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9.07.2010

Ciume, um sinal de alerta!


Quem nunca ouviu dizer que ciúme é sinal de amor? Que quem ama cuida? Tem zelo pela pessoa amada?
Mas será que o amor tem que está agregado a este sentimento? O que é na verdade o amor? E o que é o ciúme? Por que para muitas pessoas esses dois sentimentos tem de estar juntos?
Sim, é verdade que quem ama se importa com a pessoa amada, cuida, zela, se interessa em ver essa pessoa feliz , querida e respeitada.
Mas acontece uma mudança de direção, ou seja, uma distorção quando entra em cena um sentimento tão desagradável chamado ciúme, que na verdade não é um sentimento de cuidado e zelo pela pessoa amada, e sim um sentimento voltado pra si mesmo, é um sentimento egoísta, de alguém que quer a atenção da outra pessoa voltada totalmente pra si, é como se tivesse medo de perder a atenção que acha ser totalmente restrita a ele(a).
Em muitos casos chegam a fantasiar traições, e imaginam serem excluídos dessa relação, é o medo da perda. E quando isso vira uma paranóia, o ciumento(a) tem certeza que está sendo traído(a) ou abandonado(a), chaga ao ponto de vasculhar a bolsa ou a carteita do outro, as vezes coloca até detetives para seguir a pessoa, procurando pistas que possa corroborar as suas suspeitas. E dessa forma, não tem relação que suporte, pois esse sentimento pode desenvolver fatores psiquico patológico, que leva a pessoa acometer agressividades físicas, tanto a ele(a) mesmo quanto a pessoa que ele diz que ama, e é ai que vira noticias nas páginas de jornais por homicídios, suicídios e etc...
Mas se for um sentimento controlado, pode até fazer com que o relacionamento fique mais apimentado, aí sim, é um sentimento que vale a pena.
Mas estar com uma pessoa que te machuca, te faz sofrer, te faz padecer, isso não vale a pena não, fuja enquanto é tempo! Pois compartilhar a vida ao lado de um ciumento(a), ninguém merece, e quanto mais o tempo passar, mas esse sentimento estará fora dos limites, se a pessoa não procurar mudar as suas atitudes.

Uma coisa é certa, o amor não maltrata e nem machuca ninguém!

Texto de Helena Damasceno


Sobre ciume
De acordo com os psicólogos israelenses Ayala Pines e Elliot Aronson, ciúme é reação complexa a uma ameaça perceptível a uma relação valiosa ou à sua qualidade. Provoca o temor da perda e envolve sempre três ou mais pessoas, a pessoa que sente ciúmes - sujeito ativo do ciúme -, a pessoa de quem se sente ciúmes - sujeito passivo do ciúme - e a terceira ou terceiras pessoas que são o motivo dos ciúmes - pivô do ciúme.
Segundo a psicóloga clínica Mariagrazia Marini, esse sentimento apresenta caráter instintivo e natural, sendo também marcado pelo medo, real ou irreal, de se perder o amor da pessoa amada. O ciúme está relacionado com a falta de confiança no outro e/ou em si próprio e, quando é exagerado, pode tornar-se patológico e transformar-se em uma obsessão.

A explicação psicológica do ciúme pode ser uma persistência de mecanismos psicológicos infantis, como o apego aos pais que aparece por volta do primeiro ano de vida ou como consequência do Complexo de Édipo não resolvido; entre os quatro e seis anos de idade, a criança se identifica com o progenitor do mesmo sexo e simultaneamente tem ciúmes dele pela atracção que ele exerce sobre o outro membro do casal; já na idade adulta, essas frustrações podem reaparecer sob a forma de uma possessividade em relação ao parceiro, ou mesmo uma paranoia.

Nesse tipo de paranoia, a pessoa está convencida, sem motivo justo ou evidente, da infidelidade do parceiro e passa a procurar “evidências” da traição. Nas formas mais exacerbadas, o ciumento passa a exigir do outro coisas que limitam a liberdade deste.

Algumas teorias consideram que os casos mais graves podem ser curados através da psicoterapia que passa por um reforço da auto-estima e da valorização da auto-imagem. Porém várias teorias criticam a visão psicanalítica tradicional (exemplo:esquizoanálise).

Outros casos mais leves podem ser tratados através da ajuda do parceiro, estabelecendo-se um diálogo franco e aberto de encontro, com a reflexão sobre o que sentem um pelo outro e sobre tudo o que possa levar a uma melhoria da relação, para que esse aspecto não se torne limitador e perturbador.
Wikipedia

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