EUA começam a vender exame que detecta cedo câncer de pulmão

Produto identifica a doença meses ou até anos antes dos métodos convencionais.

Um dos principais problemas do tratamento do câncer de pulmão é que quando o paciente apresenta os sintomas, a doença já se encontra em estágio avançadoComeça a ser vendido nesta semana nos Estados Unidos, pela primeira vez, um exame de sangue para detectar o câncer de pulmão que permite verificar a presença da doença meses ou mesmo anos antes dos métodos convencionais.

Ele foi desenvolvido nos últimos 15 anos por equipes da Universidade de Nottingham, na Grã-Bretanha, e do Kansas, nos Estados Unidos.

O exame, batizado de Early CDT - Lung, mede a resposta imunológica a proteínas associadas à doença muito antes de ela estar num estágio crítico.

Exame tem 40% de chance de apontar tumorO líder da equipe de Nottingham, John Robertson, diz acreditar que o custo relativamente baixo do exame, que deve ser comercializado nos Estados Unidos a cerca de US$ 420 (aproximadamente R$ 760), deve permitir que ele seja usado em vários países.

Outros tipos de câncer
Um dos principais problemas do tratamento do câncer de pulmão é que quando o paciente apresenta os sintomas, a doença já se encontra em estágio avançado.

"Essa célula cancerígena ou essas células cancerígenas têm proteínas um pouco diferentes [das normalmente encontradas no corpo], e as pessoas são muito sensíveis a elas. Elas têm respostas imunológicas a isso e é essa resposta que nós somos capazes de detectar [com o novo exame]", disse Robertson.

O cientista disse que o exame tem atualmente 40% de chance de identificar o câncer e que esta porcentagem deve subir à medida em que mais proteínas cancerígenas sejam identificadas.

Robertson disse que, teoricamente, no futuro o exame poderá ser adaptado para detectar também outros tipos de câncer.

"Nós já encontramos indícios em pesquisas que todos os tipos de tumores que verificamos - câncer de pulmão, câncer de mama, câncer de ovário, câncer de intestino - induzem a respostas imunológicas nos pacientes. Assim, no futuro será possível identificar antígenos específicos que sejam ligados a um tipo específico de câncer."

BBC
G1