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8.04.2010

CONTRACEPTIVOS


As relações sexuais, mesmo que seja a primeira vez ou só uma vez, podem ter como consequência a gravidez.

O único método cem por cento eficaz para evitar a gravidez é a abstinência, isto é, não ter relações sexuais. Mas os métodos contraceptivos ajudam a prevenir a gravidez não desejada, permitindo a vivência da sexualidade de forma saudável e segura.

Qual o método contraceptivo mais eficaz?

O grau de eficácia varia de método para método. Em alguns casos, como com a pílula e o preservativo, o grau de eficácia depende, também, da forma mais ou menos correcta e continuada de utilização do método. Alguns têm contra-indicações e e efeitos colaterais. Assim, antes de optar por um método contraceptivo, deve marcar uma consulta de planeamento familiar ou consultar o seu médico.

Há alguns factores que devem ser ponderados e analisados pelo médico ou profissional de saúde, como, por exemplo, a idade e o estilo de vida, se tem ou pretende ter mais filhos, o estado da saúde em geral, a necessidade de protecção contra infecções de transmissão sexual, etc.

E, sobretudo, lembre-se que a responsabilidade pela prevenção da gravidez não desejada cabe sempre aos dois parceiros.

Quais são os métodos contraceptivos disponíveis?

Contracepção hormonal oral (vulgarmente conhecida como pílula)
Contracepção hormonal injectável
Contracepção hormonal-implante
Dispositivo intra-uterino (DIU)
Preservativo masculino
Espermicida
Abstinência periódica/autocontrolo
Contracepção cirúrgica
Contracepção de emergência
O preservativo é o único método contraceptivo que, simultaneamente, protege contra as infecções de transmissão sexual.

O que são métodos contraceptivos reversíveis?

A maioria dos métodos contraceptivos são reversíveis, isto é, permitem à mulher engravidar quando ela ou o seu parceiro deixam de os usar. São exemplo: os preservativos, a pílula, o DIU, as hormonas injectáveis e o implante.

Quais são os métodos contraceptivos definitivos?


São os que têm um efeito permanente. Estes métodos, como a laqueação de trompas, para a mulher, e a vasectomia, para o homem, implicam a realização de intervenções cirúrgicas.

Como tenho acesso aos métodos contraceptivos?

Os métodos contraceptivos são fornecidos gratuitamente nos centros de saúde e hospitais públicos. Todas as pessoas têm direito ao acesso a consultas e serviços de planeamento familiar, independente do seu sexo, idade ou estado civil.

Como é que os jovens menores de idade podem ter acesso aos métodos contraceptivos?

Nas consultas, gratuitas, de planeamento familiar. Os jovens adolescentes são um dos alvos prioritários das consultas de planeamento familiar. Não é necessário autorização dos pais, do encarregado de educação ou do adulto responsável pelo menor para que este tenha acesso às consultas de planeamento familiar e aos métodos contraceptivos.

Aconselhe-se junto do seu médico ou em consulta de planeamento familiar.
PORTAL DA SAÚDE

Escolher um anticoncepcional é um dos primeiros passos para a conquista de uma vida sexual plena e saudável. Isto porque, ao se proteger de uma gravidez indesejada, o casal fica mais seguro e pode desfrutar da intimidade sem medo. Todos os tipos de contraceptivos têm como objetivo evitar que o espermatozóide encontre o óvulo. O que muda é a maneira como cada um atua no organismo feminino.

Frases como "desde que comecei a tomar pílula já engordei uns cinco quilos!"; "meu apetite aumentou muito depois que comecei a usar a pílula", são muito mais comuns do que se imagina. Mas vamos à pergunta que não quer calar: é mesmo verdade que as mulheres engordam quando começam a tomar pílula? A resposta é: sim e não. "Engordar ou não depende de inúmeros fatores, como a dose e o tipo de hormônio contido na pílula e características pessoais relativas ao metabolismo de cada mulher. Os efeitos não ocorrem em todas as mulheres e, normalmente, se resolvem nos três primeiros meses de utilização",garante a ginecologista Mariana Maldonado, de São Paulo.

