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4.05.2010
Bebê gordinho pode não ser tão fofo assim, afirmam cientistas
Bebê de 18 meses passa por pediatra em consulta gratuita, em Marselha (França), durante campanha nacional contra a obesidade infantil
Porcentagem de crianças entre 2 e 5 anos que são obesas cresceu 150%.
Ideia de que bebê grande é saudável deve ser repensada, diz médica.
As escolas já proíbem salgadinhos, emitem boletins de obesidade e reservam espaço nas cantinas para saladas. Recentemente, a campanha da primeira-dama americana Michelle Obama para acabar com a obesidade infantil prometeu reformular o almoço das escolas e colocar os jovens para se mexer. Fabricantes de bebidas afirmaram ter reduzido em quase 90% o alto número de calorias fornecidas às escolas nos últimos cinco anos.
Exercícios na gravidez geram bebês mais magros, diz estudo
No entanto, uma nova pesquisa sugere que intervenções direcionadas a crianças em idade escolar podem ser tardias.
Cada vez mais evidências apontam para eventos muito cedo na vida – quando a criança ainda é pequena, bebê e até mesmo antes do nascimento, no útero da mãe – que podem colocar os pequenos numa trajetória em direção à obesidade muito difícil de ser alterada quando chegam ao jardim de infância. A evidência não é extremamente sólida, mas sugere que esforços preventivos devem começar mais cedo.
Algumas intervenções precoces já são amplamente praticadas. Médicos recomendam que mulheres acima do peso percam peso antes da gravidez, em vez de depois, para reduzir o risco de obesidade e diabetes no filho; a amamentação também é recomendada para diminuir o risco de obesidade.
Porém, restrições de peso ou dieta em crianças pequenas têm sido evitadas. “Antes, era um tabu classificar uma criança com menos de 5 anos como acima do peso ou obesa, mesmo que a criança o fosse”, diz Elsie Taveras, da Faculdade de Medicina de Harvard, principal autora de um artigo recente sobre disparidades raciais em fatores de risco precoces. “A ideia era que isso estigmatizava demais a criança.”
A nova evidência “questiona se nossas diretrizes nos últimos dez anos foram suficientes”, diz Elsie. “Não que estivéssemos errados – obviamente, é importante melhorar o acesso a alimentos saudáveis em escolas e aumentar os exercícios físicos. Mas isso pode não ser suficiente.” Grande parte da evidência vem de um estudo incomum de longo prazo de Harvard, liderado por Matthew Gillman, que tem acompanhado mais de 2 mil mulheres e bebês desde o estágio inicial da gravidez.
Assim como as crianças e os adolescentes, os bebês e as criancinhas pequenas estão engordando. Uma em cada dez crianças com menos de 2 anos de idade está acima do peso. A porcentagem de crianças entre 2 e 5 anos que são obesas aumentou de 5% em 1980 para 12,4% em 2006.
Efeitos duradouros
No final do ano passado, um comitê de estudo do Instituto de Medicina foi encarregado, pela primeira vez, de desenvolver recomendações de prevenção à obesidade especificamente para o grupo de crianças de 0 a 5 anos. O relatório, que deverá sair em 18 meses, analisará o papel do sono e dos primeiros padrões de alimentação, assim como a atividade física.
“Todo mundo tem apontado para esse primeiro período, afirmando que aparentemente ocorre algo ali que tem efeitos duradouros na vida da criança”, afirma Leann Birch, diretora do Centro para a Pesquisa de Obesidade Infantil da Universidade Estadual da Pensilvânia e líder do comitê.
Cientistas como Leann temem o que se chama de mudanças epigênicas. Os genes herdados da mãe e do pai podem ser ativados e desativados, e a força de seus efeitos pode ser mudada por condições ambientais nas primeiras fases do desenvolvimento. Muitos médicos estão preocupados com mulheres obesas e pouco saudáveis antes da gravidez porque o útero da mãe é o primeiro ambiente do bebê.
Ponto de saciedade reconfigurado
Um dos estudos mais convincentes sobre a relação entre diabetes gestacional na mãe e diabetes no filho foi realizado quase dez anos atrás com índios pima, da América do Norte. Irmãos nascidos depois que a mãe desenvolveu diabetes tipo 2 tiveram um IMC (índice de massa corpórea) mais alto durante toda a infância e tiveram quase quatro vezes mais probabilidade de desenvolver diabetes, em comparação a irmãos nascidos antes do diagnóstico.
