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6.27.2010

PEIXES FLUORESCENTES GENETICAMENTE MODIFICADOS


Ciclídeos geneticamente modificados ganham cor diferenciada no escuro.Experiência foi mostrada nesta sexta-feira (25), em Taipei.

Um grupo de peixes genicamente modificados das famílias cichlidae, nigrofasciatus e archocentrus, foi apresentado pelo Conselho de Agricultura de Taiwan nesta sexta-feira (25), em Taipei. A experiência é resultado de uma colaboração industrial-acadêmica de um grupo de cientistas. (Foto: AFP)





SAIBA MAIS:


The Night Pearl – O PEIXE TRANSGÊNICO -
O Danio rerio, é um ciprinídeo de origem asiática muito comercializado e conhecido pelos aquaristas brasileiros com o nome de paulistinha. Internacionalmente é conhecido como “Zebra Fish”, sendo provavelmente uma das espécies de peixes mais estudadas quanto a sua fisiologia, genética, e comportamento


O que talvez muitos aquaristas não sabem é que o D. rerio é muito utilizado no mundo todo para pesquisas na área de biologia molecular e ensaios de toxicidade que avaliam a qualidade da água de efluentes. No ano de 2003 uma versão transgênica deste peixe foi disponibilizada comercialmente. Batizado de “Night Pearl” (Pérola Noturna), pela empresa Taikong Corporation, despertou rapidamente atenção da mídia e foi alvo de muitas críticas que fizeram pesquisadores reverem conceitos de bioética.

Neste peixe foi inserido genes de um tipo de água viva fosforescente que confere ao peixe uma capacidade singular de brilhar no escuro. A empresa garante que seu produto não representa perigo ao meio ambiente, uma vez que todos exemplares são estéreis.

O “Night Pearl” já foi exportado para diversos países adquirindo diferentes apelidos. Nos Estados Unidos batizado de “GloFishTM” custa aproximadamente 5 dólares e já gerou muita polêmica. A Califórnia chegou a proibir sua comercialização. Visualização do GloFish™ expostos a condições de luz do dia promovidas por lâmpadas fluorescentes.

Os peixes tem a capacidade de absorver a luz e emitir uma coloração bem mais brilhante.-pesquisadores estão trabalhando em um projeto de desenvolvimento de paulistinhas transgênicos.

A idéia é produzir peixes modificados geneticamente capazes de indicar se a água em que estão está ou não contaminada por poluentes. Este tipo de peixe, produzido através de técnicas de engenharia genética e biologia molecular, seria uma ótima alternativa ao uso dos complicados testes para a identificação de poluentes na água

A técnica consiste em extrair genes de medusas fluorescentes e injetá-los em ovos de paulistinhas. Com estes genes, o corpo dos peixes é capaz de produzir uma coloração florescente vermelha ou verdeE, para provocar o funcionamento destes genes, os cientistas utilizam promotores que induzem estes genes funcionando como interruptores que ativam ou não a coloração fluorescente dos peixes. Com isso os cientistas já produziram peixes capazes de identificar dois tipos de substâncias químicas na água, estrógenos e metais pesados. Os peixes começam a indicar a presença das substâncias, imediatamente após serem colocados em água contaminada, através da mudança de sua cor. Embora atualmente somente cores vermelhas e verdes possam ser utilizadas, os cientistas revelaram que poderiam adicionar até cinco cores a cada peixe, cada uma para indicar um tipo diferente de poluente. A grande vantagem do uso destes peixes transgênicos está na sua fácil utilização, onde apenas com um rápido olhar é capaz de se descobrir a presença de um poluente na água. Além disso estes peixes possuem algumas vantagens em relação aos outros indicadores para poluentes, pois eles são biodegradáveis, baratos e de fácil produção.

Futuramente esta tecnologia também poderá estar disponível para outros peixes projetados geneticamente, marinhos ou não. Atualmente os cientistas estão pesquisando peixes que mudam de cor de acordo com a temperatura da água, o que pode levar ao uso de peixes fluorescentes como indicadores de temperatura. Aspecto incandescente obtido em Paulistinhas D. rerio transgênicos em ambientes completamente escuros. Este efeito é otimizado com auxilio de uma luz negra.- Revisão dos Conceitos de

A polêmica gerada sobre o uso da biotecnologia, mais precisamente a transgenia é mais do que atual. Neste cenário obrigatoriamente precisa ser deixado de lado correntes idealistas sem embasamento científico para, somente então, dar início a um processo de discussão.

Os benefícios da transgenia são muito claros e quando somados a pesquisas sérias enquadradas nos conceitos de bioética são potencialidados. A manipulação e desconhecimento desta ciência por alguns idealistas, ao contrário, podem gerar incertezas e medo na sociedade.

Na questão do paulistinha transgênico estamos diante de duas aplicações distintas sobre o uso da transgeniaA primeira possui objetivos claros que visam a utilização de um organismo geneticamente modificado para identificação de contaminantes ambientais na água.A segunda, para criar um produto e disponibiliza-lo no mercado comercialmente. Iremos nos deter a segunda, pois esta é alvo de severas críticas repletas de adjetivos tais como: curiosidade, futilidade e modismo.

Críticas estas onde o aquarista tem papel fundamental na formação do conceito de bioética.

Talvez seja possível fazer uma analogia aos donos de “Pets” que estão dispostos a desembolsar fortunas para clonar seu animal preferido de estimação.

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