“Levando em conta a idade, as condições de saúde e o estilo de vida sexual, entre outros fatores, o profissional ajudará na decisão”

Uma coisa é certa: desde que ela foi criada, na década de 60, muita coisa mudou, para alívio das usuárias. As altas doses hormonais contidas nas primeiras pílulas foram substancialmente reduzidas com um único objetivo - diminuir ao máximo os efeitos colaterais, sem prejudicar seu principal efeito, a proteção contra a gravidez.

Hoje em dia, existem mais de 60 pílulas anticoncepcionais disponíveis no mercado, com diferentes tipos e dosagens hormonais. Quanto mais baixa for a dose, menor a chance de sofrer com os temíveis efeitos colaterais. Além de pílulas, existem outras formas de evitar a gravidez, diz a médica.

Hoje, além de opções tradicionais como pílula, DIU e diafragma, existem outras - especialmente recomendadas para quem vive esquecendo de tomar o comprimido, por exemplo - como implante subcutâneo, adesivo e anel vaginal, capazes de liberar hormônio gradualmente durante todo o mês. É preciso entender que para cada mulher há um método adequado, explica a ginecologista e obstetra Silvia El Faro, de São Paulo.

Analise todos e veja o que mais se enquadra ao seu perfil. Levando em conta a idade, as condições de saúde e o estilo de vida sexual, entre outros fatores, o profissional ajudará na decisão. É bom lembrar ainda que contraceptivo hormonal não evita doenças sexualmente transmissíveis, como aids, sífilis e herpes genital. Portanto, faça sexo seguro e, na dúvida, use também a camisinha, alerta a ginecologista.

DIU de progesterona

Tipo: anticoncepcional hormonal.
Como funciona: o dispositivo intra-uterino em forma de 'T' é colocado dentro do útero pelo ginecologista. Libera progesterona gradativamente, impedindo a ação do espermatozóide.
Vantagens: geralmente o fluxo menstrual diminui ou desaparece. O produto só é trocado a cada cinco anos e está liberado para quem amamenta.
Desvantagens: pode causar acne, cefaléia, aumento de peso, endurecimento e dor nas mamas.
Contra-indicações: não deve ser utilizado por pacientes que já tiveram infecções pélvicas ou com suspeita de câncer ginecológico.
Eficácia: 99,5%.

Implante de progesterona

Tipo: anticoncepcional hormonal.
Como funciona: uma haste implantada com anestesia local sob a pele, na região do braço. Joga gradualmente na corrente sangüínea um hormônio derivado do progesterona, inibindo a ovulação.
Vantagens: em 70% dos casos, suspende a menstruação e acaba com as cólicas e sintomas de tensão pré-menstrual. Fica no corpo até três anos e está liberado durante a amamentação.
Desvantagens: pode provocar acne, cefaléia, aumento de peso, endurecimento e dor nas mamas. Contra-indicações: mulheres que tenham sangramento irregular.
Eficácia: 99,5%.

Injeção de hormônios

Tipo: anticoncepcional hormonal.
Como funciona: aplicada na região glútea, a injeção de estrogênio e progesterona inibe a ovulação.
Vantagens: mantém a menstruação regular. Ministrada uma vez por mês, é ideal para quem esquece de tomar a pílula.
Desvantagens: pode causar aumento da pressão arterial, tontura, náuseas e vômitos.
Contra-indicações: não recomendada a fumantes e mulheres acima de 40 anos, pois o estrogênio aumenta os riscos de problemas cardíacos. O método não deve ser usado no período de amamentação.
Eficácia: 99,5%.

Adesivo

Tipo: anticoncepcional hormonal.
Como funciona: fixado sobre a pele, libera continuamente hormônios que inibem a ovulação. Precisa ser mudado a cada sete dias, durante três semanas seguidas. Após o período, é feita pausa para a menstruação.
Vantagens: não provoca efeitos colaterais e é trocado somente uma vez por semana, sendo uma boa opção para pessoas que esquecem freqüentemente de tomar a pílula.
Desvantagens: pode desgrudar da pele, comprometendo sua eficiência.
Contra-indicações: não deve ser usado por fumantes e mulheres acima de 40 anos, devido a riscos cardíacos, e nem no período de amamentação.
Eficácia: 99,5%.

