‘mico’ dos tempos modernos
Pais devem adicionar filho nas redes sociais, por segurança. Mas sem constrangê-lo
Rio - ‘Ih, minha mãe entrou no Orkut!’. Se você ainda não ouviu essa frase, com certeza vai ouvir. Seja no Twitter, Facebook ou Orkut, o que não falta é adolescente para reclamar que os pais estão monitorando o que eles fazem na rede. A verdade é que a maioria dos pais quer estar em todos os lugares virtuais que o pimpolho internauta esteja. Mas esse tipo de controle, por mais inofensivo que seja, nem sempre é saudável. É preciso saber dosá-lo para não “pegar mal”.
“A criança é muito ligada aos pais. Mas na adolescência quer constituir a própria identidade e começa a criar vínculos maiores com os amigos”, diz a psicóloga Andreia Calçada. “Juntos, adolescentes criam um mundo próprio, têm vocabulário parecido, gostam das mesmas coisas. Muitos pais têm dificuldade de entender essa fase.”
E, como os tempos mudaram, fazer um elogio mais efusivo e deixar recadinhos constantes no Orkut pode criar um problemão: o adolescente acha que está sendo tratado feito bebê. É ‘mico’.
“Você até deve adicionar seus filhos nas redes sociais, por questões de segurança”, completa Andreia. “Mas é preciso bom senso: os pais não podem ridicularizar os filhos na frente dos amigos, comentando tudo o tempo todo”, pondera, ressaltando que é preciso diálogo. “Se está incomodando, conversem”.
Mãe de Lucas, 14 anos, a jornalista Kátia Watts, 48, sabe bem como lidar com o filho na rede. O segredo, segundo ela, é a educação. “Confio no que ensinei para ele e conversamos sobre tudo. Não preciso ficar marcando território”, diz. Orgulhoso, Lucas assina embaixo. “Não vejo motivos para não ter minha mãe em minhas redes sociais. Mas ela não fica me mandando recado e nunca precisei pedir isso pra ela”,
“A criança é muito ligada aos pais. Mas na adolescência quer constituir a própria identidade e começa a criar vínculos maiores com os amigos”, diz a psicóloga Andreia Calçada. “Juntos, adolescentes criam um mundo próprio, têm vocabulário parecido, gostam das mesmas coisas. Muitos pais têm dificuldade de entender essa fase.”
Arte: O Dia
A psicopedagoga Ana Cássia Maturano ressalta que o adolescente vive num conflito entre deixar de ser criança e começar a ser adulto. Por isso, precisa se autoafirmar entre amigos. Não à toa, morre de vergonha se o pai o deixa na porta do colégio ou se a mãe o cumprimenta com beijinhos quando o busca numa festa. Carinhos, só em casa, escondido da vista das amizades. “O adolescente acha que está sendo reduzido novamente à condição de criança. Ele precisa de privacidade. Os pais precisam respeitar isso”, esclarece Ana.E, como os tempos mudaram, fazer um elogio mais efusivo e deixar recadinhos constantes no Orkut pode criar um problemão: o adolescente acha que está sendo tratado feito bebê. É ‘mico’.
“Você até deve adicionar seus filhos nas redes sociais, por questões de segurança”, completa Andreia. “Mas é preciso bom senso: os pais não podem ridicularizar os filhos na frente dos amigos, comentando tudo o tempo todo”, pondera, ressaltando que é preciso diálogo. “Se está incomodando, conversem”.
Mãe de Lucas, 14 anos, a jornalista Kátia Watts, 48, sabe bem como lidar com o filho na rede. O segredo, segundo ela, é a educação. “Confio no que ensinei para ele e conversamos sobre tudo. Não preciso ficar marcando território”, diz. Orgulhoso, Lucas assina embaixo. “Não vejo motivos para não ter minha mãe em minhas redes sociais. Mas ela não fica me mandando recado e nunca precisei pedir isso pra ela”,
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