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8.30.2010

TÁRTARO


O que é o Tártaro?
É a placa bacteriana endurecida pela precipitação dos sais minerais na saliva. Tal como na placa bacteriana, no tártaro existe uma abundante presença de bactérias. Para eliminar o tártaro é necessário que se realize uma limpeza pelo dentista. A remoção do tártaro faz-se hoje com o recurso ao ultrassom. O uso do ultrassom aplicado à remoção de cálculo dentário é sem dúvida uma grande descoberta na odontologia; é um método indolor que rapidamente elimina o tártaro ou cálculo dentário, e consequentemente a gengivite e a reabsorção óssea.


Tipos de tártaro dental
Tártaro ou cálculo supragengival
É clinicamente visível coronal à margem gengival. A presença e a quantidade do cálculo supragengival é o resultado do nível de depósitos bacterianos nos dentes, mas também são influenciados pela secreção da glândula salivar. Como resultado, a maior quantidade da placa supragengival é normalmente encontrada nas superfícies vestibulares dos molares maxilares adjacentes ao ducto da glândula parótida nas superfícies linguais dos dentes mandibulares anteriores, que estão espostos ao ducto das glândulas submandibulares.

Coloração
O tártaro supragengival pode variar na cor, de branco a marron escuro, dependendo da coloração das substâncias alimentícias.

Tártaro subgengival
Forma-se apicalmente à margem gengival, e não é normalmente visível. Pode ser detectado pela exploração tátil com a sonda periodontal ou um explorador fino, e é normalmente evidente por sua superfície áspera. Se a margem gengival for retraída por um jato de ar ou por algum instrumento dental, o tártaro subgengival pode ser evidente e precisamente apical à junção esmalte-cemento.

Coloração
O tártaro subgengival com freqüência apresenta-se marrom, preto, o que reflete a presença de produtos bacterianos ou de sangue.

Composição
O tártaro supragengival consiste de 70% a 90% de sais inorgânicos, principalmente na forma de fosfato de cálcio(Ca3[PO4]2). O cálculo também contém quantidades variadas de carbonato de cálcio e fosfato de magnésio. A porção inorgânica é quimicamente similar à porção inorgânica do osso, dentina e cemento. Os componentes orgânicos do cálculo envolvem proteína e complexos de polissacarídeos derivados da placa dental, células epiteliais descamadas e glóbulos brancos.

A mistura dos cristais inorgânicos se altera em um composição relativa à idade do tártaro. A primeira forma de critais que aparece é a bruchite (Ca[HPO4].2H2O) e é seguida pelo fosfato octocálcio (Ca8[HPO4]4). Em depósitos maduros acumulam por mais de seis meses, a forma cristalina principal é a hidroxiapatita (Ca10[PO4]6. OH2) com menos componentes de fosfato octocálcio e whitlockite, um fosfato tricálcio contendo magnésio (Ca[PO4]2).

Significado clínico
Os estudos epidemiológicos demonstram fortes associações entre o tártaro e a periodontite. Mas não há evidências que implique o cálculo como uma causa primária da periodontite. Esta conclusão é o resultado de múltiplas observações:

A superfície mineralizada do tártaro é sempre coberta por uma placa bacteriana não mineralizada, e, portanto, por si só não mantém contato com os tecidos gengivais.
Em animais tratados com agentes antimicrobianos, a placa bacteriana é eliminada da superfície do tártaro, e o epitélio juncional pode, na verdade, unir-se diretamente ao cálculo. Em situações artificialmente induzidas, a presença do cálculo sem placa bacteriana está associada com a saúde gengival, não com a doença.
O tártaro pode, entretanto aumentar os efeitos da placa bacteriana. Por exemplo, o crescimento de um cálculo mantém a placa bacteriana em contato próximo com a superfície do tecido e também limita a capacidade do paciente em remover a placa. Além disso, visto que o cálculo possui o potencial para concentrar tanto os nutrientes comos toxinas, pode se esperar que isto influencie tanto a ecologia bacteriana,como a inflamação do tecido. Mas isso é especulativo.

Apesar de ser possível o uso de agentes químicos para a remoção da placa da superfície do tátaro sem remover o próprio tátaro, isto é considerado atualmente um conceito de tratamento.
Estudos bem controlados têm demonstrado claramente que a remoção tanto do tártaro subgengival quanto dos depósitos bacterianos subgengivais permite manter um estado de saúde periodontal por longos períodos de tempo. Não existem estudos a longo prazo que tenham avaliado os resultados da remoção do tártaro.
Fontes:
Wikipédia e Odontologia estética

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