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9.28.2010

Biomanguinhos vai produzir medicamento Taliglucerase para tratar doença de Gaucher

Enfermidade incha o fígado ou o baço e causa fadiga e sangramentos. Brasil assinou transferência de tecnologia com empresas de EUA e Israel.
O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (28) que fechou acordo com as companhias farmacêuticas Pfizer (multinacional americana) e Protalix (de Israel) para transferência de tecnologia de desenvolvimento do remédio taliglucerase alfa, para doença de Gaucher. Pelo acordo, o laboratório público Biomanguinhos vai produzir o medicamento em um prazo de cinco anos.
Os sintomas mais comuns da doença, que é genética, são fadiga decorrente de anemia, sangramentos, principalmente de nariz, dores nos ossos, fraturas espontâneas, cirrose, fibrose, varizes de esôfago e desconforto abdominal resultantes de tamanho aumentado do fígado ou do baço.
Até agosto, o único medicamento com registro no Brasil que poderia ser comprado pelo governo federal para atender aos portadores de Gaucher era a imiglucerase. Mas o remédio está em falta desde que o único produtor mundial, Genzyme, comunicou em julho de 2009 a suspensão temporária da fabricação depois de contaminação de seus equipamentos por vírus.
O valor total da negociação é de R$ 1,25 bilhão, equivalente às compras para o tratamento dos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de R$ 250 milhões por ano. Segundo o ministério, a transferência de tecnologia deve gerar economia de R$ 70 milhões aos cofres públicos.
Mas, na avaliação do ministro José Gomes Temporão, o mais importante da parceria é o tipo de conhecimento – de biotecnologia – que será adquirido pelo laboratório brasileiro. “Taliglucerase alfa é uma enzima, ou seja, produzida por um processo biológico. A partir do domínio dessa plataforma, o Brasil se capacita a produzir outros produtos do gênero”, disse Temporão, que está nos Estados Unidos chefiando uma missão empresarial.
O ministério fechou desde 2009 um total de 20 acordos de transferência de tecnologia para 25 produtos, envolvendo 9 laboratórios públicos e 17 privados (7 estrangeiros e 10 nacionais).
Outras três parcerias público-privadas anunciadas nesta terça-feira envolvem medicamentos para esclerose múltipla, antiasmático e imunosupressor.
G1.com




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