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12.20.2010

Tímido, estressado, ancioso ou inquieto?

Pessoas tímidas, irritadas ou inquietas podem sofrer consequências em suas vidas que dificultam o convívio social, se não estão preparadas para se relacionar com pessoas com características diferentes. Por isso, conhecer os tipos de personalidade ajuda a ter uma vida social mais ativa.

A timidez pode gerar consequências conflituosas para a pessoa, que poderá sentir dificuldades nas áreas da sua vida que necessitam de uma postura mais extrovertida. Muitas vezes, os tímidos buscam profissões com limitado contato com outras pessoas, em pequenas empresas, trabalhos técnicos. Sentem dificuldade para fazer amizades e nas conquistas amorosas. Enfim, as atividades que solicitam maior exposição ficam comprometidas. Se na timidez a dificuldade é em estabelecer um contato, na irritabilidade o conflito encontra-se em manter uma relação equilibrada.
A pessoa estressada, no sentido de facilmente irritável, e não no sentido da patologia do estresse, costuma aborrecer-se por qualquer inconveniente do dia-a-dia. São pessoas que se irritam no trânsito, na fila do banco, ao serem frustrados no trabalho, em casa. Esse tipo de comportamento também gera dificuldades nos relacionamentos, mas de outra ordem se comparada às pessoas tímidas.

Se na timidez a dificuldade é em estabelecer um contato, na irritabilidade o conflito encontra-se em manter uma relação equilibrada. Pode ser uma pessoa que está comumente envolvida em atritos, brigas e discussões no trabalho e na família. 
A pessoa inquieta costuma ter um ritmo mais acelerado que a maioria das pessoas. Essa diferença de ritmo poderá provocar discórdias nos relacionamentos, seja no trabalho ou em casa, pois muitas situações da vida solicitam uma espera que é difícil para o inquieto suportar. Pode acontecer de uma pessoa inquieta vivenciar essa experiência com muita irritação, confundindo-se muitas vezes com uma pessoa facilmente irritável. 
As pessoas podem tentar enfrentar por si mesmas essas dificuldades, buscando seus recursos internos para isso. Se a pessoa é tímida, poderá tentar se expor mais. Se ela é irritada ou inquieta, poderá tentar acalmar-se. Mas, isso não é simples, nem fácil. É necessário persistência e insistência. Cada qual encontrará sua própria maneira de se experimentar. Não há uma regra que sirva para todos. Até mesmo por que os limites são individuais, e cada um precisará reconhecer qual o seu próprio limite. 

Cada pessoa poderá procurar atividades que se sinta relativamente confortável para treinar suas dificuldades. Uma pessoa com alguma timidez poderá sentir-se capaz de participar de aulas de teatro e isso ajudá-la, porém outra pessoa com essa característica poderá sentir tal experiência como uma tortura, afetando-a negativamente. Do mesmo modo poderá ocorrer se uma pessoa inquieta ou irritada procurar aulas de ioga ou meditação.

Poderá, ou não, ser adequado a ela. Essas escolhas são muito pessoais e devem variar. Cada um deverá experimentar e sentir aquilo que é possível para si. Caso essas características pessoais estejam atrapalhando a vida da pessoa, é importante que procure uma ajuda psicoterapêutica, para que haja compreensão do que ocorre e a possibilidade de criar novos recursos internos para lidar com suas dificuldades.

Saiba ainda:

A ansiedade é consequência de um desequilíbrio da atuação dos sistemas nervosos simpático e parassimpático. O sistema nervoso simpático atua nas situações de estresse.

O estresse começa nas profundezas do cérebro, onde uma estrutura chamada hipotálamo dá o alerta às glândulas adrenais, que respondem despejando na circulação sanguinea os hormônios epinefrina e adrenalina para a clássica reação de luta ou fuga.

O pulso se acelera à medida que a adrenalina eleva a frequencia cardíaca, mandando sangue extra para os músculos e para os órgãos. Os brônquios dilatam-se e o oxigênio extra chega ao cérebro, o que ajuda a nos manter alertas.

O cabelo e os pelos se eriçam porque a adrenalina contrai os vasos sanguíneos que abastecem a pele, impedindo assim um sangramento excessivo caso o oponente lhe fira seriamente. Finalmente, a adrenalina mobiliza o corpo para liberar reservas de energia.

Reação ao estresse
Pessoas cronicamente ansiosas ou com problemas psicossomáticos possuem um padrão específico de reação ao estresse: o corpo se mobiliza para enfrentar o desafio e não consegue parar quando cessa o problema.

Na vida moderna a tendência é suprimirmos nossos sentimentos e os escondermos dos outros. Os pequenos incômodos são os fatores que mais predispõem ao estresse diário como parentes doentes, colegas de trabalho irritados, tráfego congestionado e espera em longas filas, por exemplo.

A tensão inicial é necessária, pois permite que a pessoa concentre sua energia e percepção para lidar com uma ameaça em potencial. Mas, passado o perigo, o corpo deveria relaxar, recuperando as energias gastas e reunindo forças para enfrentar o próximo estresse. 

E o que é a meditação ?
É uma forma de treinamento cerebral que envolve técnicas de concentração, respiração e relaxamento. A pessoa se prepara mentalmente, esquecendo os problemas, limpando a mente de qualquer informação negativa e procurando um ponto de apoio numa imagem ou emoção positiva como referência.

Os pensamentos positivos estimulam a atuação do sistema nervoso parassimpático, que desacelera e acalma as coisas, com o objetivo de reparar e restaurar o corpo, promovem o crescimento, o armazenamento de energia e a reprodução. 
"Os pequenos incômodos são os fatores que mais predispõem ao estresse diário como parentes doentes, colegas de trabalho irritados".
Como a meditação pode ajudar a diminuir a ansiedade?
A pessoa que medita regularmente lida com o estresse de modo a romper a espiral da reação de enfrentamento ou fuga. Ela relaxa com muito mais frequência do que a que não medita, após um desafio ter sido superado. Isso faz com que seja improvável que ela encare como nocivas ocorrências inocentes.

Ela percebe a ameaça com mais exatidão e reage com a mobilização somente quando necessário. Após a mobilização, a recuperação rápida a torna menos predisposta a encarar o próximo compromisso com uma ameaça, como acontece com uma pessoa ansiosa.

Os dois sistemas nervosos (simpático e parassimpático) trabalham em prol da segurança, da manutenção da vida, sendo ativados ou desativados conforme o contexto e o momento, discernindo automaticamente o que é prioritário.

A meditação ajuda o corpo todo a funcionar em sintonia, como uma grande orquestra. Todos os mecanismos voltam à homeostase, o equilíbrio que garante a vida!

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