webmaster@boaspraticasfarmaceuticas.com.br

10.09.2010

Maioria que tem HIV não sabe da infecção

Nova pesquisa revela também que 10 milhões de soropositivos em todo mundo não tem acesso ao tratamento

AE

AP090921075926.jpg 

Mais de 50% das pessoas infectadas pelo vírus da aids não sabem que estão contaminadas e 10 milhões em todo o mundo não têm acesso a remédios e tratamento. O alerta está em novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), que aponta para a necessidade de US$ 10 bilhões para garantir o tratamento a todos. No mundo, 33,4 milhões de pessoas são portadoras do HIV, mas apenas um terço tem acesso a remédios. No Brasil, cerca de 250 mil não sabem que estão contaminadas. O País não integra o grupo de nações que garantiram acesso universal ao tratamento.
A constatação da OMS é de que, em uma década, avanços importantes foram feitos para garantir que a população mundial tivesse acesso a remédios. Mas nenhuma das metas estabelecidas pela ONU foi atingida. Em 2003, a meta era ter, após dois anos, 3 milhões de pessoas sob tratamento. O número só foi atingido em 2007.
Para 2010, a meta era conseguir, nos países em desenvolvimento, que 80% da população - um total de 15 milhões de pessoas - tivesse acesso aos tratamentos. Mas, segundo a OMS, ao final de 2009 o número era de apenas 5,2 milhões, 36% do total. Só oito países atingiram a marca dos 80%, entre eles Romênia, Ruanda, Cuba e Botsuana. A ONU adotou 2015 como o novo prazo para atingir esse objetivo.
Polêmica brasileira - Os dados sobre o Brasil são alvo de polêmica. Por uma disparidade na forma de contar o número de doentes e de pessoas com acesso a remédios, a OMS indica que entre 50% e 80% dos brasileiros com o HIV recebem tratamento. Entre 20 mil e 190 mil pessoas no País precisariam de medicamentos. A OMS considera a epidemia da aids no Brasil "concentrada" em determinadas parcelas da população.
"Temos várias razões para acreditar que o acesso ao tratamento no Brasil é superior a 90%", diz Dirceu Greco, do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. Ele cita como exemplo a queda na transmissão vertical e a estabilidade na taxa de mortalidade. "E não há fila para entrar no programa de tratamento." Greco afirmou que o teste para detectar a doença pode ser feito em qualquer Unidade Básica de Saúde.

Nenhum comentário:

Postar um comentário