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11.09.2010

Morar Carioca

Prefeitura vai remover e reassentar três mil famílias de Rio das Pedras


Favela de Rio das Pedras. Foto: Custódio Coimbra - O Globo
RIO - A prefeitura pretende remover e reassentar, até o fim de 2012, 20% dos moradores da Favela de Rio das Pedras, que irão para dois bairros populares a serem construídos em Jacarepaguá. O plano prevê a retirada de três mil famílias que vivem em áreas de risco na localidade do Areal, às margens do rio que atravessa a comunidade. Os recursos virão da segunda fase do projeto Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, e da própria prefeitura, devendo somar R$ 200 milhões. A remoção e o reassentamento fazem parte do programa Morar Carioca, uma proposta que prevê a urbanização de todas as comunidades carentes da cidade até 2020, como parte do legado social das Olimpíadas de 2016.
O secretário municipal de Habitação, Jorge Bittar, explicou que o programa também tem o objetivo de recuperar o rio que dá nome à favela de Jacarepaguá. Após a retirada dos moradores, o rio será dragado e desobstruído. Além disso, uma rua de serviço será construída, para evitar invasões. Rio das Pedras será a comunidade com o maior número de famílias removidas de áreas de risco pela prefeitura. Até agora, o maior reassentamento previsto era em Manguinhos, onde 1.300 famílias serão realocadas até o fim das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No caso de Rio das Pedras, as famílias vivem em áreas de turfa (sem estabilidade), que acabam afundando após algum tempo.
- A prefeitura já urbanizou grande parte de Rio das Pedras. Mas a infraestrutura existente acaba sobrecarregada quando chove: há problemas de drenagem porque o rio está obstruído. Acreditamos que isso vá resolver o problema - disse Bittar.
Um dos terrenos escolhidos é vizinho à favela e fica na Avenida Engenheiro Souza Filho. Ele pertence à Caixa Econômica Federal (CEF) e será comprado pelo município. Ainda esta semana, o prefeito Eduardo Paes encaminhará um projeto de lei à Câmara de Vereadores, criando novas regras urbanísticas para a área. As mudanças propostas permitirão o aproveitamento do terreno para construções de interesse social com no máximo cinco pavimentos. O lugar contará com creches, áreas de lazer e ciclovia. Os apartamentos terão até três quartos e 68 metros quadrados de área construída.
O outro terreno escolhido é de uma antiga fábrica de cerveja em Jardim Clarice. O projeto arquitetônico ainda está em fase de detalhamento na prefeitura. O imóvel está sendo negociado entre a prefeitura e o proprietário.
- Não demoliremos as construções existentes antes de as novas habitações ficarem prontas - acrescentou Jorge Bittar.

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