Ação do Farmacêutico
O farmacêutico deve ter o paciente e não o medicamento como foco de qualquer forma de atuação profissional.
Deve orientar o paciente quanto ao tratamento:a que horas e como tomar o medicamento,
horário da tomada do medicamento em relação ao horário das refeições, tratamentos não
medicamentosos, cuidados gerais; advertências quanto à dose máxima diária, a possíveis interações com outros medicamentos, com álcool, com alimentos, quanto ao risco de suspender o medicamento; orientações sobre o efeito do medicamento: objetivo do uso, início do efeito, o porquê da duração do tratamento; orientações sobre efeitos
adversos: quais esperar, quanto tempo duram,como controlá-los, o que fazer se ocorrerem.
Resumindo, “o farmacêutico deve sair de trás do balcão e começar a servir o público, provendo cuidado ao invés de apenas comprimidos”, como inicia o prefácio do manual sobre a prática farmacêutica publicado pela OMS. Não é mais admissível que a atuação do farmacêutico se limite à aquisição e à distribuição de medicamentos.
" A Atenção Farmacêutica previne e soluciona problemas relacionados com medicamentos, se posta em prática constitui a grande esperança de dar sentido a nossa profissão"
Genéricos, similares, de referência, fitoterápicos... Quais as diferenças entre os tipos de medicamentos?
Ao procurar um profissional médico, a maioria das pessoas sai do consultório com uma receita na mão e muitas dúvidas na cabeça.
Nessa etapa do tratamento, é responsabilidade do paciente a aquisição e o consumo dos medicamentos conforme prescrito. Mas nas farmácias e drogarias há tantas “opções” para o mesmo medicamento, que podem confundir o paciente.
Caso o médico tenha deixado claro na receita o nome comercial do medicamento, o mesmo deve ser adquirido sem substituições. “Pela lei, se o medicamento receitado for de referência, somente pode ser trocado por um genérico com autorização do paciente e presença do profissional farmacêutico. A substituição do mesmo por um medicamente similar é ilegal”, esclarece o farmacêutico, Klaus Funada. Mas se a prescrição foi do princípio ativo, o paciente pode escolher entre o de referência, o genérico e o similar.
Mas será que todo mundo sabe a diferença entre eles?
Não é muito difícil de entender. O medicamento de referência é o medicamento inovador, ou seja, seu princípio foi pesquisado por determinado laboratório que detém a patente para comercialização durante vários anos. É identificado por levar um nome comercial na embalagem e, geralmente, ser mais caro que os outros por causa dos investimentos em pesquisas.
Mas passado o tempo de exclusividade de comercialização do medicamento de referência, são produzidos os genéricos, que nada mais são que cópias fiéis destes, inclusive com a mesma garantia de efeitos e resultados. Isso porque eles passam por testes de biodisponibilidade e bioequivalência, e mesmo assim conseguem ser comercializados por preços mais baixos. Ou seja, é o mesmo princípio ativo do medicamento inovador descoberto por outro laboratório, só que o genérico não leva marca ou nome comercial, e é identificado por uma tarja amarela com um grande “G” na embalagem.
Outra opção é adquirir um medicamento do tipo similar. Como o próprio nome já diz, ele é similar ao de referência, mas não é igual. O similar geralmente tem um nome comercial parecido com o de referência, mas o seu valor de venda não chega a ser o mesmo, pois não há a necessidade de retorno financeiro dos anos de pesquisa. Os similares não passam pelos mesmos testes de bioequivalência e biodisponibilidade que os genéricos, mas nem por isso tem qualidade inferior, porque os próprios fabricantes submetem-nos a testes para garantir a sua composição ou fórmula, garantindo assim o efeito desejável.
Antigamente, os similares eram taxados como medicamentos sem qualidade, mas isso não existe mais, pois existe um rigor muito grande do governo quanto à qualidade dos produtos.
Outra diferenciação importante de esclarecer é entre as plantas medicinais (recentemente regulamentadas pela Anvisa) e os medicamentos fitoterápicos. Ambos são obtidos a partir de plantas, mas a diferença está na dosagem e elaboração. Enquanto os fitoterápicos são tecnicamente mais elaborados (cápsulas, xaropes e comprimidos), as plantas medicinais utilizam a forma simples, geralmente em chás. E lembre-se, antes de consumir qualquer medicamento, um médico deve ser consultado ou procure orientação com o FARMACÊUTICO.
