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4.29.2010
Pfizer fecha parceria com Eurofarma
Pfizer fecha parceria com Eurofarma
A americana Pfizer, maior farmacêutica do mundo, parece ter encontrado um parceiro que tanto buscava no mercado brasileiro para o lançamento de novas versões dos seus medicamentos que vão perder a proteção de patente nos próximos meses.
A empresa americana fechou contrato de fornecimento e distribuição com a Eurofarma, um dos maiores laboratórios farmacêuticos de controle nacional.
A ideia em estudo é permitir que a Pfizer forneça ao laboratório brasileiro o princípio ativo - a matéria-prima básica do medicamento - de remédios como o redutor de colesterol Lipitor, o carro-chefe da companhia, entre outros medicamentos. O acordo é tratado como assunto confidencial pelos laboratórios.
Mas os advogados da Pfizer já notificaram o órgão de concorrência sobre o acordo assinado com a Eurofarma. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Pfizer confirmou o acordo com a Eurofarma, que inclui diversas possibilidades de negócio.
"Neste momento, não gostaríamos de comentar mais detalhes sobre o tema", acrescentou a empresa. O acordo não envolveria o Viagra, a pílula contra impotência sexual. Segundo informou a Eurofarma, o acordo com a Pfizer "representa uma aproximação da duas empresas na discussão de um modelo de negócios que envolve o abastecimento de matéria-prima".
Com o acordo, a Eurofarma tem condições de lançar versões similares dos medicamentos de marca, inclusive mais baratas dos que os preços do produto original. Por sua vez, o laboratório americano conseguirá com o parceiro brasileiro manter por mais tempo sua participação de mercado antes que essas drogas passem a sofrer a competição de fabricantes de medicamentos genéricos quando suas patentes forem vencendo.
É tradição que o fabricante que lança o produto similar na frente dos demais ganhe rapidamente a liderança de mercado, substituindo o produto com patente por ser mais barato. Mesmo com a chegada de outros rivais numa segunda fase, a empresa pioneira, de modo geral, costuma manter a dianteira no mercado.
A Pfizer luta contra o tempo A Pfizer procura formas de manter a força dos seus medicamentos. No máximo até 2011, o Viagra perderá sua patente, assim como o Lípitor, a droga mais vendida em todos os tempos na história pela indústria farmacêutica.
No mundo no ano passado, os dois medicamentos representaram para a Pfizer US$ 13,2 bilhões em vendas - o equivalente a 85% de todo o faturamento da indústria farmacêutica brasileira. No Brasil, as vendas dos dois medicamentos chegam a R$ 300 milhões.
A Pfizer tentou outros caminhos para esticar a exclusividade sobre o Viagra. Entrou na Justiça contra o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) numa discussão sobre o prazo de validade da patente - na interpretação do órgão, a proteção caduca em junho; a Pfizer diz que ela é válida até 2011.
Além da disputa na Justiça, a Pfizer tentou encontrar um parceiro para lançar a versão genérica por conta própria. Tentou comprar a Neo Química, um laboratório fabricante de similares e genéricos, com sede em Goiás, mas perdeu a disputa para a Hypermarcas, que permitiu que os controladores continuassem à frente do negócio farmacêutico.
Mesmo com o acordo fechado com a Eurofarma, a Pfizer teria ainda o interesse em comprar o laboratório Teuto, também com sede em Goiás, para lançar a versão genérica de suas drogas. Uma das opções seria lançar o Viagra. Mas a informação não é confirmada.
A Eurofarma, criada com o nome de Billi Farmacêutica, nome da família que controla o laboratório desde sua fundação em 1972, tornou-se uma das principais empresas do setor no Brasil graças ao crescimento dos medicamentos genéricos.
Seu complexo industrial, localizado em Itapevi (SP), reúne uma das maiores linhas de produção de medicamentos do País. Seu faturamento deve superar o R$ 1,4 bilhão neste ano - acima do R$ 1,2 bilhão registrado no ano passado.
(Fonte: Último Segundo - 28/04/2010)
Saiba mais:
EUROFARMA FECHA PARCERIA COM CONSÓRCIO INTERNACIONAL PARA CONDUZIR PESQUISAS E COMERCIALIZAR VACINA CONTRA O CÂNCER DE PULMÃO
Com o objetivo de oferecer aos pacientes brasileiros uma nova opção de tratamento contra o câncer de pulmão, a Eurofarma, uma das maiores indústrias farmacêuticas do País, fecha parceria e passa a integrar consórcio internacional para a condução de pesquisas clínicas no Brasil com a vacina.
