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9.27.2010

Médicos americanos cada vez mais adotam prescrições eletrônicas

Incentivados pelo governo, médicos americanos adotam 'e-prescrições'
Em 2009, profissionais de 47 dos 50 Estados mais que dobraram uso de receita
eletrônica
Médicos americanos cada vez mais dispensam papel e caneta e adotam meios
eletrônicos para enviar prescrições para farmácias, incentivados por mais de
US$ 27 bilhões (R$ 46 bilhões) em fundos do governo para acelerar essa
transição digital de registros.
Cerca de 200 mil médicos nos Estados Unidos usam a "e-prescrição", ou seja,
aproximadamente um em cada três profissionais que trabalham em escritórios. No
fim de 2009, eram 156 mil e, em 2008, 74 mil, segundo dados divulgado nesta
terça-feira, 21, pelo SureScripts, que opera a maior rede de prescrição
eletrônica do país.
Segundo a empresa, 47 dos 50 Estados americanos mais que dobraram o uso de
prescrição eletrônica no ano passado. Em Massachusetts, por exemplo, uma em
cada três receitas médicas é escrita por via eletrônica, e 57% dos
especialistas adotaram o novo sistema.
Em Michigan, Estado que tem sido duramente atingido pela desaceleração da
indústria automotiva, os profissionais fazem uso de recursos que lhes permitem
saber, por exemplo, se o plano de saúde dos pacientes cobre determinados
medicamentos.
O presidente Barack Obama tem feito da tecnologia da informação um elemento
central em seu plano de cortar custos do sistema de saúde dos Estados Unidos,
classificado como um dos piores em relação à qualidade dos oferecidos por
outros países ricos.
No Congresso
Em 2009, o Congresso americano autorizou um financiamento para promover os
registros eletrônicos de saúde, como parte do pacote de estímulo econômico. Os
incentivos serão pagos em cinco anos, até 2015, e os fornecedores terão de
enfrentar sanções se não adotarem a nova tecnologia.
Como resultado, muitos médicos devem mudar definitivamente para as prescrições
eletrônicas, que prometem evitar erros médicos causados pela má caligrafia e
por interações medicamentosas prejudiciais.
Segundo o Dr. Edward Lisberg, especialista em alergia e asma de River Forest, em
Illinois, que fez a mudança para e-prescrições e registros médicos eletrônicos
há nove meses, a transição das primeiras foi muito mais simples, visto que os
registros médicos incluem a transferência de anos de histórico dos pacientes
para um formulário digital.
Lisberg disse que não atende o mínimo de pacientes do sistema Medicare (seguro
de saúde federal que abrange pessoas acima de 65 anos e portadores de
deficiências) exigidos para que ele possa se beneficiar dos US$ 44 mil dólares
(R$ 75 mil) oferecidos pelo governo para cobrir os custos da conversão dos
registros de papel para o meio digital.
"É uma economia de tempo para os pacientes, mas não muito para os médicos",
afirmou Lisberg. Isso porque ele pode ter de criar novos modelos de prescrição
eletrônica se quiser personalizá-las.
Fonte: Portal Estadão

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