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5.29.2010
VACINA ANTI-FUMO
Cientistas testam a primeira vacina para parar de fumar
Cientistas dos Estados Unidos começaram os ensaios clínicos da primeira vacina para ajudar as pessoas a pararem de fumar e evitar que depois elas voltem ao vício. A vacina atua bloqueando a sensação de prazer produzida pela nicotina no fumante.
Esta é a primeira vez que se adota este enfoque no combate ao tabagismo.
Todos os tratamentos convencionais até hoje, como o chiclete de nicotina, tinham como objetivo fazer com que os fumantes largassem aos poucos o cigarro.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que comemora na próxima segunda-feira, 31 de maio, o Dia Mundial Sem Tabaco, o tabagismo é a segunda causa de morto em todo o mundo, depois da hipertensão.
Os ensaios clínicos da nova vacina, chamada NicVax, serão feitos por médicos da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, em 25 clínicas americanas.
- O uso da vacina para tratar a dependência à nicotina é um dos enfoques mais inovadores que já foram feitos para combater o vício - disse o professor Jonathan Henry, que está conduzindo os testes. - Temos muitas esperanças de que esta estratégia ajudará os fumadores a abandonar o vício.
Quando a nicotina entra na corrente sanguínea cruza rapidamente a barreira entre os vasos e o encéfalo (a chamada barreira hematoencefálica, cuja função é impedir que as substâncias tóxicas a atravessem) e fica presa aos receptores de nicotina no cérebro. Isso provoca a liberação de substâncias estimulantes como a dopamina, que proporcionam ao fumante a sensação prazerosa que leva ao vício.
A nova vacina estimula o sistema imunológico para que ele produza anticorpos que aderem à nicotina criando uma substância grande demais para atravessar a barreira hematoencefálica. Assim, impedem que a nicotina cause a sensação de prazer. As primeiras fases dos ensaios clínicos mostraram que a vacina é capaz de criar este mecanismo e como os anticorpos permanecem no organismo por períodos mais longos, evita a retomada do vício.
A reicidência é um dos maiores problemas para se superar nos tratamentos atuais contra o tabagismo. Estudos comprovam que as taxas de retomada depois que um fumante larga o cigarro podem chegar a 90%.
Os cientistas disseram que nos ensaios clínicos feitos com cerca de mil indivíduos, os partoicipantes tomaram a vacina várias vezes durante 12 meses. Os resultados finais são esperados para 2012. E caso haja êxito, a vacina chegará logo depois ao mercado.
Agencias Internacionais
Saiba também:
Uma vacina que impede a nicotina de chegar ao cérebro é a nova promessa para quem quer abandonar o cigarro.
As empresas GlaxoSmithKline Biologicals (GSK) e Nabi Biopharmaceuticals (Nabi) anunciaram nesta segunda feira um acordo de licenciamento para uma nova vacina antifumo, a NicVAX.
O produto entrou agora na terceira fase de testes clínicos e, se comprovada sua eficiência, poderia ser uma solução para milhões de fumantes que desejam parar - e o mais importante, permanecer em abstinência.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o uso do tabaco é responsável por uma de cada dez mortes de adultos no mundo. Até 2030, haverá entre seis milhões e dez milhões de mortes por ano causadas pelo fumo – um índice maior do que qualquer outra causa.
Como as taxas de recaída são bastante altas, um dos objetivos da nova vacina é prevenir a vontade de dar mais uma tragada. A NicVax funciona estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos que se ligam á nicotina, fazendo com que essa molécula ligada ao anticorpo se torne muito grande para cruzar a barreira entre sangue e cérebro.
Saiba mais
Vacina contra o vício em tabaco
Pesquisadores começaram a testar em pacientes substância que inibe sensação de prazer causada pelo cigarro
POR PÂMELA OLIVEIRA
O cigarro tem mais de 4.700 substâncias tóxicas, mas a nicotina é considerada a grande vilã: é ela quem vicia. Uma vacina que bloqueia a sensação de prazer proporcionada pela nicotina está sendo avaliada nos Estados Unidos já começou a ser testada em pacientes. Os ensaios clínicos da ‘ NicVax’ serão feitos por médicos da Universidade de Michigan em 25 clínicas americanas.
“A pesquisa da vacina é importante porque pode fornecer um novo recurso para auxiliar no tratamento dos que querem parar de fumar”, afirma a técnica da divisão de controle do tabagismo do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Cristina Perez.
De acordo com os pesquisadores, quando a nicotina entra na corrente sanguínea, cruza uma barreira — cuja função é impedir que as substâncias tóxicas atravessem —, e fica presa a receptores no cérebro. Isso provoca a liberação de substâncias estimulantes, responsáveis pela sensação de prazer que leva ao vício.
A nova vacina estimula o sistema imunológico para que ele produza anticorpos que aderem à nicotina, criando uma substância grande demais para atravessar a barreira, impedindo com isso que surja a sensação de prazer.
Esta é a primeira vez que se adota este enfoque no combate ao tabagismo. Todos os tratamentos convencionais até hoje, como os adesivos e o chiclete de nicotina, tinham como objetivo fazer com que os fumantes largassem aos poucos o cigarro. Os resultados dos testes serão conhecidos em 2012.
EM DEFESA DAS MULHERES
Segunda-feira é o Dia Mundial Sem Tabaco. A Organização Mundial da Saúde pediu mais ações contra a publicidade de cigarros direcionada a mulheres e meninas. Elas formam o mercado com maior potencial de crescimento para o tabaco. Em muitos países, a quantidade de meninas fumando já é igual à de meninos, alerta a organização.
Fumo mata mais de 5 milhões ao ano
Cerca de 5 milhões de pessoas morrem por ano por causa de doenças relacionadas ao tabaco, como infartos, derrames e câncer, segundo a OMS. Desse número, 1,5 milhão são mulheres. Outros 430 mil morrem por ano devido ao fumo passivo. Dois terços são mulheres.
“A indústria está gastando muito em publicidade e tem como alvo as mulheres”, alerta Douglas Bettcher, da OMS.
Até amanhã, os males que o cigarro causa ao pulmão podem ser vistos no Planetário da Gávea, que expõe um pulmão gigante. O público pode andar no pulmão inflável das 15h às 19h.
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