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3.25.2010
Automaquiagem sem erro
Automaquiagem sem erro
Todo mundo adora um dia de salão, com direito a cabelo, unha e maquiagem. Mas nem sempre sobra tempo (ou dinheiro) pra fazer tudo que se adora, né? Por isso, o Vila Batom foi atrás de maquiadoras para tentar ensinar, pelo menos, a resolver o make sem sair de casa.
É possível aprender truques que valem pra vida toda. Cores, técnicas de camuflagem e dicas para escolher o tipo de maquiagem para cada evento. " passo a passo, desde o preparo da pele até a maneira correta de aplicar o delineador".
Não pode faltar numa maquiagem caseira é a boa preparação da pele, antes de aplicar os produtos.
"É preciso limpar, tonificar e hidratar!". "E claro, ter um bom espelho". Na nécessaire não pode faltar base, corretivo, pó, blush, batom, mascara de cílios, lápis e sombra.
A maquiadora e cabeleireira Sandra Mondini, de Santa Catarina, preparou um passo a passo para as Vilamigas, que pode ser conferido nas fotos abaixo.
Usar adequadamente a cor ideal para cada aluna e sempre pede para elas trazerem os produtos que tem em casa mesmo. A dica principal dela é testar tudo até chegar ao resultado preferido.
Antes de preparar nosso passo a passo, Sandra ainda listou suas marcas preferidas de maquiagem: Mac, Lancôme, Shiseido e Dior. "Das nacionais, indico as da Natura e do O Boticário".
1º Passo: Limpar, tonificar e hidratar
A pele do rosto e do pescoço estão mais expostas ao sol, vento e outras mudanças climáticas e, por isso, merecem atenção especial. A preparação pode ser feita com sabonetes para o rosto e tonificantes, além do hidratante correto para seu tipo de pele.
2º Passo: Cobertura da pele
O corretivo deve ser usado num tom (ou até dois) mais claro que a pele. Ele serve para disfarçar olheiras, manchas, cicatrizes e outros pontos escuros do rosto. Aplique na parte interna das pálpebras e no começo do nariz.
3º Passo: Base
Ela pode ser líquida ou o famoso pancake. A líquida pode ser aplicada com os dedos ou esponja seca, em todo o rosto. Aplique um tom mais claro que a pele na testa, laterais do nariz, boca e queixo, para suavizar os traços.
4º Passo: Pó facial
Quando se usa o pancake, não há necessidade de aplicação de pó. Mas se a base for líquida, o pó pode ser usado para tirar o brilho. Escolha sempre um no tom da sua pele e aplique com um pincel grande e redondo.
5º Passo: Sombra
Durante o dia, prefira sombras em tons neutros e deixe as coloridas para ocasiões especiais. Os duos de sombra têm geralmente duas cores intermediárias. Então aplique o tom mais claro em toda pálpebra e o mais escuro apenas nos cantos externos, esfumaçados. Também use a mais escura perto da sobrancelha, para destacá-las. As dicas de Sandra são: se você tem olhos pequenos, prefira as cores claras e, se tem olhos grandes, as escuras. Quem tem olheiras precisa ter cuidado com as sombras pretas.
6º Passo: Rímel e lápis
Para alongar os cílios, use rímel ou curvex, apenas nos superiores, para não carregar o make. Para não borrar, seque os cílios com secador, mantendo uma distância mínima de 15 centímetros e de olhos fechados.
Se você tem a mão firme, pode usar também delineador. Aplique primeiro da metade da pálpebra para os cantos externos e, depois faça um traço mais fino do centro para o canto interno. Assim as pálpebras não formam dobras, que borra o delineador.
Mas, você pode também usar o lápis. Passe próximo à raiz dos cílios superiores. Na parte inferior pode ser usado lápis, delineador ou até uma sombra escura, aplicada com pincel bem fino.
7º Passo: Blush
Pode ser aplicado no rosto todo, para finalizar a maquiagem e deixar a pele em tom uniforme. Evite marcar demais as maçãs do rosto e ganhe apenas um ar saudável, colorindo as bochechas. Se quiser alargar o rosto, aplique o blush na altura das orelhas, puxando o pincel em direção às maçãs. Se quiser deixá-lo mais fino, aplique nas têmporas e puxe para as maças.
8º Passos: Batom
Para aumentar os lábios, desenhe o contorno natural com um lápis mais escuro que o batom, do lado de fora dos lábios. Aí, esfumace o traço com um pincel e aplique o batom. Use um mais claro e cintilante na parte central dos lábios inferiores.
Para diminuir os lábios, desenhe o contorno na parte interna dos lábios, com um lápis mais claro que o batom que pretende usar. Sempre aplique um hidratante na boca antes de passar o batom e deixe por 15 minutos. Retire com algodão e água morna e então aplique o batom - assim ele dura mais!
FONTE: Sandra Mondini.
MODELO: Cris Palma.
Uso abusivo de medicamentos no Brasil
A socióloga Roberta Martinho, de 35 anos, percebeu que estava dependente dos calmantes quando, segundo ela, não conseguia sair de casa sem o remédio(Foto: Daigo Oliva / G1)
Uso de calmante entre jovens no Brasil supera o de maconha.
A exemplo dos Estados Unidos, onde tem sido frequente a morte de celebridades devido ao uso abusivo de medicamentos, a banalização do consumo de remédios já é um "problema grave" de saúde pública no Brasil.
