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6.11.2010
64% das universitárias brasileiras estão insatisfeitas com o corpo
Natália Chaves, 22 anos, 1,63 m e 65 kg: 'Quando
fiz 18 anos, já estava na mesa de cirurgia para
colocar implante de silicone. No passado, refiz a
cirurgia. Já pensei em colocar um balão no
estômago'
Quase 50% das alunas com peso adequado querem ser mais magras.
Jovens da Região Norte são as que desejam os menores padrões ideais.
A conclusão é de pesquisa que avaliou 2.402 alunas – todas da área da saúde – de 37 instituições das cinco regiões do país.
Quase metade das entrevistadas com peso ideal também gostaria de ser mais magra.
O trabalho ouviu alunas do 1º e 2º anos dos cursos de enfermagem (59% do total), psicologia (15%), farmácia (12%), fisioterapia (9%), biomedicina (2%) e fonoaudiologia (1%).
A avaliação da satisfação corporal foi feita por meio da escala de silhuetas de Stunkard, uma ferramenta consagrada em pesquisas da área que traz nove figuras retratando formas corporais diferentes (entenda o passo a passo do estudo no infográfico abaixo).
Os formulários – e dados de idade, peso e estatura – foram preenchidos pelas próprias alunas em sala de aula.
Do total nacional, 64,4% das universitárias desejavam ser mais magras. Mesmo entre as eutróficas (com índice de massa corporal adequado), 47,8% escolheram figuras menores do que a figura que, em sua opinião, melhor representava seu corpo atual.
Curiosamente, as estudantes escolheram como saudáveis figuras maiores que as ideais.
Para a figura ideal, as estudantes do Norte escolheram as menores e as do Centro-Oeste, as maiores.
A maior diferença entre as figuras atual e ideal foi encontrada no Norte e a menor, no Centro-Oeste.
“Não esperávamos verificar essa discrepância maior no Norte. Nossa primeira hipótese é que fosse pior em São Paulo e no Rio”, disse ao G1 Marle Alvarenga, nutricionista da Universidade de São Paulo.
A pesquisa foi conduzida por Marle e por Sonia Philippi, Barbara Lourenço, Priscila Sato e Fernanda Scagliusi, especialistas da USP (Instituto de Psiquiatria e Faculdade de Saúde Pública) e da Universidade Federal de São Paulo (Departamento de Ciências da Saúde, campus Baixada Santista).
Ricardo Muniz e Iberê Thenório
Do G1, em São Paulo
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