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12.11.2010

DIGITALIZAÇÃO DA ÍRIS REVOLUCIONA PRÓTESE OCULAR

Digitalização da íris revoluciona prótese ocular
Técnica inovadora promete melhorar a qualidade de vida de quem precisa usar uma prótese ocular.


Desenvolvida na Faculdade de Odontologia (FO) da USP, uma prótese ocular de íris digital promete aumentar a qualidade de vida de pacientes que perderam o olho devido a traumas ou algum tipo de patologia. A inovação é fruto de uma pesquisa realizada na Disciplina de Prótese Buco Maxilo Facial do Departamento de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilo Faciais da FO.
O processo de confecção que utiliza a foto digital é capaz de capturar e reproduzir com alta precisão todas as nuances da íris do olho do paciente e substitui a pintura manual, normalmente utilizada neste tipo de prótese. “A íris digital inovou o mercado mundial de próteses oculares. Por ser um processo manual, a pintura reproduz com menos fidelidade a íris de um olho sadio. Diferente da fotografia digital.”, garante o professor Reinaldo Brito e Dias, um dos responsáveis pela pesquisa.
A novidade, desenvolvida e patenteada pela USP, surgiu de uma ideia relativamente simples: fotografar o olho sadio do paciente e transpor a imagem digital para a prótese ocular. Contudo, as dificuldades em obter uma íris protética em que a imagem digital não se alterasse com a ação dos agentes químicos e físicos durante a confecção da prótese foram os grandes entraves para o desenvolvimento da tecnologia. Três anos de pesquisa foram necessários para viabilizar o método de confecção da prótese no nível de fidelidade atual.
“Como o processo consiste em reproduzir fotograficamente a íris do olho são, tem-se, dessa forma, uma prótese muito mais estética, o que interfere diretamente na aceitação e no bem-estar psicossocial do paciente”, afirma Ricardo Cézar dos Reis, doutorando e também responsável pela pesquisa.
Segundo ele, outra vantagem da prótese ocular obtida pelo processo de íris digital diz respeito a durabilidade, neste caso, muito maior que a obtida com pintura. Além de permitir produzir uma prótese muito similar ao olho perdido, é um processo mais dinâmico que otimiza o atendimento, supre melhor a demanda e representa um menor custo de produção.
Um banco de dados com as fotografias de íris digitais está entre um dos objetivos da pesquisa. Tudo para criar próteses muito similares ao olho perdido do paciente em um curto espaço de tempo. A ideia é fornecer um conjunto de íris que possam atender imediatamente a demanda de um paciente que precise de uma prótese para o dia seguinte, por exemplo.

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