“O ambiente intrauterino de uma mulher com diabetes nutre em excesso o feto”, diz a principal autora do estudo, Dana Dabelea, epidemiologista da Faculdade de Saúde Pública do Colorado. Ela acrescenta que isso “reconfigura o ponto de saciedade do filho e o predispõe a comer mais”.
Especialistas afirmam que a mudança pode exigir o abandono de alguns valores culturais. “A ideia de que um bebê grande é saudável, a ideia de que um bebê que chora provavelmente está com fome e deve ser alimentado, são coisas que precisamos repensar”, desafia Leann.
G1.com
Exercícios na gravidez geram bebês mais magros, diz estudo
Mães podem melhorar saúde futura de crianças com atividades leves regulares.
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Grávidas que praticam exercícios leves durante a gestação podem melhorar a saúde futura da criança ao gerar bebês menos gordos, segundo estudo realizado conjuntamente por médicos americanos e neozelandeses e divulgado na edição de março da publicação científica "Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism".
Uma redução modesta no peso do recém-nascido pode trazer benefícios a longo prazo para a saúde da criança
Os pesquisadores das universidades de Auckland e do norte do Arizona analisaram 84 mulheres que passavam por suas primeiras gestações.
Eles pediram para que metade delas se exercitasse semanalmente por 40 minutos em bicicletas, até a 36ª semana de gravidez.
Em média, as mulheres que se exercitaram geraram crianças um pouco mais leves do que as de mães que não se exercitaram.
Os pesquisadores disseram que o exercício não influenciou no tamanho dos bebês, apenas reduziu sua quantidade de gordura.
A prática também não interferiu na reação das mães ao hormônio insulina, um mecanismo necessário na gravidez para assegurar que o feto seja alimentado adequadamente.
"Levando em conta que um peso maior ao nascimento é associado com maior risco de obesidade, uma redução modesta no peso do recém-nascido pode trazer benefícios a longo prazo para a saúde da criança", disse Paul Hofman, médico que liderou a pesquisa.
O estudo se soma a evidências cada vez maiores de que o metabolismo de uma criaça no futuro é influenciado pelo seu ambiente na placenta e que bebês mais pesados em relação à sua altura têm chances maiores de tornarem-se obesos.
Muitos médicos recomendam que as grávidas não se alimentem em demasia e pratiquem exercícios leves regularmente.
Gi.com
Saiba mais sobre obesidade:
'Obesidade extrema' é nova categoria de doença que afeta crianças dos EUA
São 'extremamente obesas' crianças com IMC superior a 35.
Problema atinge 7,3% dos meninos e 5,5% das meninas.
Cada vez mais crianças americanas entram, desde pequenas, na "obesidade extrema", uma categoria associada a mais riscos de morte prematura e desenvolvimento de doenças que normalmente aparecem apenas em idade avançada, indica um estudo publicado nesta quinta-feira.
7,3% dos meninos e 5,5% das meninas de 2 a 19 anos são atualmente considerados "obesos extremos", uma categoria criada em 2009 pelo Centro de controle de doenças dos Estados Unidos (CDC), indica o estudo, realizado pelo grupo de seguros de saúde Kaiser Permanente.
São considerados "extremamente" obesas as crianças com um Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 35 kg/m2. Assim, um menino de 12 anos que mede 1,52 metros e pesa 82 quilos entra nesta nova categoria.
Esta forma de obesidade mórbida afeta mais os meninos aos 10 anos e as meninas aos 12 e 18 anos, segundo o estudo, publicado no Journal of Pediatrics.
"Sem uma mudança importante nos hábitos alimentares, estas crianças correm o risco de que sua esperança de vida se reduza de 10 a 20 anos e se desenvolvam, a partir dos 20 anos, problemas de saúde habituais a pessoas de 40 a 60 anos", afirma Corinna Koebnick, principal autora da pesquisa.
"Estas crianças, por exemplo, têm mais riscos de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2 e problemas nas articulações", desde os 20 anos, acrescentou a pesquisadora.
A obesidade extrema afeta especialmente as minorias: 12% das meninas negras e 12% dos meninos hispânicos são extremamente obesos.
