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5.01.2010

APNÉIA DO SONO






O que é Apnéia do sono?

Apnéia do sono é a suspensão da respiração durante o sono.

Estes episódios de apnéia (do grego ápnoia, falta de respiração) podem durar alguns segundos, após os quais é retomada a respiração normal, e ocorrem várias vezes durante o sono.

Na maior parte das vezes não são suficientes para despertar a pessoa, mas há uma alteração no padrão de sono, passando do sono profundo para um sono mais superficial.

Como este sono não é repousante, as manifestações típicas são uma sensação de "noite mal passada" ao despertar, assim como fadiga e sonolência durante o dia. Sinais e Sintomas de Apnéia do sono Dentre os fatores predisponentes incluem-se:

* Sexo masculino

* Avançar da idade

* Aumento do Índice de Massa Corporal (IMC)

* Obesidade central Aumento da complascência das vias aéreas superiores por:

* Uso de drogas miorrelaxantes, álcool, sedativos

* Aumento da circunferência do pescoço

* Tabagismo (ativo e passivo) Na infância:

* Hipertrofia de tecido linfóide das vias aéreas superiores (adenóides e amígdalas)

* Mal-formações congênitas (síndromes genéticas, micrognatia, retrognatia) Tratamento

* Redução do peso corporal.

* Redução do consumo do álcool

* Cirurgia. Traqueostomia * Uso de CPAP ou BIPAP


* Entre outros.

Exercícios auxiliam o tratamento da Apnéia

Roncar alto, sono inquieto, crises de asfixia, acordar cansado, com a boca seca ou com cefaléia, sonolência durante o dia, dificuldade de concentração, indisposição física, psicológica, perda da libido, irritabilidade, são sintomas comuns da Apnéia Obstrutiva do Sono. Hipertensão, arritmias cardíacas, parada cardiorrespiratória, infarto, derrame cerebral e até a morte súbita, também podem ser correlacionados a níveis severos de apnéia.

O termo Apnéia designa a suspensão voluntária ou involuntária da respiração ou a interrupção da comunicação do ar atmosférico com as vias aéreas e pulmões.

Um indivíduo recebe o diagnóstico de apnéia moderada quando apresenta entre 15 e 30 eventos de falta de ar por hora de sono. Os casos leves têm menos de 15 episódios por hora e os graves, mais de 30.

Um tratamento pouco convencional pode ajudar boa parte dos portadores da chamada Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono a dormir melhor: fazer diariamente uma série de exercícios físicos para fortalecer a musculatura da garganta em torno da língua, do palato mole (parte posterior do céu da boca) e das paredes laterais da faringe.
Em pesquisa realizada recentemente, observou-se que a nova abordagem diminuiu em cerca de 60% os sintomas desse disseminado problema de saúde.

A redução expressiva no número de episódios de falta de ar é o principal dado que mostra os benefícios da terapia alternativa.

Antes de participarem do estudo, os pacientes apresentavam, em média, 22,4 eventos de pausa na respiração por hora durante a noite.

Ao fim do experimento, passaram a ter 13,7 interrupções por hora. Outros parâmetros ligados à qualidade geral do sono também melhoraram. Em casos mais graves o tratamento alternativo não deve dar resultados e os doentes terão de continuar usando o CPAP, um aparelho portátil que regulariza a respiração durante o sono.

Outro estudo muito interessante publicado pelo British Medical Journal sobre apnéia mostra que tocar um instrumento de sopro originário dos aborígenes australianos, o didgeridoo, diminuiria os sintomas de apnéia.

A relação entre as duas abordagens é clara para os pesquisadores. Esse instrumento parece exercitar os mesmos músculos que a terapia muscular. Embora os primeiros resultados dos estudos sobre o emprego de exercícios bucais contra a apnéia sejam promissores, a nova terapia ainda permanece com o status de experimental e não deve ser feita sem o auxílio de uma fonoaudióloga e supervisão médica.

