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9.14.2010

Dividido entre Flu e Timão, Rivellino não arrisca: 'Que vença o melhor'

Craque histórico das duas equipes, ex-jogador afirma não ter palpite para o confronto da próxima quarta-feira. 'Meu carinho por ambos é igual'

Rivellino beija os escudos de Fluminense e Corinthians
O meu carinho pelos dois times é igual. Que vença o melhor (como o melhor é o Flusão) Pintou o campeão
Rivellino é uma autoridade quando o assunto é Fluminense x Corinthians.
Ambas as torcidas o têm como ídolo. Ele brilhou com as duas camisas numa época em que usar a 10 de times de expressão não era para qualquer um. E Rivellino, definitivamente, não era um qualquer. Meia canhoto, inteligente, habilidoso, dono de um chute mortal, apelidado de Patada Atômica durante a Copa de 70, Riva encantou torcedores pelo mundo afora. Foram dez anos de Timão, entre 1965 e 74, e três anos e meio de Tricolor, entre 1975 e 78. Nesta quarta-feira, as duas equipes se enfrentam no Engenhão, no Rio, em jogo que vem sendo considerado uma espécie de final antecipada do Brasileirão. Riva assistirá ao jogo pela televisão. Absolutamente dividido.

- Meu carinho pelos dois é igual. Ambos foram muito importantes. O Corinthians me projetou, me fez ser reconhecido, me levou à Seleção Brasileira. O Fluminense abriu as suas portas num momento difícil da minha carreira. Fui feliz em ambos os lados. Vou torcer pelos dois. Que vença o melhor - afirma Riva, hoje aos 64 anos.

Apesar de ter passado mais tempo no Parque São Jorge, Rivellino é extremamente grato ao Fluminense. Após a perda do título paulista de 1974, para o arquirrival Palmeiras, o craque virou bode expiatório. Numa época em que o Timão amargava um jejum de títulos, ele era considerado um messias, alguém enviado pelos céus para encerrar a fila. Acabou martirizado.

Em 1974, o Timão vivia um hiato de 20 anos sem ser campeão paulista. A final contra o Palmeiras, no Morumbi, encerraria aquele sufoco? Não. Revoltada, a Fiel se virou contra seu maior craque. Aquela decisão, vencida pelo Verdão por 1 a 0, acabou sendo o último jogo de Rivellino pelo Corinthians. Os corintianos só soltariam o grito três anos depois, no Paulistão de 77.

Eu não queria sair. Todo mundo sabe disso. Como eu já falei, não era para eu ser campeão pelo Corinthians. Não aconteceu. Vou fazer o quê? - comenta o craque, que, apesar de tudo isso, não guardou rancor.

Nesse momento conturbado de sua carreira, Rivellino achou sua tábua de salvação: o Fluminense. O então presidente tricolor, Francisco Horta, estava montando um esquadrão. Mais: uma máquina, a Máquina Tricolor, como o time de Rivellino, Paulo César, Doval, Edinho, Pintinho, entre outros, passou a ser chamado. Em sua estreia, no dia 8 de fevereiro de 1975, num amistoso justamente contra seu ex-time, Riva deu show. O Flu venceu o Timão por 4 a 1, com três gols do meia.

- Não tem esse negócio de vingança. Eu só queria retribuir tudo o que o Fluminense fez por mim, o esforço do Horta para me contratar. Procurei jogar bem, só isso.

No Fluminense, finalmente Rivellino seria campeão. Bicampeão. Conquistou os campeonatos estaduais de 1975 e 76.

Rivellino tem acompanhado o desempenho dos seus dois ex-times e os aponta como favoritos para a conquista do título. O Fluminense lidera o Brasileirão com 41 pontos. O Corinthians está em segundo, com 38. Riva, aliás, elogia a diretoria tricolor, que, na sua opinião, deu um tiro certeiro ao contratar Muricy Ramalho para substituir Cuca.

Dividido, o craque prefere não arriscar palpite para o jogo
O Fluminense trouxe bons jogadores, mas acertou mesmo quando contratou o Muricy, que é um excelente treinador. Está no caminho certo. O Corinthians também está muito bem, tem uma base forte montada pelo Mano Menezes. O Adílson (Batista) está dando sequência. São dois plantéis muito fortes - analisa.
Globo esporte

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