Você sabe a diferença entre a farmácia e a drogaria?
Sabe aquele estabelecimento que sempre que aparece um mal estar ou uma dor qualquer a gente já lembra na hora?
- ok, ok, não estou falando do hospital nem do pronto socorro! Mas aquele que depois de ir ao médico e receber uma receita, temos que passar para fazer umas comprinhas… Isso mesmo! A farmácia ou a drogaria!
Isso é uma Farmácia ou uma Drogaria?
Sempre tem uma no bairro, as vezes até mais que uma.
Bom, o curioso nesta conversa é que elas não são iguais. Na realidade existem diferenças entre elas, você sabia? Se não sabe, continue lendo…
De acordo com a Lei nº 5.991/73, as definições para farmácia, drogaria, ervanário e posto de medicamentos são as seguintes:
Farmácia: estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação de medicamentos.
Drogaria: estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais.
Putz!, esses dois eu talvez vc nem sabia que existiam… Ervanário e Posto de Medicamentos…
Ervanário: estabelecimento que realiza dispensação de plantas medicinais.
Posto de Medicamentos: estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos.
Então agora você descobriu a diferença…
Fonte: ANVISA
Medicamentos: éticos ou antiéticos?
A indústrias farmacêuticas multinacionais conseguiram cravar o termo ÉTICO para definir os medicamentos que produz. Este termo foi proposto com uma única finalidade: lançar dúvidas sobre a qualidade dos medicamentos que não são ÉTICOS. Mas em verdade os ditos ÉTICOS são mais que ANTIÉTICOS por que são uma forma disfarçada de roubar dinheiro dos pacientes.
Os médicos recebem dinheiro das indústrias farmacêuticas para prescrever seus medicamentos ÉTICOS. Essa prática assume sua forma mais perversa quando os médicos, para receber esse dinheiro, dizem para seus pacientes que somente o medicamento receitado é de boa qualidade e que o genérico ou o concorrente de outra marca não tem qualidade. ISSO É UMA MENTIRA! (VEJA O QUE DIZ A ANVISA)
Porque isso é perverso? Porque o paciente que já esta pagando pela consulta médica também acaba pagando a mais pelo medicamento que compra na farmácia para que a indústria farmacêutica repasse a comissão (dinheiro) do médico.
Por isso este tipo de medicamento dito ÉTICO, das indústrias que pagam aos médicos para prescreverem, na verdade são ANTIÉTICOS. As maiores fabricantes de medicamentos ANTIÉTICOS são as indústrias farmacêuticas multinacionais.
As indústrias de medicamentos nacionais e os genéricos não dão dinheiro aos médicos para prescrever seus medicamentos. POR ISSO ALÉM DE TEREM A MESMA QUALIDADE, SÃO MAIS BARATOS NAS FARMÁCIAS!
VIVA OS MEDICAMENTOS GENÉRICOS!
Farm. Danilo Caser
Presidente da FEIFAR
fonte: Newsletter FEIFAR
Bem, eu discordo um pouco sobre as indústrias nacionais e de genéricos não "incentivarem" os médicos a prescrever seus medicamentos. Já vi muitas receitas com o nome genérico do medicamento, e a seu lado, entre parênteses, o nome Medley... E muitos clientes pedem genéricos da Medley, porque seus médicos teriam comentado que seria melhor. Coisa que, há alguns anos, não acontecia. Isso é ou não é resultado de alguma ação de marketing, ou "incentivos", para os médicos? Se os medicamentos são genéricos, não importaria o laboratório fabricante, já que todos eles passariam pelos mesmos testes, não é mesmo?
ResponderExcluirLuiz Menezes - farmacêutico
http://opiniao-farmaceutica.blogspot.com
Luiz
ResponderExcluirO problema é cultural. Hoje inúmeros laboratórios farmaceuticos tem em seu portifólio o medicamento de referência e o seu genérico correspondente fabricado nas mesmas condições de BPF. Atualmente os genéricos detem 30% do mercado de medicamentos no Brasil.