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9.16.2010

Alívio para as cólicas dos bebês

Pesquisa mostra que produto contendo uma bactéria benigna reduz o sofrimento das crianças
Uma pesquisa realizada na Itália aponta uma esperança aos pais de bebês de até quatro meses de idade. A equipe do médico Francisco Savino, do Hospital Infantil Regina Margherita, em Turim, descobriu que doses de uma solução contendo um lactobacilo – uma espécie de bactéria do bem – atenuam as cólicas intestinais que afligem as crianças nos primeiros meses de vida.

Credita-se a ocorrência do problema a uma “imaturidade” do sistema digestivo do bebê, o que leva à fermentação e a gases. Os gases distendem as alças intestinais, provocando a dor. Outro fator discutido é a responsabilidade de alguns alimentos da dieta da mãe, que poderiam agravar o problema.

O estudo italiano foi feito com 50 bebês que manifestavam claramente o problema – entre os sinais evidentes de que a criança está sofrendo por causa de cólicas está o choro praticamente ininterrupto, que começa no final da tarde e se estende por cerca de três horas. As participantes, porém, excediam essa média: choravam até três horas a mais.

Metade dos bebês recebeu, diariamente, durante três semanas, dez gotas de uma solução com a bactéria L. reuteri Protectis. O remédio foi dado pela manhã, meia hora antes de serem amamentados. O restante recebeu placebo. Ao final da experiência, as crianças que usaram a solução probiótica (que contém bactérias para ajudar no funcionamento do aparelho digestivo) passaram a chorar cerca de 35 minutos por dia. As que tomaram placebo, 90 minutos. “Essa constatação sugere que a L.reuteri tem potencial para servir como um novo e seguro meio terapêutico contra as cólicas infantis”, disse à ISTOÉ Savino.

O meio pelo qual o lactobacilo atua ainda não é conhecido. Em cobaias, por exemplo, o micro-organismo reduziu as contrações intestinais. Na opinião da médica Maria Cristina Senna Duarte, mestre em saúde da criança e da mulher do Instituto Fernandes Figueira, no Rio de Janeiro, os lactobacilos resistem à digestão normal e chegam ao intestino para exercer efeitos benéficos sobre as respostas inflamatórias e imunológicas do organismo. “Dessa forma, possivelmente, como mostra o trabalho, tenham resultado positivo sobre a cólica”, diz.
Cilene Pereira

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