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8.20.2010
Cientistas desenvolvem remédio mais eficaz contra a malária
A nova droga, criada por uma equipe de cientistas da Universidade de Liverpool, está em fase final de testes
A malária é transmitida pela picada do mosquito Aedes (Thinkstock)
Nova droga tem uma duração mais longa, reduzindo as chances do parasita reaparecer
O tratamento contra a malária, doença que mata cerca de um milhão de pessoas ao ano, está prestes a ganhar um novo aliado mais eficiente e barato. A artemisinina, uma erva chinesa usada para tratar pacientes com a doença, é a base de um remédio artificial desenvolvido por cientistas da Universidade de Liverpool, na Inglaterra. Além de ser mais barata do que as já existentes no mercado, a nova droga promete ser também mais potente e quimicamente estável.
“A malária atinge os países mais pobres do mundo, incapazes de custear tratamentos caros. O problema com as drogas usadas hoje é que elas têm uma absorção oral baixa e o preço muito elevado”, explica Paul O´Neill, do Departamento de Química da Universidade de Liverpool. Segundo o cientista, a medicação criada pela equipe britânica é feita a base de componentes orgânicos e terá um custo bem menor quando produzida em larga escala.
A artemisinina é conhecida por sua interação com as células vermelhas infectadas pelo parasita. O processo, que causa uma reação em cadeia capaz de destruir a malária, perde eficácia por ser quimicamente instável. No novo tratamento oral, no entanto, a parte mais reativa da artemisinina é criada sinteticamente e fundida a moléculas orgânicas que deixam o remédio mais estável. Assim, a droga tem uma duração mais longa, reduzindo as chances do parasita reaparecer, e acaba sendo mais segura e potente.
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