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12.29.2010

COCEIRAS

Existe tratamento para a coceira de pele? Conheça as principais causas e saiba como eliminar esse problema.

O incômodo da coceira é um aviso de que o corpo entrou em contato com alguma substância estranha, como a saliva do mosquito que nos pica, ou até com alguma substância perigosa, como contêm certas plantas. Justamente por ser desagradável, a coceira tem uma função importante para o corpo: fazer com que a gente fique longe de quem a causou, seja poeira, remédio, planta ou inseto.

No caso de uma picada, não culpe de cara o pobre do mosquito que deixou aqueles calombos vermelhos nos seus tornozelos. Na verdade, o culpado pela coceira é nosso próprio corpo. O que causa a coceira não é a picada do mosquito em si, e sim, a histamina, uma das armas que nosso corpo produz para combater as substâncias estranhas, como a saliva do mosquito deixada no local da picada.

Quando o sistema de defesa do corpo detecta substâncias estranhas, uma de suas primeiras ações é liberar histamina. Ela aumenta a circulação de sangue no local, deixando a pele vermelha e inchada. Por outro lado, o sangue que aumentou sua circulação traz mais células de defesa. Isso faz com que as substâncias estranhas sejam eliminadas mais rapidamente. Logo, a histamina pode ser considerada uma aliada do corpo.

Pena que a histamina tenha também o efeito desagradável de causar a coceira. A boa notícia é que a vontade irresistível de coçar a pele também tem sua função. 

Quando a gente coça o local da picada do mosquito, por exemplo, aumenta ainda mais a circulação de sangue no local (e deixa a pele ainda mais vermelha também!). Como o sangue facilita o trabalho do sistema de defesa do corpo... coçar não faz mal! Pelo contrário: se a gente coçar bem coçado, a coceira acaba passando. O quêêê??!!

É isso mesmo: a coceira é tão importante que tem uma parte do sistema nervoso dedicada somente a ela. Dos muitos nervos que levam sinais do corpo para o cérebro, alguns respondem ao toque, outros, somente ao calor, outros, somente ao frio, outros, somente à dor... Há quatro anos, os cientistas descobriram que alguns desses nervos respondem somente à histamina. Por isso, a histamina provoca uma sensação diferente da sensação do toque e da dor.

Curioso é que os nervos da dor "comandam" os nervos da coceira. Isso quer dizer que, quando o lugar que está sendo coçado começa a doer, os nervos da dor "desligam" os nervos da coceira, que param de enviar sinais ao cérebro. Por isso, coçar a pele até causar uma leve (eu disse: leve!) sensação de dor que acaba com a coceira e dá aqueeele alívio. Tome mesmo cuidado para não se coçar demais, porque senão você pode trocar a coceira por uma ferida na pele. Argh!

Há muitas causas possíveis para a coceira no corpo: alergias, reação a medicamentos, doenças gerais, distúrbios leves ou graves de nossa saúde e até infestações por parasitas e, é claro, as picadas de insetos. Mas uma das causas mais comuns é o ressecamento da pele .

Este ressecamento pode ocorrer tanto por fatores individuais, como pelas condições climáticas ambientais, como baixa umidade do ar, frio, sendo também possível conseqüência de hábitos tais como banhos mais quentes e longos quando a temperatura está mais fresca.

Nossa pele perde parte de sua lubrificação natural, pode chegar até a descamar levemente, ficando com aspecto áspero e seco. Essa espécie de renovação mais rápida ocasionada pelo ressecamento faz com que apareça a sensação de coceira.
O ato de coçar, por sua vez, agrava ainda mais a agressão sofrida pela pele e podem surgir áreas de verdadeiro eczema com placas vermelhas, muito secas e irritadas.

É freqüente a coceira pós-sol, que vem junto com o descascamento da pele, quando se passou dos limites no banho de sol.

