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4.19.2010

Anvisa aprova nova vacina, a 13-valente, contra doenças pneumocócicas


Anvisa aprova nova vacina, a 13-valente, contra doenças pneumocócicas
Veja como isso pode alterar a vacinação do seu filho

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta seguda (19), a vacina Prevenar 13 (da Pfizer). Ela oferece a maior cobertura contra doenças pneumocócicas. Além de ter os sete sorotipos de Prevenar (4, 6B, 9V, 14, 18C, 19F e 23F), até então a única disponível no mercado, também protege contra outros seis (1, 3, 5, 6A, 7F e 19A).

Assim como a Prevenar-7, a 13-valante deve ser dada em quatro doses, aos 2, 4, 6 meses e entre 12 e 15 meses. Se você já começou a vacinar seu filho com a Prevenar-7, pode fazer a transição sem problema algum. Outra possibilidade é, se o esquema de vacinação estiver completo, você dar uma dose da 13, apenas. A empresa, aos poucos, vai fazer a substituição da 13 pela 7, que hoje, nas clínicas particulares, custa R$ 250 a dose.

Qual vacina dar?
A vacina que está no calendário oficial do Ministério da Saúde é a 10-valente (da Glaxo). Seu filho pode receber as doses gratuitamente. Mas a escolha dessa vacina, a Synflorix, que protege contra a bactéria pneumococo gerou uma série de debates entre infectologistas e pediatras. Alguns médicos questionam a decisão, já que ela ainda não foi incluída em nenhum outro calendário oficial - apenas no Brasil. Ela, que é produzida pela GSK (GlaxoSmithKline), foi aprovada pelo Emea (agência europeia) em março de 2009 e por mais 33 países. Assim pode ser comercializada apenas em consultórios privados. No Brasi,l a aprovação ocorreu em junho de 2009. O segundo motivo é que ela não tem efeito comprovado contra o tipo mais comum de pneumonia (chamada de pneumonia não invasiva). Ela também usa uma proteína carreadora (D), necessária em vacinas conjugadas, que, segundo os médicos, não é utilizada em nenhuma outra vacina já fabricada. "Ela tem um carreador novo, que nunca foi testado, e ainda não sabemos a capacidade de resposta que vai ter nas crianças", diz Luiza Helena Falleiros, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (SP). A Glaxo apresentou estudos comprovando a eficácia e a efetividade da vacina e diz que o carreador não traz nenhuma desvantagem. Converse com o pediatra do seu filho e decida, com ele, qual a melhor opção para o seu filho.

Não atrase a vacinação
Não é por acaso que o pediatra do seu filho alerta você sobre a importância de manter a vacinação em dia. Um novo estudo, realizado por pesquisadores de Goiânia (GO), mostrou que, de um grupo de 60 mil crianças, com idades entre 0 e 2 anos e meio, a maior incidência de doenças provocadas pela bactéria pneumococo concentra-se nas crianças com idades entre 6 meses e 1 ano, ou seja, esse é o grupo do risco. Para proteger seu filho, você precisa dar a vacina aos 2, 4 e 6 meses, com reforço entre 12 e 15 meses. Quando você atrasa uma delas, atrasa também o fim da vacinação e, assim, o período em que seu filho fica protegido – que seria, em um primeiro momento, aos 6 meses.

Deixar de dar uma das doses também prejudica a proteção. Enquanto a incidência da bactéria entre os menores de 3 anos é de 2.791 por 100 mil, no grupo de 6 meses a 1 ano é muito maior, de 7.339 para cada 100 mil.

A vacina antipneumocócica foi incorporada ao calendário nacional de imunizações do Ministério da Saúde no ano passado e, desde março de 2010, é distribuída gratuitamente. Neste primeiro ano de implantação, crianças de 1 a 2 anos que ainda não foram protegidas contra doenças causadas pelas bactérias meningococo e pneumococo serão imunizadas. As com mais de 12 meses devem tomar apenas uma única dose da antipneumocócia. A partir de 2011, apenas crianças com até 1 ano serão beneficiadas. Como este ano os menores de 6 meses não vão receber o esquema completo, veja com o pediatra do seu filho se não seria indicado ele tomar as doses na rede privada.

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