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10.20.2010

Blefaroespasmo

Blefaroespasmo pode ser controlado com a aplicação de toxina botulínica


Piscadas incontroláveis, excessivas e persistentes das pálpebras. Esses alguns dos principais sintomas provocados pelo Blefaroespasmo, doença que atinge 133 pessoas para cada milhão de indivíduos, de acordo com pesquisas internacionais.
A disfunção, caracterizada por contrações involuntárias da musculatura ao redor das pálpebras, é um incômodo constante. Além de fazer com que a pessoa não enxergue, impossibilita as atividades simples do cotidiano, como escrever, se alimentar, vestir, andar e dirigir.
Segundo o neurologista e professor da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), Henrique Ballalai Ferraz, a doença é constantemente confundida com conjuntivite e tiques nervosos, fazendo com que as pessoas não procurem tratamento adequado.
“Ás vezes, o paciente queixa-se de um desconforto nos olhos que, na maioria das vezes, coçam e ficam avermelhados. Nos casos de tiques, a pessoa consegue ter algum tipo de controle das contrações palpebrais, diferentemente do que ocorre no Blefaroespasmo”, afirmou o especialista.
A doença não costuma apresentar casos de ligação hereditária, tendo maior incidência em mulheres na faixa etária de 40 a 60 anos. Além disso, o médico alerta que o problema pode ocasionar cegueira funcional, caso não seja tratado. “Nos casos mais graves os ‘piscamentos’ são tão intensos e frequentes que o paciente pode tornar-se virtualmente cego, uma vez que ele não consegue manter os olhos abertos” assinalou Dr. Ballalai.
Tratamento com a toxina botulínica

Uma das novidades no tratamento de Blefaroespamo é aplicação de toxina botulínica tipo A, conhecida popularmente como BOTOX®. Aprovado em 1992 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso terapêutico, a substância tem sido uma das principais alternativas clínicas para controlar o problema, uma vez que a doença ainda não tem cura.
“A aplicação de toxina botulínica costumam ser muito bons e os efeitos duram cerca de 2 e 6 meses. É um grande avanço científico, uma vez que os medicamentos convencionais trazem efeitos colaterais”, garantiu o especialista. A toxina é injetada diretamente nos músculos ao redor dos olhos, com o objetivo de relaxar a musculatura contraída. Os efeitos do medicamento podem ser observados no período de 3 a 5 dias após a aplicação
SAIBA MAIS:
O blefaroespasmo é uma anomalía da função da pálpebras, cujos músculos causam uma contracção involuntaria deles (doença do grupo das distonías). Com muita frequência associam-se a espasmos dos músculos da cara, os que se conhecem como doença ou síndrome de Meige. É uma doença rara do grupo das distonías
Esta patologia pode provocar dificuldade para ler e caminhar (já que fecham-se o olhos), morisquetas e deformaciones transitorias na cara e as pálpebras. Suas causas de origem são desconhecidas.
No entanto, é importante diferenciarla de outras doenças, através de um estudo que inclua uma avaliação oftalmológica, que descarte a presença de uma patologia corneal, glaucoma ou olho seco.

Sintomas

Inicialmente pode-se expressar como um escozor e pisco. Nos casos mais severos os espasmos podem ser frequentes e invalidantes, já que os olhos permanecem fechados a maior parte do tempo, deixando ao afectado funcionalmente cego. A existência de factores desencadenantes como o estrés, a luz, a leitura ou alguns estímulos motores, condiciona uma flutuação do quadro. É comum que os pacientes refiram truques com os que podem controlar, ao menos parcialmente, o problema para abrir os olhos. Inicialmente seu curso é fluctuante e depois de dois a três anos estabiliza-se.

Tratamento

O tratamento mais efectivo para o blefaroespasmo e síndrome de Meige é a inyección dos músculos afectados com toxina botulínica, com a que se observa uma melhoria significativa em muitos casos. Esta toxina é uma substância natural produzida pela bactéria Clostridium botulinum, preparada comercialmente para seu uso terapêutico. Ao ser inyectada nos músculos, actua sobre os terminais nervosos na união neuromuscular, inhibiendo sua função, o que resulta em uma diminuição da actividade do músculo, com uma consequente redução dos espasmos ou sacudidas.
A aplicação das inyecciones de toxina é um procedimento singelo, que produz moléstias moderadas. Não é necessário o uso de anestesia. Normalmente, o efeito da medicación não é evidente nos primeiros dias de inyectada a toxina. Os resultados duram de 2 a 3 meses, pelo que, em general, os pacientes devem inyectarse quatro vezes ao ano para manter o efeito.
Ao inyectarse nos músculos perioculares pode-se produzir ptosis (queda da pálpebra), o que dificulta a abertura total dos olhos. Mas isto habitualmente é leve, e desaparece em decorrência de dias ou semanas. Em ocasiões isoladas podem-se produzir ptosis severas, que lhe dificultem a visão por dias ou semanas.
Outros efeitos laterais transitorios são:
  • dor nos lugares de inyección,
  • xeroftalmia (pode fazer necessário o uso de lágrimas artificiais)
  • irritação ocular,
  • visão dupla,
  • visão borrosa.
Como efeito adverso menor, a inyección pode deixar contusiones locais.
Em alguns casos a ingesta de um suplemento de cloruro de magnesio resulta um tratamento efectivo, não sendo necessário nenhum tipo de cirurgia.
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