Mas não é difícil eliminar o problema. Procure usar sabonetes suaves e com poder umectante, evite esfregar com bucha as áreas irritadas e capriche na hidratação logo após sair do banho, assim você não precisa sacrificar seu momento de prazer diminuindo a temperatura da água. Aplique hidratantes encorpados à base de uréia, silicones, dimethicones, germe de trigo, óleo de avelã, de uva, manteigas, alantoina e pantenol.

Outras causas possíveis de coceira podem estar relacionadas às alergias, tanto a roupas, perfumes, bijuterias, tintas , sabonetes , como as alergias à alimentos e medicamentos.

Doenças que merecem muito cuidado, como hepatites, tumores e infecções, também podem causar coceiras.

Assim, se a coceira persistir e não ceder facilmente, a providência correta a ser tomada é procurar um dermatologista que poderá receitar cremes de corticóide ou diagnosticar outras alterações.

Saiba mais:
O prurido (do latim "pruritu"), designado também por coceira ou comichão, corresponde a uma sensação desagradável causada por doenças ou agentes irritantes, que levam o indivíduo a coçar-se em procura de alívio, e constitui uma das queixas mais comuns dentro das patologias dermatológicas.

Os receptores de prurido são encontrados, exclusivamente, na pele, mucosas e córnea. Trata-se de terminações nervosas desmielinizadas com formato semelhante a uma escova (peniciliforme). Usualmente, o prurido é causado por uma doença cutânea primária com lesão e exantema resultantes, todavia pode ocorrer sem estes. Este é o denominado prurido essencial que, geralmente, estabelece-se de maneira rápida interferindo com as atividades cotidianas normais.

O prurido costuma ser relatado com maior intensidade à noite, sendo relatado com pouca freqüência durante o período em que a pessoa está desperta, provavelmente porque esta se encontra distraída com outras atividades.
Pode ser o primeiro sinal de uma doença interna sistêmica (por exemplo: diabetes, distúrbios hematológicos ou câncer). Os medicamentos podem também causar prurido (morfina, antibióticos, aspirina, hormônios estrogênios e testosterona, contraceptivos orais, etc). Estão, ainda, associados ao prurido certos tipos de saponáceos, radioterapia, miliária (assadura), contato com roupas de , e vários fatores psicológicos como o estresse.

O ato de arranhar-se, para se coçar, faz com que as células e terminações nervosas inflamem-se e liberem histamina, produzindo, desta forma, mais prurido, gerando um círculo vicioso de prurido-arranhadura. Ao responder ao prurido com arranhadura produz-se uma alteração na integridade cutânea, podendo resultar em rubor, escoriação, áreas elevadas (urticária), infecção, alteração na pigmentação. O prurido na sua forma mais grave pode ser incapacitante.

Prurido anal
As regiões anal e genital, também podem ser acometidas por prurido. Isto pode se dar por pequenas partículas de material fecal alojadas nas fendas perianais ou presas aos pêlos anais, ou ainda, por lesão cutânea perianal causada por arranhadura, umidade e diminuição da resistência cutânea em conseqüência de tratamento medicamentoso com corticosteróides ou antibióticos. Outras causas de prurido perianal: escabiose, pediculose, hemorróida, infecção fúngica, oxiurose, diabetes, anemia, hipertireoidismo e gestação. Farmacologia Os anti-histamínicos orais são os medicamentos mais eficientes no combate ao prurido, pois podem superar os efeitos da liberação de histamina decorrente da lesão de mastócitos. A difenidramina ou a hidroxizina (anti-histamínicos sedantes) prescritos com dosagem sedativa na hora de dormir podem proporcionar um sono reparador e reconfortante. Já a fexofenadina (anti-histamínico não sedante) pode ser utilizado para aliviar o prurido durante o dia. Prurido de origem neuropsicogênica pode ser combatido com antidepressivos tricíclicos (ex.: doxepina).
Todavia, se o prurido persistir deve-se pesquisar um problema de origem sistêmica.
Wipkipédia

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