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9.25.2010

Meninas são maioria entre adolescentes fumantes e adquirem o vício por estresse

Já os garotos, segundo estudo, se tornam tabagistas por verem parentes com cigarro Pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia com três mil estudantes de São Paulo, com idades entre 13 e 19 anos, revelou que 31% já experimentaram cigarro, e 10% são fumantes. O levantamento será apresentado no 65º Congresso Brasileiro de Cardiologia, que acontece de hoje até quarta-feira em Belo Horizonte.
A coordenadora da pesquisa, Silvia Cury, explica que, apesar de mais homens fumarem do que mulheres, as meninas começam o vício em maior número: entre os adolescentes fumantes, 61% são meninas. Ela também destacou que um outro estudo mostrou que garotos e garotas começam a fumar por razões diferentes.
“Eles começam a fumar seguindo modelos familiares, por verem algum parente fumando. Já a relação da menina com o cigarro é de autoafirmação e para lidar com o estresse e a ansiedade”, explica Cury.
Segundo a profissional, enquanto a mulher desenvolve uma dependência psicológica com o cigarro, o homem tem uma relação mais racional. “Por isso ela tem mais dificuldade de parar”, revela a médica. “Além disso, a mulher tem mais tendência à depressão. Como a nicotina libera substâncias que dão prazer, a mulher fica até mais disposta quando fuma”, diz.
De acordo com Cury, os riscos do cigarro aumentam conforme o tempo de uso e outros hábitos de vida, como alimentação inadequada, obesidade, sedentarismo e uso de anticoncepcionais.
“O cigarro é muito ruim para a mulher. O câncer de pulmão é mais agressivo nela do que no homem. Além disso, quando ela entra na menopausa, aumenta muiro o risco de ter infarto”.
O Dia

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