O brasileiro costuma abusar do uso do sal. Muitos adicionam o cloreto de sódio, o nome legítimo do sal, ao prato, antes mesmo de prová-lo. O resultado é um consumo nacional de 12 gramas diários de sal por pessoa, o dobro dos 6 gramas diários recomendados para qualquer indivíduo, hipertenso ou não.
O problema é que o excesso de sódio na circulação retém os líquidos e aumenta a sensação de sede. Com isso, bebe-se mais água para diluir este sal no organismo. O maior volume de líquido na corrente sangüínea pode aumentar a pressão arterial e a sobrecarga do coração. A recomendação da Sociedade Brasileira de Hipertensão é limitar o consumo diário a apenas duas colheres rasas de café na preparação de todos os alimentos ao longo do dia. Para calcular, é bom saber que uma colher de chá corresponde a 4 gramas de sal.
Esta quantidade soa muito pequena, mesmo sabendo que diminuir o sal pode ser uma boa pedida para a saúde. E aí as ervas têm um papel fundamental para que a comida não fique sem graça. Os aromas e os sabores das especiarias e dos temperos tornam os pratos deliciosos e saudáveis. E as especiarias contêm, ainda, substâncias que auxiliam no bom funcionamento do organismo.
Ervas aromáticas, como alecrim, estragão, tomilho, hortelã, salsa, erva-doce e sálvia, e temperos, como pimenta, curry, noz-moscada, canela, açafrão e cravo, são aliados que podem fazer a grande diferença na preparação de pratos. Uma boa sugestão é moer várias ervas aromáticas juntas para obter uma mistura fina que pode ser colocada no saleiro e utilizada à vontade na preparação e finalização de pratos.
Filippo Pedrinola
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