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5.28.2010

Stress no trabalho e a Asma


Ter um trabalho estressante pode significar aumento de 40% no risco de desenvolver asma. A afirmação vem de uma pesquisa realizada pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha.
Casos da doença, normalmente contraída na infância, tem aumentado | Foto: ReproduçãoForam 5 mil pesquisados entre homens e mulheres com idades entre 40 e 65 anos, ao longo de 8 anos de pesquisa. O estudo indica pela primeira vez que a pressão no trabalho pode fazer com que alguém se torne asmático. A doença, que normalmente se desenvolve na infância, tem sido diagnosticada em adultos até então saudáveis.

Segundo os pesquisadores, houve um aumento de 40% nos casos de incidência de asma, depois de oito anos de análises dessas pessoas que sofriam pressões extremas - como longa jornada, baixa condição de trabalho, horário desconfortável - em seus trabalhos.

Estudos anteriores demonstraram que o stress pode levar à liberação de substâncias químicas que causam alergias. A equipe de pesquisadores fez questão de enfatizar que embora os números sejam altos, o risco absoluto da pessoa que está sobrecarregada de trabalho desenvolver asma ainda é pequeno.
O Dia

O EXERCICIO FISICO NÃO AGRAVA A ASMA

Segundo um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto a actividade física regular e controlada traz benefícios para os doentes de asma.

No Dia Mundial do Asma, em que um milhão de portugueses sofre da doença, um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em colaboração com a Faculdade de Desporto da mesma universidade e o Hospital S.João, publicado no “European Respiratory Journal“, revela que a prática de exercício físico é benéfica para a asma.O estudo foi liderado por André Moreira, que avaliou dois grupos de crianças, num total de 34, com uma média de idade de 13 anos, com asma alérgica. Um dos grupos frequentou durante três meses sessões de 50 minutos de exercício físico, duas vezes por semana, e depois de testados e comparando os resultados com o grupo que não praticou exercício, estes mostram que a prática de exercício não agravou a doença.

“Pelo contrário, nas crianças que aumentaram a sua actividade física ocorreu uma diminuição significativa dos níveis de Imunoglobina E, um anticorpo que se encontra aumentado nas pessoas que sofrem de doenças alérgicas, tais como asma”, explica André Moreira ao “Jornal de Noticias”

Segundo os investigadores, em declarações ao “Jornal de Noticias”, “esta foi a primeira vez em que um estudo deste género foi aplicado a humanos”, tendo os anteriores sido aplicados a animais possuidores da doença.

Esta é uma descoberta importante já que existe uma certa relutância á prática de exercício físico por parte de pessoas e crianças asmáticas e visto este ser o primeiro estudo que mostra que os benefícios do exercício físico na asma.

André Moreira considera ainda que “é obrigatório que o médico prescreva actividade física às crianças com asma, com indicação da actividade, frequência e duração num modelo em tudo semelhante ao que é feito com os fármacos para a asma”, devendo esta nova informação ser considerada pelos médicos na prescrição do controlo da doença.

Fonte: Jornal de Noticias

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