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9.23.2010

Número de doentes de Alzheimer duplicará nos próximos 20 anos

Incidência deverá triplicar nos próximos 40 anos, para 115 milhões.
Fundos dedicados à enfermidade teriam de ser multiplicados por 15.

O número de doentes de Alzheimer e outras demências similares duplicará nos próximos 20 anos, passando de 35,6 milhões atualmente para 65,7 milhões em 2030, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira (21) por ocasião do Dia Mundial do Alzheimer.

A doença de Alzheimer e as outras demências similares constituem a maior crise social
e de saúde do século XXI"AutorA associação Alzeimer's Disease International (ADI), que reúne 73 associações de diversas partes do mundo, afirma que este número deverá triplicar nos próximos 40 anos. Assim, os doentes somarão 115,4 milhões em 2050.

O custo da doença de Alzheimer e das outras demências representará em 2010 1% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, ou seja, 604 bilhões de dólares, afirma o relatório.

Segundo os especialistas do King's College de Londres e do Karolinska Institutet da Suécia, que compilaram os dados mais recentes do estudo, os fundos dedicados ao Alzheimer terão que se multiplicar por 15 para atender aqueles que sofrem deste mal, um financiamento comparável ao dos que sofrem de doenças cardiovasculares, e por 30 para se igualar ao financiamento para aqueles que padecem de câncer.

A doença de Alzheimer e as outras similares afetam 0,5% da população mundial. O Alzheimer afeta a memória e é incurável. O risco de ter essa doença aumenta com a idade: duplica-se a cada cinco anos a partir de 65 anos e chega a 50% aos 85 anos.

Segundo a Alzheimer Disease International, os governos teriam que dar mais importância ao Alzheimer ao confeccionar suas políticas de saúde. No nível mundial, deveria ser uma das prioridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) e figurar na agenda dos encontros do 68 e do G20, considera a ADI.

"A doença de Alzheimer e as outras demências similares constituem a maior crise social e de saúde do século XXI", declarou a presidente da ADI, Daisy Acosta.

"Os governos do mundo estão muito mal preparados para os transtornos econômicos e sociais que essa doença deverá causar",
France Presse

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