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7.30.2010

Cientistas identificam célula que pode originar câncer na próstata

Teste em ratos mostra que células basais também acarretam doença.
Estudo foi realizado por equipe da UCLA, nos Estados Unidos

Cientista da Universidade da Califónia em Los Angeles (UCLA) divulgaram nesta quinta-feira (29) a identificação de um tipo de célula que pode ser responsável por iniciar o desenvolvimento de câncer de próstata em humanos.

Os pesquisadores norte-americanos, liderados pelo médico Owen Witte, do Instituto Médico Howard Hughes (HHMI), acreditam que a origem do tumor esteja em células da glândula conhecidas como basais.

A glândula produtora da parte líquida do sêmen é composta por uma rede de túbulos. A parte externa desses pequenos canais é constituída por células basais. Já a parte interna apresenta células luminais, tidas pela comunidade científica como principais responsáveis pelo desenvolvimento da doença na próstata.

Utilizando tecidos saudáveis da próstata por meio de biópsias, os especialistas separaram as células luminais das basais. Com o uso de vetores virais, genes alterados e conhecidos por geraram cânceres foram inseridos nas duas populações e colocados dentro do organismo de ratos.

"Ao pegar tecidos saudáveis e transformá-los em cancerígenos, nós podemos acompanhar o desenvolvimento da doença", explica Andrew Goldstein, graduando da universidade e primeiro autor do estudo.

Controvérsia

A discussão sobre a fonte do câncer de próstata é antiga. No ano passado, uma equipe do Centro Médico da Universidade Columbia descobriu novas células-tronco, nomeadas CARNs, associadas ao câncer de próstata.

"A ideia dominante é que o câncer de próstata é desenvolvido a partir das células luminais por conta de algumas características semelhantes notadas nos tumores", disse Owen Witte, diretor do departamento de pesquisas avançadas com células-tronco da UCLA.

O estudo é tema da publicação norte-americana Science nesta semana. Somente nos Estados Unidos, 32 mil pessoas vão morrer em decorrência de câncer na próstata em 2010.
Do G1, em São Paulo

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