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4.23.2010

Incensos e suas magias



Os incensos sempre estiveram presentes nos rituais sagrados. Usados como oferenda, eles possuem duas funções: a primeira de agradar e homenagear os deuses e a segunda de fazer seus pedidos chegarem mais rápido até eles.

Símbolo do desapego e da purificação, na Roma antiga, ele estava presente nos templos e alguns sacerdotes ou sacerdotisas só o utilizavam com a finalidade de ter visões ou fazer profecias. Já os judeus, consideram a sua fabricação um exercício sagrado, pois o incenso só é queimado nos altares pela manhã e ao pôr-do-sol.

Na índia o uso do incenso é empregado na adoração de seus deuses e durante a cremação dos mortos. Foram os indianos que modificaram a sua forma, modelando sua massa em pauzinhos, como conhecemos hoje.

Aos poucos seu uso chegou aos países asiáticos como Nepal, Ceilão, Burma, China e Japão. E, hoje, ele possui ligação direta as práticas do budismo, pois é o símbolo da generosidade e do desprendimento. É um dos elementos que representam os prazeres sensoriais, no caso, o olfato.

Na religião católica o incenso também se faz presente. Embora não se saiba ao certo de qual religião foi herdado, os sacerdotes sempre fizeram o uso de defumadores durante as missas. Também não podemos esquecer do incenso e a mirra ofertados no nascimento do menino Jesus pelos três Reis Magos, colocando-os em igualdade com o ouro, que tinha valor por sua raridade para os povos antigos.

Tabela de Incensos:

Alecrim - Estimulante mental, ativa a memória dispersando o cansaço da mente, estimula a consciência, animador, anti-depressivo.

Alfazema - Atua no plano astral eliminando maus fluidos e as energias negativas nos ambientes.

Almíscar - Afrodisíaco, ativa a sensibilidade, revitalizante mental.

Arruda - Proteção. Usado a noite, garante um sono mais tranqüilo. Importante filtro contra espíritos negativos, mau olhado, inveja e má sorte. Usado na limpeza contra energias negativas.

Benjoim - Limpa e descarrega ambiente, neutraliza inveja, mau olhado e etc. Propicia a serenidade e purificação espiritual.

Calandre - Ativa a concentração, desperta o interesse pelo desconhecido. Harmoniza o aspecto familiar.

Canela - Atrai dinheiro, clientes, novos amores, casamento, domina o sexo oposto. Atrai bons fluidos.

Cânfora - Usada em massagens para relaxamento muscular, vaporizado atua contra o egoísmo, inveja, exaustão, nervosa e elimina a negatividade

Eucalipto - Harmoniza e estabiliza emoções, ansiedade, meditação e é bom para o stress.

Flor De Laranjeira - Estimula harmonia, carinho, alegria e felicidade. Calmante em caso de nervosismo, insônia, tensão e preocupação.

Flor De Pitanga - Revitalizante, energético, ativa a sensibilidade e é atuante na área de conquista materiais.

Jasmim - Calmante, anti-depressivo, estimulante da sensibilidade, sempre usado na composição de perfumes afrodisíacos.

Lavanda - Calmante para agitação, excitação, insônia, irritação, diminui a ansiedade, tensão, depressão. Dissolve negativismo e obstinação

Lótus - Utilizado por clarividentes. Ajuda na concentração mental no relaxamento, inibe a compulsividade o medo e a insegurança interior.

Madeira - Dissolve sentimentos de apreensão, preocupação excessiva. Contra medo, compulsividade. Confortante /necessidade de amparo, insegurança.

Mirra - Como óleo e usado para limpeza da casa, afasta maus fluidos e abre caminho, é também poderoso condutor de entidades do astral.

Olíbano - É usado pelos povos africanos para ajudar na concentração de espíritos e divindades positivas, forte condensador de energia.

Patchuli - Estimulante sexual, anti-depressivo e revigorante. Muito usado como afrodisíaco e atua contra impotência sexual masculina.

Rosas - Trabalha com a energia solar, trazendo alegria e vitalidade ao coração. Anti-depressivo. Bom para pressão baixa, tensão nervosa e stress.

