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8.19.2010

Reprodução assistida em consulta pública na Anvisa

Anvisa quer saber resultados de reprodução assistida
Órgão ainda não tem informações confiáveis sobre número de embriões obtidos e sucesso das gestações
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer que as clínicas de reprodução assistida informem os resultados dos processos realizados.
Atualmente, o órgão regulador não tem informações confiáveis sobre o número de embriões obtidos e a respeito do sucesso ou insucesso das gestações.
"Não sabemos se houve gravidez ou não. O sistema existente não é validado (não há segurança sobre a veracidade das informações) e as clínicas não sabem como alimentá-lo", afirmou ontem Dirceu Barbano, diretor da agência.
A situação não permite que seja conhecido, por exemplo, o índice geral de sucesso dos centros, para comparar com as taxas divulgadas pelo marketing das empresas.
A proposta da agência ficará por 30 dias em consulta pública.
Segundo balanço do órgão regulador, desde a última regulamentação para as clínicas, ocorrida em 2006, os dados disponíveis apontam que cresceu o número de embriões considerados viáveis para implantação, o que indicaria melhoria na qualidade dos serviços prestados.
Enquanto o número era de 221,79 embriões por centro de reprodução em 2008, no ano seguinte passou para 274,72 por centro.
O número de embriões inviáveis caiu de 16,5 por centro em 2008 para 4,2 por clínica no ano passado. Mas conforme informou o órgão, as informações não são confiáveis.
Em 2009 foram notificados 8.009 embriões, número menor do que o de 2008, 10.011 embriões.
Baixa notificação. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, Adelino Silva, menos de 35% das cerca de 140 clínicas existentes no País têm notificado seus dados à Anvisa.
A entidade ainda vai analisar a proposta colocada em consulta, mas diz temer que ela exija novos gastos. "Eu mesmo gastei R$ 150 mil só para me adequar à regra anterior. Não existe exigências como as daqui nem nos EUA nem na Europa",

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