Diafragma

Tipo: anticoncepcional de barreira.
Como funciona: um pequeno anel de metal recoberto por uma película de borracha ou silicone é colocado pela própria mulher dentro da vagina, meia hora antes da relação sexual e retirado oito horas depois. Sua função é bloquear a penetração do espermatozóide no útero. Inicialmente, o tamanho é medido pelo médico.
Vantagens: é durável (se bem conservado, pode ser usado por dois ou três anos), discreto e não provoca efeitos colaterais.
Desvantagens: nem sempre é fácil removê-lo. Para garantir sua eficiência, tem de ser usado com um creme espermicida.
Contra-indicações: não há.
Eficácia: 98% a 99%.

Camisinhas

Tipo: anticoncepcional de barreira.
Como funciona: a masculina (feita de látex) e a feminina (de poliuretano) são colocadas respectivamente no pênis e na vagina, impedindo a penetração do espermatozóide no útero.
Vantagens: elas não alteram a ovulação da mulher e protegem contra as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Desvantagens: não há. Acostumar-se a elas é uma questão de tempo.
Contra-indicações: para pessoas alérgicas ao material utilizado na confecção.
Eficácia: 98% a 99%.

Pílula

Tipo: anticoncepcional hormonal.
Como funciona: os comprimidos (geralmente são 21, apresentados em uma cartela mensal) devem ser tomados diariamente para que os hormônios contidos neles bloqueiem a ovulação.
Vantagens: existem vários tipos de pílula, com diferentes dosagens de hormônios. Se a mulher não se der bem com uma, consegue substituí-la.
Desvantagens: pode causar cefaléia, enxaqueca, dores nas mamas, secura vaginal, diminuição da libido, aumento da pressão arterial, náusea, ganho ou perda de peso, alterações no humor, acne e sangramento irregular.
Contra-indicações: os hormônios combinados (estrogênio e progesterona) não devem ser usados por fumantes e mulheres acima de 40 anos; por quem amamenta, sob o risco de diminuir a produção de leite, por pessoas com problemas neurológicos graves, hipertensas, com antecedentes de trombose, diabéticas ou com câncer de mama.
Eficácia: 99,5%.

Anel vaginal

Tipo: anticoncepcional hormonal.
Como funciona: um anel flexível de superfície lisa, que contém hormônios, é colocado pela própria mulher na parte superior da vagina, liberando continuamente essas substâncias e inibindo a ovulação. Deve ser trocado a cada 21 dias.
Vantagens: os hormônios entram diretamente na circulação, evitando alguns efeitos colaterais desagradáveis - como acne, cefaléia, aumento de peso e dor nas mamas - da pílula. Aplicado uma vez ao mês, é indicado para pessoas que esquecem freqüentemente de tomar o contraceptivo oral. Discreto, não interfere em nada na relação sexual.
Desvantagens: pode aumentar um pouco a secreção vaginal, pois necessita de alguma manipulação para ser inserido.
Contra-indicações: não deve ser usado por fumantes e mulheres acima de 40 anos, por mulheres no período de amamentação, por pessoas com problemas neurológicos, hipertensas, diabéticas ou com câncer de mama.
Eficácia: 99,5%.

(fonte: http://cyberdiet.terra.com.br/cyberdiet/colunas/071105_sau_anticoncepcional.htm)
Colaboração:Dia-a-dia com a sua Farmacêutica e ...


OS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS NATURAIS

Para além dos métodos referidos no artigo anterior, existem ainda os métodos naturais de contracepção. Estes métodos são aconselhados quando a mulher não pode usufruir de métodos hormonais ou químicos (por exemplo por razões de saúde) ou quando as convicções pessoais ou religiosas do casal lhes condicionam o uso de qualquer dos métodos referidos.

