics Toiletry and Fragance Association, 2000.CUKIER, C; MAGNONI, D. Uso de vitaminas em terapia nutricional. Rev Brás Nutr Clin; 16 (2): 68-73, 2001.LYNCH, S.R; STOLTZFUS, R.J. Iron and ascorbic acid: proposed fortification levels and recommended iron compounds. J Nutr; 133 (9): 2978S-2984S, 2003.LORAY Z. Vitamina C: Antioxidante e Protetor de Colágeno. Revista de Cosmiatria e Medicina Estética, São Paulo, v. 7, n. 4, p.15-17, 1999.WOLF R, WOLF D, RUOCCO V. Vitamin E: the radical protector. J Eur Acad Dermatol Venereol

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