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7.29.2010

Mais cuidados com a Hepatite

Saúde anuncia ampliação em 163% da compra de vacinas contra hepatite B
Em 2009, foram adquiridas 33 milhões de doses. Em 2010, serão 87 milhões.
Motivo é expansão da vacinação para faixa etária de 20 a 24 anos.

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (28), Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, que ampliará em 163% a aquisição de doses de vacina contra a hepatite B, uma das formas da doença que mais atinge pessoas no Brasil.

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O anúncio foi feito em Brasília pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Em 2009, segundo o ministério, foram adquiridas 33 milhões de doses para serem usadas em 2010 - neste ano, serão compradas 87 milhões de doses para serem utilizadas em 2011.

O motivo da ampliação é a expansão da imunização para jovens entre 20 e 24 anos. Atualmente, a vacinação contra a doença atinge apenas pessoas com idades entre 0 e 19 anos. Até 2012, o governo quer expandir a vacinação para jovens de 25 a 29 anos.

A intensificação das ações contra a hepatite B é resultado de um estudo do governo federal, que apontou um crescimento de casos entre 1999 e 2009. Dados apresentados pelo ministério nesta quarta-feira apontam que nos dez anos de estudo, 96.044 pessoas foram contaminadas pelo vírus da doença. Mais de 50% dos casos de contaminação estão concentrados na faixa etária de 20 a 39 anos. No período, foram registradas 5.079 mortes pela doença.

“Os números apontam a necessidade de que aumentemos as ações de combate contra a doença”, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

De acordo com Mariângela Simão, diretora do Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, a partir do próximo ano o ministério vai levar a vacina a escolas. “Como a vacinação contra a hepatite B tem três doses, precisamos de toda uma logística diferenciada para atingir as metas. Vamos a ambientes escolares, entre outros”, afirmou.

A hepatite é manifestada nas formas A, B, C, D e E. A contaminação ocorre por meio de alimentos mal lavados e até pela falta de prevenção nas relações sexuais. Os tipos B e C foram os mais comuns no Brasil nos últimos dez anos, segundo o Ministério da Saúde.

Contra a hepatite C, ainda não há vacina disponível. Essa forma da doença acumula o maior número de mortes nos últimos dez anos – 14.076. As maiores incidências dos casos da hepatite C estão nas regiões Sul e Sudeste. Dos 20.073 casos registrados no país no período, 70,3% são referentes a essa forma da doença. Já o tipo B da doença representou 25,4% dos casos de hepatite registrados no país.

Campanha

Para alertar sobre as hepatites, o ministério vai lançar uma campanha nacional de televisão, em que mostra um estádio de futebol cheio, mas com uma torcida silenciosa, para mostrar que a doença pode atingir o paciente sem apresentar nenhum tipo sintoma.

Os ex-jogadores da seleção brasileira de futebol Jairzinho, Félix e Paulo César Caju vão participar da campanha.

O Ministério da Saúde informou que em 2010 foram investidos R$ 274 milhões na compra de medicamentos utilizados no controle das hepatites B e C.

Preservativos

Segundo o ministério, em 2011 os postos de saúde que atendem os portadores de hepatites virais passarão a distribuir preservativos, como forma de conter a expansão no número de casos da doença.

Por meio de licitação, o ministério já adquiriu mais de 800 milhões de preservativos. A meta é atingir 1,2 bilhão de preservativos ainda este ano.

Para 2011, uma das metas do governo é que todas as gestantes que buscam tratamento na rede pública de saúde também recebam cobertura vacinal contra a hepatite B.

G1.com

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