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9.07.2010

Aprenda a escolher a escola certa para seu filho



A possibilidade de errar na escolha é o que mais aflige os pais na hora de decidir em que escola matricular seu bem mais precioso. Não há uma fórmula matemática para apontar a escola ideal. E o que é ótimo para uns pode não ser para outros. Por isso, programe-se para visitar os colégios e converse com o máximo de pessoas que puder, do diretor a pais de alunos. E o principal: observe o dia a dia da escola.

Foi dessa forma que a professora de ioga Tatiana Soares, mãe de Isabel, de 5 anos, descobriu que o que a escola em que matriculara sua filha dizia era bem diferente do que acontecia nas salas de aula:

— Tirei a Isabel de duas escolinhas até encontrar a que ela está hoje. Agora, chegou a hora de escolher uma escola maior.

Segundo a psicopedagoga e terapeuta familiar Aline Weber, a decisão precisa ser muito bem fundamentada e as tentativas fazem parte do processo:

— Basta ter calma e paciência para procurar uma escola que se enquadre no perfil da criança e da família. Os valores da instituição têm que ser parecidos com os de casa para não haver choque.

Tatiana não esconde que está ansiosa, mas, desta vez, prometeu não se estressar e estipulou uma meta:

— Como a maioria dos colégios só abre inscrição neste semestre, resolvi marcar uma data para começar a agir. Vou ligar para as escolas, marcar as visitas quantas vezes for preciso e decidir por afinidade. A opinião da Isabel, que hoje já está maiorzinha, vai pesar muito.

Aline alerta, no entanto, que a decisão precisa ser dos pais:

— A última palavra é dos responsáveis e não da criança ou adolescente. Ainda não é o momento dos pequenos terem essa responsabilidade.

Mas isso não quer dizer que a opinião deles não deva ser levada em conta. No caso da decidida Ana Luísa, de 5 anos, partiu da menina o desejo de mudar de escola. Ela soube que uma amiguinha ia para um colégio maior e encasquetou que também iria.

— Foi minha filha quem me convenceu a mudar de escola. Eu estava apavorada com a possível mudança. Um dia, ela virou para mim e disse: ‘Mãe, você não percebeu que eu cresci para essa escola? Vou continuar amiga dos meus amiguinhos, mas quero conhecer novos amigos, quero ir para uma escola maior’ — conta Ana Cláudia Baudel, que acabou mudando a filha de escola, mas não para a da amiguinha e garante que acertou. — Minha filha anda radiante.

Irmãos: juntos ou separados

O ditado diz: família que anda unida permanece unida. Mas isso pode não se aplicar na questão, segundo Maria Teresa Moura, mestre em educação:

— Mesmo sendo irmãos, eles podem ter personalidades e necessidades muito diferentes. Os pais devem ter bom senso e sensibilidade para isso.

A logística, no entanto, tem um peso inegavelmente grande na escolha.

— Tenho trigêmeos e trabalho fora. Por praticidade, escolhi a mesma escola para os três. Mas eles estão em salas diferentes e isso é importante para que mantenham a individualidade — diz a coordenadora de eventos Vanessa Ros Brasil, mãe de Miguel, Nina e Lara, de 5 anos.

Diretor do Colégio de Aplicação da Uerj, Miguel Tavares Mathias também aconselha os pais a não se aterem tanto a resultados de Enem e vestibular:

— Não se deve pensar no vestibular como o objetivo principal. Um bom exame é consequência dos anos de estudo e da capacidade de leitura, expressão e crítica durante toda a fase de escolaridade.
Extra

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