Sândalo - Calmante, induz o relaxamento profundo e o auto controle. Usado em trabalhos psíquicos, ioga e meditação.

Verbena - Afasta a negatividade, tristeza e melancolia, nos libera de energias negativas atraindo a desenvoltura, alegria e bom astral.

Ylang Ylang - Potencializa a auto-estima. O indicado para o equilíbrio do sistema nervoso. Fortalece a capacidade de sentir prazer e viver a própria sensualidade.

Por Vila Astral

SAIBA MAIS:

SUAVE MAGIA DA FUMAÇA PERFUMADA

Você sabe quando surgiu o Incenso?De que é feito? Que ele era um dos produtos mais cobiçados da antiguidade?

Sinônimo de espiritualidade, o incenso e os rituais que o envolvem são realidades compreensíveis para alguns, quetionáveis para outros e inaceitáveis para os céticos. Mas mesmo que você se enquadre nessas ultimas situações, vale a pena ler este texto.

Sua trajetória, a par do significado e do uso atribuído a ele pelas religiões, é cercada de histórias, lendas e curiosidades. Na pior das hipóteses, você vai descobrir por que o incenso exerce fascínio nas pessoas e aprender que, em determinadas circunstâncias, sua fumaça é prejudicial à saúde.

Quer um exemplo? Você sabe que o incenso é tão vermelho quanto a humanidade? Ele "nasceu" há aproximadamente seis mil anos. Antigas citações sobre produtos naturais já descreviam duas resinas: o incenso e a mirra. Por sinal, objetos de cobiça humana há milênios - ambos são alguns dos mais antigos produtos comercializados pelo homem.

Na antiguidade eram bem raros e, por isso mesmo, apenas as classes sociais mais privilegiadas tinham acesso a eles (lembram-se dos presentes ofertados pelos três reis magos a Jesus na manjedoura, em Belém, na Judéia? Os reis, vindos do Oriente, abriram os seus tesouros e entregaram a Maria as suas ofertas: ouro, incenso e mirra).

Outra curiosidade é que o incenso a partir de resinas naturais - secreções sólidas ou semi-sólidas estraídas de árvores, sobretudo das famílias Burseracereae, Estiracaceae e Anacardiaceae.O incenso autêntico era obtido de plantas do Gênero Boswellia, que cresciam nas montanhas do sul da Árabia e da Abissínia (atual Etiópia). Vale a pena lembrar que existem dois tipos de resinas: as verdadeiras (solúveis em solventes) e as gomo resinas (parcialmente solúveis em qualquer tipo de solvente).

Na antiguidade, essas resinas eram estraídas de árvores que cresciam na bacia ocidental do Mediterrâneo, enquanto as gomo resinas eram colhidas de árvores no sul da Península Arábica e na Somália. Independentemente da resina, o processo de produção do incenso era o mesmo: consistia em fazer incisões sobre o tronco, fazendo brotar dele a resina.Em contato com o ar, ela rapidamente se solidificava e era recolhida.

Por ser raro (e portanto caro), o comércio de incenso era uma "atividade" sagrada, que envolvia responsabilidades e riscos. Uma antiga lenda conta que cada árvore de olíbano (Boswellia) era guardada por serpentes aladas. As víboras apenas com podiam ser afastadas com fumaças produzidas pela queima de uma resina especial.E coitado daquele homem que fizesse sexo com a esposa ou com amante e se atrevesse recolher o incenso durante uma determinada fase lunar: ele se transformaria numa pessoa azeda e carrancuda. Enfim, de mal com a vida.

Na Alexandria, o incenso era tão precioso que os comerciantes, para não serem roubados, obrigavam os escravos encarregados de sua colheita a trabalharem seminus, trajavam apenas uma tanguinha. Mas o alto tributo cobrado por ter, produzir ou comercializar o incenso não poupava nenhuma classe social. Nem mesmo os reis. Se eles quisessem ter uma noite de prazer com suas esposas, tinham de pagar seus pesos em incenso.




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