Até porque a execução de movimentos errados não produzirá os mesmos efeitos. E há diferentes tipos de exercícios a serem feitos, envolvendo a língua, o palato mole, as bochechas, às vezes com o auxílio de uma escova de dentes ou de um dedo.

Pesquisadores do Instituto do Coração (Incor), ligado à Universidade de São Paulo, desenvolveram uma série de exercícios de fonoaudiologia para fortalecer os músculos da garganta e tratar a apneia do sono. Todos os pacientes submetidos à técnica tiveram melhora do quadro, diz o pneumologista Geraldo Lorenzi Filho, chefe da equipe e coordenador do estudo.
A técnica elaborada pelos pesquisadores do Laboratório do Sono do Serviço de Pneumologia do Incor é tema de um artigo publicado na revista científica American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine (EUA).

O método consiste numa série de exercícios direcionados para o fortalecimento da musculatura da língua e garganta (palato superior). Isso porque, na apneia do sono, esses músculos relaxam além do devido, provocando o colapso da musculatura. O estreitamento da garganta decorrente desse processo resulta em paradas transitórias da respiração.

Um grupo de 31 pacientes participou do estudo do Incor – todos com diagnóstico de apneia do sono de grau moderado e leve. Um subgrupo de 16 pessoas foi sorteado para praticar os exercícios, com séries diárias de 30 minutos. Ao final de três meses, o subgrupo que foi submetido à nova técnica apresentou melhora significativa nos indicadores de apneia.
O número de cessação na respiração por hora de sono passou de 22,4 para 13,7 interrupções/hora. Em 60% dos casos, a melhora foi tão significativa que os pacientes passaram de uma apneia de grau moderado para leve. “Os resultados sugerem que a nova técnica é bastante promissora para tratamento desses casos e, o que é melhor, com baixíssimo custo”, diz Lorenz

Houve melhora também nos demais parâmetros do sono desses pacientes. O escore de qualidade do sono, segundo a escala de Pittsburgh, a mais comumente utilizada pelos especialistas, passou de 10,2 para 6,9 pontos. Além disso, houve diminuição na intensidade do ronco, que passou de “muito alto” para “próximo da respiração normal”.

Outro dado chamou bastante a atenção dos pesquisadores, diz Kátia Guimarães, fonoaudióloga e pós-graduanda que desenvolveu a técnica e conduziu o estudo no Incor. Houve a diminuição de, em média, 1 centímetro (cm) na circunferência do pescoço.



“É um indicador de que efetivamente os exercícios remodelam as vias aéreas superiores, que resultam na melhora da apneia.”, diz Kátia. Não ocorreram alterações significativas no subgrupo controle de 15 pessoas participantes do estudo que, em função de sorteio, não foram submetidas à série de exercícios.



Estima-se que cerca de 30% da população tenha apneia obstrutiva do sono. Além de causar os incômodos roncos noturnos, acompanhados de paradas momentâneas da respiração, essa condição está ligada a uma maior incidência de problemas cardiovasculares.



Em casos mais graves, a apneia é tratada com aparelhos portáteis (CPAP), que se acoplam ao rosto por meio de máscara usada durante o sono. Em grau moderado e leve, contudo, o problema persiste como um desafio para os médicos.



A eficiência dos atuais métodos – aparelhos portáteis, perda de peso, cirurgia e aparelhos intraorais – varia muito em função do perfil do paciente.



Pessoas que sofrem de apneia costumam ter a qualidade de seu sono comprometida pelas interrupções na oxigenação dos pulmões.



Isso acarreta não somente sonolência continuada ao longo do dia, mas a ativação de uma cascata de mudanças no metabolismo que aceleram o processo de aterosclerose nas artérias do corpo. É bastante comum a doença estar associada a outras patologias correlacionadas a doenças do coração e dos vasos do corpo, como obesidade, hipertensão e diabetes.

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