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9.19.2010

Pâncreas artificial pode revolucionar tratamento de diabetes

Injeções de insulina são atualmente a unica saida para os diabéticos dependentes de insulina
Leicester (Inglaterra) - Uma cientista britânica desenvolveu um pâncreas artificial que pode revolucionar o tratamento do diabetes, já que permitiria acabar com as injeções diárias que os diabéticos precisam para controlar os níveis de glicose. O pâncreas artificial, que ainda sendo está submetido a exames pré-clínicos, foi criado pela professora Joan Taylor, da Universidade de Montfort, em Leicester (Inglaterra).

A insulina produzida por pessoas com diabetes não consegue regular os níveis de açúcar, o que provoca sérias complicações para o organismo. Algumas pessoas que têm a doença sequer produzem o hormônio.

O órgão artificial, segundo informação do jornal britânico The Times, tem uma carcaça de metal que é mantida em seu lugar por uma barreira de gel, e responde aos níveis de açúcar no sangue, já que gera insulina quando é necessário.

O órgão poderia ser implantado entre a última costela e o quadril e recheado de insulina a cada poucas semanas. "Acredito que podia utilizar certa proteína (que não especifica) para criar um gel que pudesse reagir à glicose. Quando é exposto aos fluidos do corpo ao redor dos órgãos internos, o gel reage de acordo com a quantidade de glicose presente", explicou a cientista. "Os altos níveis fazem com que o gel se abrande e libere insulina na corrente sangüínea", acrescentou.

Segundo o The Times, se os testes forem bem-sucedidos, o pâncreas artificial seria uma solução simples e barata para os diabéticos. A cientista disse que o órgão não tem pilhas e não seria visível na superfície da pele.

Taylor e sua equipe de colaboradores acreditam que vão passar com sucesso pelos testes clínicos nos próximos anos e, caso tenha bons resultados, o órgão artificial estaria disponível dentro de

As informações são da EFE

Saiba Mais:

«Pâncreas artificial» revelou-se eficaz no controle de diabetes em crianças

Investigadores da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, demonstraram que um “pâncreas artificial” pode ser utilizado para regular os níveis de açúcar no sangue de crianças com diabetes do tipo 1, doença crónica caracterizada por uma deficiência no pâncreas na produção de insulina e que pode levar à morte do paciente.

Nos testes que realizaram, os investigadores descobriram que a combinação de um sensor que mede os níveis de glicose em “tempo real” com uma espécie de bomba que fornece insulina ao paciente pode melhorar o controlo do açúcar no sangue durante a noite.

Ambos os materiais já se encontram à venda no mercado, mas separadamente, pelo que este “pâncreas artificial” une-os e usa um algoritmo sofisticado para calcular a quantidade necessária de insulina a ser fornecida, baseando-se nas leituras de nível de glicose em tempo real.

De acordo com o artigo publicado na revista científica Lancet, este dispositivo diminui de forma significativa o risco dos níveis de açúcar no sangue caírem, algo que coloca o paciente em risco de uma crise de hipoglicemia, uma das maiores preocupações para os diabéticos de tipo 1.

"Este é o primeiro estudo aleatório que mostra o benefício potencial do sistema do pâncreas artificial durante a noite, usando sensores e bombas já disponíveis no mercado. O nosso estudo fornece uma base para o teste do sistema em casa", afirmou o líder da investigação Roman Hovorka, do Instituto de Ciência Metabólica da Universidade de Cambridge, de acordo com a BBC.

Ao longo da investigação, 17 crianças e adolescentes diabéticas com idades compreendidas entre os cinco e os 18 anos foram acompanhadas durante 54 noites num hospital, onde uma equipa de cientistas analisou o desempenho do sistema de pâncreas artificial no controlo dos níveis de glicose, comparando-o com o uso da bomba de insulina, que fornece a hormona ao paciente de forma subcutânea em doses pré-estabelecidas.

Numa das fases da investigação, as crianças iam dormir depois de comerem uma refeição maior, prática que pode levar a que a insulina se acumule, o que resulta numa diminuição perigosa do nível de glicose no sangue a meio da noite.Noutro dos testes, as crianças faziam exercício ao início da noite, actividade que aumenta a necessidade de glicose ao início da manha, agravando o risco de hipoglicemia durante a noite.

Nestas circunstâncias, os resultados demonstraram que o pâncreas artificial manteve os níveis de glicose no sangue normais durante 60 por cento do tempo, enquanto a bomba de insulina conseguir o mesmo efeito durante 40 por cento desse período.

Karen Addington, directora executiva da Juvenile Diabetes Research Foundation, que financiou o estudo, afirmou que é preciso "redobrar os esforços para que o pâncreas artificial deixe de ser um conceito na clínica e se transforme em realidade na casa de crianças e adultos que tem diabetes tipo 1".

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