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4.22.2010

Andropausa.


Os homens também padecem com os incômodos provocados pela queda de hormônios, chamada andropausa.

Sofrer com a menopausa não é um problema apenas das mulheres. Os homens também padecem com os incômodos provocados pela queda de hormônios.

É a andropausa, caracterizada pela baixa nos níveis de testosterona, o principal hormônio masculino produzido pelos testículos.

Mas hoje, como acontece com a menopausa, já é feita a reposição hormonal para aliviar os sintomas. E aos mais apavorados, um alento: ao contrário do que ocorre com as mulheres, a andropausa não provoca o fim da fertilidade e sim uma redução dela, devido à menor produção de espermatozóides.

Queda variável

Com a idade, a testosterona cai em torno de 1% ao ano. Mas, segundo a endocrinologista Luciana Bahia, a queda dos níveis de testosterona não ocorre de maneira uniforme entre os indivíduos. Segundo ela, existem homens que conseguem manter uma boa secreção de testosterona até os 80 anos, enquanto outros já demonstram uma queda por volta dos 50.

”Existe uma tendência de queda de produção testicular com o envelhecimento, mas isso não é uma regra fixa”.

Fatores como a raça, a cor, a presença de doenças, o uso de medicamentos, o fumo e o álcool tendem a influenciar.

Sintomas ainda não identificados

Se os sintomas da menopausa são fáceis de identificar, nos homens nem tanto. Na Finlândia um grupo de cientistas começa a pesquisar o assunto. Até agora, de acordo com o coordenador da pesquisa, Ilpo Hutaniemi, chefe do departamento de fisiologia de Turku, foram relacionadas algumas reações, como disfunção erétil e/ou redução da libido.

A endocrinologista Luciana acrescenta ainda outros sintomas, como: diminuição da força e atrofia muscular, aumento de gordura corporal, principalmente na região abdominal, diminuição da libido, alterações no humor e desânimo.

Reposição hormonal

Luciana diz que a reposição de testosterona e derivados já esta sendo feita com bons resultados, mas com algumas ressalvas. “Ainda não se chegou a um consenso sobre a dose a ser prescrita, o tipo de preparado, o tempo de uso e se os efeitos benéficos influenciam a ocorrência de doenças e qualidade de vida”, afirma.

O tipo de terapia de reposição hormonal mais comum é aquela por via transdérmica, por meio de gel, cremes ou adesivos cutâneos. Alguns médicos recomendam ainda o uso de suplementos vitamínicos, sais minerais e oligoelementos, com a finalidade de melhorar a atividade mental, antioxidantes e em especial determinados aminoácidos, que ajudarão a liberar neurotransmissores cerebrais.

A reposição só é contra-indicada para os homens que apresentem hiperplasia benigna da próstata, câncer da próstata e pacientes com antecedentes familiares da doença.

Controvérsia

As terapias de reposição hormonal, no entanto, ainda não conseguiram uma unanimidade entre os especialistas da área sexual. Este tipo de terapia ainda provoca controvérsia: há quem considere que resolve todo e qualquer problema e há aqueles que não acreditam na sua eficácia.

Em relação às terapias de reposição masculina, parece a mesma coisa. “Envelhecer é difícil. Perde-se massa muscular e força, mas isso não significa que se tenha que sofrer de depressão.

A depressão está mais ligada a outros fatores, como a dificuldade de aceitação do envelhecimento, dificuldade do idoso na sociedade, por exemplo”, diz a psicóloga e terapeuta sexual Vera Lúcia Vaccari.

Segundo ela, se for comprovado que a testosterona realmente melhora a qualidade de vida das pessoas como um todo, realmente a terapia de reposição pode ser útil. “Mas acho que qualidade de vida não vem em vidros ou remédios. Vem em construção social, mudança de mentalidade, etc”, afirma Vera.

Mito ou verdade

No trabalho que está sendo desenvolvido na Finlândia, os pesquisadores buscam descobrir se há alguma evidência biológica de que a menopausa masculina existe ou se é uma condição psicológica. Algo similar à crise da meia-idade ou a algum sinal fisiológico do envelhecimento. Para isso, estão sendo estudados 30 mil homens, entre 40 e 70 anos.

Para realizar a pesquisa, os homens recebem uma série de injeções de testosterona, o hormônio sexual masculina. Seus sintomas são acompanhados, tais como a transpiração e a perda de controle sexual. Os resultados são comparados com homens que não receberam injeções.

O tratamento é semelhante à terapia de reposição de estrogênio, o hormônio sexual feminino, nas mulheres. Os efeitos colaterais da injeção de testosterona podem incluir doenças cardiovasculares e problemas na próstata. Os homens com um histórico de doenças nesses órgãos são excluídos da pesquisa.
Fonte: Artigos, Salutia

http://www.saudenarede.com.br/?p=av&id=Andropausa_-_

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