Diferentemente do tratamento quimioterápico, a vacina racotumomab (1E10) induz uma reação imunológica no paciente, fortalecendo o organismo para o combate ao crescimento tumoral sem os efeitos colaterais devastadores da quimioterapia, por meio de ação em sítio específico. Por isso, representa uma nova alternativa complementar de tratamento contra o câncer de pulmão, com menor agressão ao paciente.
Além da redução de efeitos adversos, a nova vacina parece melhorar a sobrevida dos pacientes, com melhora da qualidade de vida. A sobrevida prolongada sugerida pelo efeito benéfico da vacina racotumomab (1E10) foi observada em um grupo de 71 pacientes com câncer de pulmão em estágios avançados, a maioria dos quais haviam apresentado benefício clínico com a quimioterapia de primeira linha (ou inicial). Estes pacientes receberam a vacina como tratamento compassional. Foi realizada comparação estatística da sobrevida nos pacientes vacinados versus a sobrevida observada em um grupo controle histórico e se observou que os pacientes que receberam racotumomab tiveram uma média de sobrevida maior. A previsão é que esta vacina terapêutica represente uma forma revolucionária de tratamento para pacientes com câncer de pulmão em estágio avançado e sem expectativa de cura cirúrgica.
Baseada em uma ideia original do Centro de Imunologia Molecular, localizado em Havana/Cuba, e desenvolvida conjuntamente com a Elea, há 15 anos, a vacina contém anticorpos monoclonais anti-idiotípico (anti-Id) e é denominada racotumomab. Estes anticorpos ajudam o sistema de defesa a reconhecer como estranho o tumor para que o organismo do próprio paciente trabalhe no combate à doença.
Para dar início às pesquisas no Brasil, a empresa aguarda aprovação dos órgãos regulatórios. A expectativa é que em novembro, os primeiros pacientes recebam a vacina. A pesquisa deverá contemplar 250 pacientes e dez Centros de Pesquisa em diversas regiões do País. Para essa realização, a Eurofarma estima investir R$6 milhões e o produto deverá chegar ao mercado em quatro anos. A empresa terá exclusividade na venda do produto no Brasil e poderá comercializá-lo também em outros países da América Latina.
“A nossa expectativa é grande. Temos o anseio de contribuir com os médicos oncologistas e pacientes no controle do avanço do câncer de pulmão. Este é um dos grandes males que atinge a humanidade e uma das doenças tumorais mais agressivas, com baixa perspectiva de cura”, afirma Taís Ramadan, gerente de novos negócios da Eurofarma.
Além da farmacêutica brasileira, o consórcio é formado pela Recombio, com sede na Espanha. Para ingressar no mercado asiático, a Recombio possui parceria com a empresa Innogene Kalbiotech.
Além do foco na pesquisa, a entrada da Eurofarma no consórcio está alinhada à visão da empresa de incrementar seu portfolio com produtos protegidos.
O laboratório investe fortemente em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação, cerca de 5% de sua receita e, em 2007, fechou parceria com o Nimotuzumab Global Development Consortium, consórcio mundial de 21 empresas que abrange todos os continentes na condução de pesquisas clínicas do medicamento oncológico nimotuzumabe.
O acordo é um marco na indústria farmacêutica nacional. Trata-se do primeiro estudo clínico conduzido por uma farmacêutica brasileira com um Anticorpo Monoclonal contra o câncer.
Nos planos de expansão da empresa também estão a internacionalização e a inauguração de sua planta, no Complexo Industrial de Itapevi, ocorrida em 2007. Com 80.000 m2 de área construída, o Complexo atende às necessidades atuais e futuras de produção para o abastecimento do mercado interno e externo. A planta, considerada uma das unidades mais modernas do mundo, já consumiu mais de R$ 340 milhões em investimentos e deverá receber as certificações de órgãos internacionais como FDA – Food and Drug Administration e Emea – European Agency for the Evaluation of Medicinal Products. A unidade concentrará grande parte das atividades industriais da empresa.
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