webmaster@boaspraticasfarmaceuticas.com.br

11.18.2010

Mulher... complicada? Nem tanto.


Por terezamorais

Bem, não falarei de modo generalizado. Vou apenas dizer como me comporto e como ou como desejaria me comportar. Dizer que todas ou determinados percentual de mulheres agem dessa ou daquela maneira, só realizando uma pesquisa de campo.
Mas, vamos lá... Será que a mulher é muito competitiva com outras mulheres nos mais variados assuntos? Particularmente vejo o homem (sexo masculino mesmo) como um ser altamente competitivo. Briga para ser respeitado dentro da família, briga para conseguir e manter a reputação no trabalho, briga para conquistar e manter a companheira, briga... briga... briga... Comparo o homem com uma família de leões, de lobos, de antílopes, de corsas, de gnus... enfim, comparo com qualquer família ou grupo de animais onde o macho luta para manter-se como líder, soberano, majestoso.
Mas, mulher é diferente. Vamos ver se você entenderá...
Homem quando nasce é recebido como um futuro líder, um garanhão, um conquistador... Como diz minha avó: "tratem de cuidar de suas cabritas pois meu bode já pasta". Homem é criado para ser livre, para conquistar, desbravar. Mulher não. Mulher quando nasce é recebida como a filhinha do papai, a menininha que nunca irá crescer. Cresce aprendendo a estar ao lado do conquistador, mas não como guerreira e sim como alicerce pronta para se sucumbir aos desejos do guerreiro conquistador, para enxugar o suor de sua fronte, para alimentá-lo, para evitar que ele caia.
Homem desde cedo aprende: quanto mais mulheres conquistar, mais sucesso fará. Mulher, por sua vez aprende: não importa qual o pecado cometido, devemos perdoar o homem.
Homem aprende que não basta conquistar a mulher, tem de conquistar e garantir que seja o único macho a comparecer e se conseguir isso com o maior número de mulheres, será consagrado o macho dos machos (patético isso). Mulher cresce aprendendo que devemos nos dedicar apenas ao nosso homem único. É claro que tal aprendizado não é posto em prática.
Homem aprende que trabalho existe para garantir que ele seja o dominador. Quem trabalha e coloca o dinheiro em casa, é homem de verdade. Trabalho existe para formar e transformar o homem, torná-lo superior, conhecido, reconhecido, aclamado. Para a mulher, o trabalho é sinônimo de liberdade, de independência sobre o homem.
Para o homem, sexo é sinônimo de prazer, de perpetuação da espécie, de garantia (quando se faz bem feito) de que a mulher será fiel a ele aconteça o que acontecer. Para a mulher sexo é sinônimo de obrigação, pois ela aprende a usar o sexo para agradar o companheiro. Mas, também é sinônimo de barganha, pois com ele, a mulher pode conquistar o que desejar (isso quando faz bem feito). Sexo também serve para procriar e para proporcionar prazer, se bem que prazer é algo que não aprende como sentir e sim como proporcionar.

Muitas coisas tentaram me ensinar. Confesso que algumas assimilei bem e pus em prática, mas outras não. Sou a filhinha do papai, da mamãe, da vovó, da titia... Crescer para que? Tenho motivos de sobra para desejar que minha alma seja eternamente uma criança. Assim, não mato a esperança, nem a fé, muito menos a inocência em acreditar que as pessoas são dignas de nossa confiança. A única coisa que desejo conquistar e manter é meu espaço no seio familiar. Perdoar? Não sei! Pois aprendi primeiro a confiar e quem trai minha confiança não perdoou. Posso até voltar a conviver, mas isso não significa que foi perdoado. Quanto a esse negócio de aprender a dedicar-se apenas a um homem, isso não me foi ensinado. Aprendi a ter medo. E esse medo impede-me de desejar dividir anos de minha vida com alguém. No que diz respeito a trabalho, aprendi que não basta ser livre e independente. Devemos nos submeter a provações difíceis. No ambiente de trabalho, a disputa por uma posição, pelo reconhecimento, é muito marcante. E não brigamos apenas com outras mulheres. Travamos guerra contra homens e mulheres, guerra por vezes que nos destrói os sonhos e anseios. Sexo? Isso não cresci aprendendo. Acho que como boa parte das pessoas, saí por aí aprendendo. E aprendi que sexo nada mais é que um complemento para tornar melhor o relacionamento. Aprendi que o melhor sexo é aquele que realizamos em cumplicidade absoluta, quando ambos se dão e não se preocupam em sentir ou proporcionar prazer, mas sim em viver aquele momento singular de união dos corpos cujas almas já são unidas (certo CASP?).
E é isso! Ao menos acho que não sou tão complicada..
Vila Mulher

Nenhum comentário:

Postar um comentário