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9.23.2010
Dores muito fortes e de difícil diagnóstico: endometriose
Endometriose afeta 15% das mulheres e provoca 50% dos casos de infertilidade
Fortes dores abdominais podem não ser apenas cólicas menstruais, mas sim sintoma da endometriose. A doença atinge 15% da população feminina em idade reprodutiva e causa 50% dos casos de infertilidade. Apesar disso, brasileiras demoraram até 10 anos para procurar ajuda médica. Isso ocorre por falta de informação, segundo Cláudio Crispi, ginecologista do Instituto Fernandes Figueira.
“Por não saberem sobre a endometriose, não procuram diagnóstico. Hoje, ultrassonografia, ressonância magnética e exames de sangue já detectam a doença com certa precisão”, diz. Tratamento tardio demanda cirurgia, que nem sempre significa a cura definitiva
A endometriose é o crescimento fora do comum do tecido endometrial ou o tecido que reveste o útero, fora dele. Esse crescimento anormal acaba provocando retalhos, nódulos, lesões e pode levar a infertilidade.
Normalmente, a endometriose aparece nos ovários, trompas, bexiga e intestino grosso. O grande problema dessa doença é que o tecido originado do útero tende a ter os sangramentos característicos da menstruarão, porém como não tem meios para sair e acaba deteriorando, gerando inflamação, dor, formação de cistos e infertilidade.
Os principais sintomas da doença são dores (mais intensas que as cólicas que estamos acostumadas a ter) antes e depois do período menstrual, dores durante as relações sexuais, sangramento irregular e intenso. Fadiga, dor nas costas, dor na hora de urinar, diarréia, constipação intestinal e mal estar também caracterizam essa doença benigna.
As causas da doença são desconhecidas, mas muitos são os suspeitos de provocar a endometriose. Os fatores ambientais, a dieta alimentar são os primeiros. Em seguida, são apontados compostos químicos utilizados na agricultura, menstruação retrógrada (tecido menstrual retorna para os órgãos reprodutivos), predisposição genética, entre outros.
Se você se identifica com alguns desses sintomas, não pense duas vezes e procure seu médico.
Fonte: Assunto de Mulher
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