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11.07.2010

Epidemia de coqueluche na Califórnia é a mais grave em 60 anos
No Brasil, a incidência vem caindo nos últimos anos. Em 2008, houve apenas 893 casos
Agência EFE
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    A epidemia de coqueluche que atinge a Califórnia desde o verão (do hemisfério norte, inverno aqui) continua aumentando e afeta principalmente os bebês hispânicos, segundo os últimas números divulgados pelo Departamento de Saúde do Estado americano. Até 26 de outubro, foram apresentados 6.257 casos (279 a mais que na semana anterior), número que não era superado desde 1950. No Brasil, os últimos dados do Ministério da Saúde, de 2008, mostram apenas 893 casos em todo o país.
    Nove dos 10 bebês que morreram este ano pela doença na Califórnia eram latinos e menores de três meses. Entre as causas pelas quais os bebês hispânicos apresentam alta incidência, as autoridades destacam a falta de acesso a serviços preventivos de saúde e a maior propensão a viver em casas com muitas pessoas, o que aumenta o risco de contágio.

    Como medida de prevenção, as autoridades recomendam aplicar a vacina, não somente nos bebês, mas nos pais e em todas as pessoas que tenham contato com as crianças durante o primeiro ano de idade.

    Recentemente, o Departamento de Saúde da Califórnia recomendou que os adolescentes também tomem a vacina, ao notar um aumento no nível de contágio, que atualmente é de 34,5 casos para cada 100 mil moradores.

    O índice médio de contágio é de 16 casos para cada 100 mil pessoas, indicador que não era alcançado desde 1959 quando os contágios foram de 16,1 para cada 100 mil. Para os bebês hispânicos menores de seis meses, o indicador é de quase 366 casos para cada 100 mil.
    A coqueluche é uma doença infecciosa transmissível, causada pela bactéria Bordetella pertussis, que compromete o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por tosse seca. A transmissão ocorre pelo contato direto de pessoa doente com pessoa suscetível, através de tosse, espirro ou falar – ações que podem expelir secreções.
    No início do século XX, a coqueluche era uma das doenças mais comuns em crianças e a maior causa de mortalidade infantil nos Estados Unidos. Em 2000, foi estimada a ocorrência de 39 milhões de casos e 297 mortes no mundo devido à coqueluche.
    No Brasil o número de casos não vem aumentando, pelo contrário, a incidência vem se atenuando com o passar dos anos em todas as faixas etárias. Entretanto, nos últimos anos, surtos de coqueluche vêm sendo registrados em populações com baixa cobertura vacinal, principalmente as indígenas.

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