Os Métodos Naturais mais conhecidos são:

- O Método do Calendário ou Tabela de Ogino-Knauss;

- O Método de avaliação do muco cervical ou Método de Billings;

- O Método das temperaturas basais;

- O coito interrompido;

- A amamentação

Passam-se a descrever cada um deles:

Método do calendário - TABELA DE OGINO-KNAUSS
É um método que consiste em anotar durante mais ou menos 1 ano a duração dos ciclos menstruais. Uma vez feita esta contagem, tem de se subtrair ao ciclo mais curto 18 dias e ao ciclo mais longo 11 dias. A partir do momento em que estes resultados estão encontrados, o intervalo entre ambos, do menor para o maior, indica o espaço de tempo no qual a mulher se encontra no período mais fértil dos seus ciclos, onde ocorre a ovulação e é mais provável que aconteça uma gravidez. Por exemplo, imaginemos que uma mulher contabilizou o seu ciclo mais curto com 26 dias e o seu ciclo mais longo com 30 dias. Então: 26 – 18 = 8 e 30 – 11 = 19. Quer isto dizer que os dias mais férteis desta mulher são entre o oitavo e o décimo nono dia do ciclo, dias em que não deve ter relações sexuais ou, querendo-o, terá de utilizar um preservativo. Convém não esquecer que o primeiro dia do ciclo é o primeiro dia em que aparece a menstruação.

Método de Billings - avaliação do muco cervical:

O muco é uma substância gelatinosa, produzida pelas glândulas do cólo do útero que sofre alterações ao longo do ciclo sexual. Na altura da ovulação adquire uma aparência de clara de ovo com grande elasticidade (filância). Este muco filante facilita a entrada de espermatozóides no útero. Se uma mulher quiser utilizar este método para contracepção deverá, todas as manhãs, observar se tem muco na vulva e como é a sua aparência. A aprendizagem pode demorar algum tempo, porque pode ser difícil distinguir o muco de sémen ou algum corrimento. Convém ser acompanhada por um profissional de saúde conhecedor do método. Para aumentar a eficácia contraceptiva deste método, a mulher/rapariga só deverá ter relações sexuais 3 dias depois da ocorrência do ponto máximo de filância do muco.

Método da temperatura basal

A temperatura basal do corpo de uma mulher (medida logo ao acordar, sempre à mesma hora, antes de comer e sem ter feito esforço muscular tirando a temperatura na boca, no recto ou na vagina, usando sempre o mesmo termómetro), é variável durante o seu ciclo. Assim, a temperatura nos dias entre a ovulação e a menstruação seguinte sobe cerca de 2 a 5 décimos de grau. Então, só três dias depois desta subida de temperatura ter acontecido, é que é menor o risco da mulher engravidar. No entanto há uma situação importante, que são as variações de temperatura que o seu corpo pode ter, como por exemplo, no caso de febre ou de alterar a sua hora de dormir.

Para usar estes métodos como contracepção tem de conhecer bem o funcionamento do próprio corpo e estes métodos não protegem das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).

Métodos Naturais extremamente falíveis

- O Coito Interrompido

Consiste em interromper o acto sexual imediatamente antes da ejaculação. Este método, ainda muito utilizado como método contraceptivo, é altamente falível porque o homem, durante a relação sexual, produz um líquido pré-ejaculatório, por vezes imperceptível, que pode conter espermatozoides, o que é suficiente para originar uma gravidez. Além disso é necessário haver um controlo muito grande do acto sexual, que pode tornar-se difícil e pode também repercutir-se numa vivência menos plena e gratificante do prazer sexual.

- A Amamentação

Muitos casais ficam mais tranquilos quanto à possibilidade de engravidar, após o nascimento de um filho e durante o tempo em que este é amamentado. É verdade que durante o período de amamentação há uma influência hormonal que dificulta a ocorrência de uma gravidez, pois interfere com os mecanismos de resposta hormonal que promovem a ovulação e as características do útero, que se encontra a reestruturar-se da gravidez anterior. No entanto, não é totalmente seguro que uma gravidez não possa acontecer e é por isso que se aconselha o casal a usar métodos contraceptivos também nesta fase.

Agora que são conhecidos todos os métodos existentes, cabe a cada casal optar por aquele que mais se adequa ao seu estilo de vida. Preferencialmente esta escolha deve ser negociada com a equipa de saúde familiar, de forma a ser saudavelmente vigiada e vivida.
FONTE:enfermeiroonline.no.comunidades.net/index.php...

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