A pesquisa avalia em 37% a proporção de crianças acima do peso nos Estados Unidos (com um IMC superior a 25) e em 19% a quantidade de obesos (IMC superior a 30).
G1.com
Nos EUA, 100 mil novos casos de câncer são relacionados à obesidade
Mais de 25% dos americanos são obesos.
Obesidade desregula a produção de insulina.
A obesidade causa mais de 100 mil casos de câncer por ano nos Estados Unidos, afirmaram nesta quinta-feira (5) cientistas do Instituto Americano de Pesquisa de Câncer. Mais de 25% dos americanos são obesos.
O excesso de peso está ligado a quase a metade dos casos de câncer de endométrio, a camada que reveste o útero, e a um terço dos registros de câncer de esôfago.
O câncer é a segunda causa de morte entre os americanos, ficando atrás apenas dos ataques cardíacos, apontam os cientistas.
Os pesquisadores descobriram que a obesidade desencadeia e desregula a produção de insulina e de alguns hormônios aumentando o risco de câncer.
Donna Ryan, oncologista e presidente da Sociedade Americana de Obesidade, afirma que a insulina é provavelmente a ligação entre a obesidade e os casos de câncer. “Os níveis elevados do hormônio frequentemente são observadas em pessoas obesas. A insulina é um poderoso acelerador do crescimento das células e isso afeta os tumores”, diz.
A obesidade eleva o nível de estrogênio, o hormônio feminino circulando no sangue, o que pode levar a doença.
Os outros tipos de câncer mais ligados a obesidade são o câncer de rim, do colo e do reto, do pâncreas e da vesícula.
Os pesquisadores querem mostrar também a importância da prevenção da obesidade, que pode evitar muitas mortes e também um gasto astrônomico para o governo.
Todos os anos a Casa Branca gasta o equivalente a R$ 258 bilhões na saúde, com problemas relacionados ao excesso de peso.
Anne Mc Tiernan, diretora do Centro de Prevenção do Centro de Pesquisas de Câncer Fred Hutchinson, em Seattle, diz que a melhor forma de manter o risco de desenvolver câncer sob controle é perder peso, ter uma dieta saudável e praticar exercícios.
Escolas entram na luta contra obesidade infantil
Medidas polêmicas incluem a proibir e até o "confisco" de certos lanches.
Endocrinologista defende que pais ajudem a criar hábitos saudáveis.
Com a obesidade infantil atingindo a marca histórica de 15% das crianças brasileiras, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, muitas escolas resolveram entrar na luta para conter o problema. Mas no esforço de ensinar os alunos a terem uma alimentação saudável, alguns colégios acabam adotando medidas polêmicas, como proibir e até "confiscar" certos lanches.
No currículo da escola Carlitos, na Zona Oeste de São Paulo, o tema educação alimentar é abordado em conjunto com a alfabetização e permeia várias disciplinas, como ciência e matemática. Na hora do intervalo, se os pais não prepararem um lanche saudável, as crianças voltam para casa com a lancheira intacta.
Guloseimas e refrigerantes são proibidos: quem leva para a escola não come. "É como se o aluno tivesse esquecido a lancheira. Os colegas dividem seus lanches", explica Laura Piteri, coordenadora pedagógica da escola. A criança volta também com um bilhetinho para lembrar os pais das regras do colégio.
Na Stance Dual, no Centro de São Paulo, a política de proibição de alimentos pouco saudáveis é semelhante, mas a resposta à desobediência, menos radical. São itens proibidos: doces, balas e refrigerantes. Quem leva esses alimentos é orientado a comer apenas a parte nutritiva do lanche. Se na lancheira há fruta, iogurte e bolachas recheadas, por exemplo, a criança é estimulada a consumir apenas um biscoito. "Antes devolvíamos esses lanches, mas os pais reclamavam muito", diz Liliane Gomes, coordenadora pedagógica.
Por mais que a escola se esforce, a criança não criará hábitos saudáveis sem a contribuição dos pais, afirma a endocrinologista Angela Spinola e Castro, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
"A escola não pode transferir para si um papel que não é dela. Se a criança vem de uma casa onde as pessoas comem sem restrição, não vai aceitar isso", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
G1.com
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