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11.09.2010

Brasil testa droga para prevenção contra vírus da aids

Estudo multinacional trabalhou com 350 voluntários no país, que tomaram antirretrovirais

Vírus infecta uma célula de defesa do organismo Vírus infecta uma célula de defesa do organismo (Institut Pasteur/AFP)
Ainda não existe vacina contra a aids, mas um estudo multinacional pretende evitar a contaminação pelo vírus HIV a partir do uso de medicamentos. A pesquisa, que durou um ano e meio, é chamada Iniciativa Profilaxia Pré-Exposição (iPrEx), e foi promovida pelo governo norte-americano em parceria com a Fundação Bill e Melinda Gates e coordenada pela Universidade da Califórnia, em São Francisco. Os primeiros resultados devem sair até o final do ano. No total, onze centros de pesquisa no mundo participam do trabalho em seis países - incluindo o Brasil: Estados Unidios, Tailândia, África do Sul, Peru e Equador.
No Brasil, 350 voluntários não infectados foram recrutados pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Fundação Oswaldo Cruz e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O estudo foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.
Metade dos voluntários recebeu um comprimido diário combinando dois antirretrovirais e orientações sobre o uso da camisinha, entre outros cuidados. A outra metade recebeu um comprimido de placebo e informações sobre a necessidade de uso do preservativo para o sexo seguro, entre outras recomendações.
Na fase de tabulação, os resultados dos dois grupos serão comparados, assim como o eventual número de casos de contaminação pelo HIV: o objetivo é verificar a eficiência dos remédios. O estudo previa que os voluntários fizessem testes frequentes de HIV e que, em caso de contaminação, fossem retirados da pesquisa e recebessem tratamento.
"Caso haja eficácia, será um importante passo para provar que os medicamentos podem também ser usados como prevenção antes da exposição ao vírus", diz o pesquisador-líder no Brasil, Esper Kallas, da USP. Ele destaca que trabalho semelhante com as mesmas drogas em macacos mostraram eficácia

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