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9.17.2010
Cirurgia corrigiu uma face destruída após tiro de espingarda.
A mulher de 47 anos, antes e meses depois da cirurgia que reconstruiu sua face.
Americana que recebeu transplante de rosto defende doação de órgãos
Connie Culp passou pela operação em dezembro de 2008.
Connie Culp, primeira pessoa a receber um transplante de face nos Estados Unidos, declarou nesta semana a intenção de apoiar a doação de órgãos no país.
"Uma pessoa pode fazer toda a diferença ao doar um órgão", afirmou Culp, em entrevista à Associated Press na mesma clínica na qual a operação foi realizada em dezembro de 2008.
A norte-americana confessa que a família se aproximou depois da nova face. "Nós estamos mais próximos do que nunca", disse Culp. "É horrível dizer isso sobre minha família, mas é verdade."
A norte-americana Connie Culp voltou a aparecer na mídia nesta semana, mostrando um rosto menos inchado, com correções recentes nas bochechas e no queixo.
Após quase dois anos da cirurgia, a mulher de 47 anos já consegue sorrir, comer alimentos sólidos e conversar.
Em setembro de 2010, a norte-americana falou durante um evento da LifeBanc, organização sem fins lucrativos para reconstrução de órgãos e tecidos no estado de Ohio.
Tiro de espingarda
Atingida por um tiro de espingarda disparado pelo marido em 2004, Connie teria de respirar e comer por meio de um tubo caso a operação não fosse realizada.
Confira histórico dos transplantes de face no mundo
Uma nova cirurgia para corrigir sobras de pele nas bochecas e no queixo permitiu que Connie se livrasse de incômodas dores de cabeça. A mulher também consegue sentir o toque nas bochechas e pode comer um bife, algo que não fazia desde a tentativa de assassinato, há seis anos.
A operação para transplantar a face de uma pessoa falecida para o corpo de Connie Culp durou 22 horas e foi realizada na Cleveland's Clinic pela cirurgiã Maria Siemionow. Foi a primeira operação do tipo nos Estados Unidos, seguida por um transplante em um homem chamado James Maki.
A espera de quatro anos por um doador terminou com um procedimento que reconstruiu 80% da face de Connie, com a transferência de ossos, músculos, nervos, pele e vasos sanguíneos. Caso a equipe médica não encontrasse um doador compatível, outra chance só apareceria, provavelmente, depois de anos.
Do G1, com informações da Associated Press
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