,
Corey Haim, o eterno rostinho juvenil de "Os garotos perdidos", morreu subitamente na semana passada aos 38 anos em circunstâncias que ainda não foram completamente esclarecidas. O ator estava com 38 anos e já havia declarado vício em calmantes à base de substâncias como o diazepam. O astro da música pop Michael Jackson e o ator Heath Ledger também são vítimas recentes desse tipo de dependência, que não é exclusividade de celebridades norte-americanas.
"Tinha medo de pensar em ficar sem. Fiquei desanimada de lutar pelas coisas, muito acomodada", conta Roberta Martinho, socióloga paulistana de 35 anos que durante cinco anos ingeriu calmantes diariamente e há cinco meses diz ter conseguido se livrar da dependência. "Me sinto livre agora. (...) Me sinto ótima, estou com um corpo ótimo, comendo bem, dormindo melhor, lidando com os meus sentimentos, lidando comigo de novo."
Em todo o mundo, o uso abusivo de remédios já supera o consumo somado de heroína, cocaína e ecstasy, de acordo com relatório do Departamento Internacional de Controle de Narcóticos, ligado à Organização das Nações Unidas (ONU). Só nos Estados Unidos, havia em 2008 6,2 milhões de pessoas dependentes de remédios - cerca de 2% da população norte-americana.
Segundo o médico Elisaldo Carlini, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas (Cebrid), no Brasil o uso de calmantes entre estudantes supera o da maconha.
"Desde 1987, fazemos levantamento do consumo ilícito de drogas entre estudantes. No último que fizemos, aparecem primeiro o álcool e tabaco. Depois, vêm os inalantes, como cola de sapateiro e fluído de isqueiro, os benzodiazepínicos (calmantes), e depois maconha e anfetaminas (inibidores de apetite)", afirma.
O coordenador geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel Godinho Delgado, classifica a situação como um desafio para as autoridades de saúde.
"É um problema grave no Brasil. (...) Acho importante abordar essa situação porque, para a saúde pública, as drogas ilegais, legais e prescritas podem apresentar danos comparáveis. Nós sabemos que, de todas as drogas, as mais danosas são duas legais, o álcool e o tabaco. E, entre as que não são ilegais, existe ainda o problema dos medicamentos que podem causar dependência."
De acordo com médicos consultados pelo G1 são três as principais classes de remédios que podem causar dependência: benzodiazepínicos (calmantes), anfetaminas (inibidores de apetite) e opióides (analgésicos).
Pedro Gabriel Godinho Delgado destaca que o grupo dos calmantes é o que mais preocupa a saúde pública atualmente. Um levantamento domiciliar de âmbito nacional sobre o uso de drogas psicotrópicas mostrou que, em 2002, 3,3% dos entrevistados já haviam consumido calmantes pelo menos uma vez na vida.
No levantamento seguinte, em 2005, passou para 5,6% do total de entrevistados (7.939 pessoas nas 108 maiores cidades do país). O aumento foi de 70%.
"O aumento do consumo se deve a dois fatores, um bom e um ruim. Tem a questão da ampliação do acesso ao tratamento, o que mostra que mais pessoas estão tendo acesso ao uso racional. E o ruim é que muito provavelmente esse aumento tão significativo se deveu ao uso não racional, ao uso nocivo", afirmou o coordenador geral da área de saúde mental do governo.
Um novo levantamento deve ser concluído até o começo do próximo semestre. "A nossa estimativa é de que ainda estamos em fase de crescimento desse consumo", disse Delgado.
Mais perigosos
O grupo dos opióides, ou seja, os analgésicos fortes, preocupa os médicos porque o tratamento é mais complexo devido aos efeitos mais graves da abstinência, conforme Pedro Delgado, do Ministério da Saúde.
"No Brasil existe uso abusivo desses remédios, mas é um problema menor do que na Europa e nos Estados Unidos. Tem prevalência maior entre profissionais de saúde talvez pela facilidade de acesso."
Segundo Carlini, da Unifesp, esse grupo de remédios pode provocar até a morte. "O grande problema dessas drogas é que elas são altamente tóxicas e podem produzir overdose. A principal causa de intoxicação e morte na Europa é por heroína e morfina", conta.
No Brasil, o Sistema Nacional de Informações Toxico-Farmacológicas (Sinitox), da Fundação Fiocruz, estuda os casos de intoxicação por meio de medicamentos. Os dados mais recentes são de 2007, quando 34 mil pessoas se intoxicaram por conta de remédios. Naquele ano ocorreram 90 óbitos em razão dos medicamentos.
A pesquisadora Rosany Bochner afirma que a maior parte dos casos de intoxicação por medicamentos é motivada por tentativa de suicídio. Depois, os acidentes domésticos. Os casos de intoxicação por abuso são poucos, esclareceu, acrescentando que nem sempre as estatísticas comprovam a realidade. "Quando aparece [por abuso] são os benzodiazepínicos. (...) Mas os dados que temos são só uma ponta. Tem muitos médicos que não fazem a notificação."
Os benzodiazepínicos deixam a pessoa grogue. As pessoas ficam mais calmas, dormem mais do que devem e têm dificuldade de exercer funções psicomotoras de precisão, como dirigir um automóvel."
Para Carlini, não é só a intoxicação que ameaça a vida de quem abusa de calmantes. “Os benzodiazepínicos deixam a pessoa grogue. As pessoas ficam mais calmas, dormem mais do que devem e têm dificuldade de exercer funções psicomotoras de precisão, como dirigir um automóvel. Há uma relação clara entre acidentes de trânsito e dirigir com ação de benzodiazepínicos.”
Culpa dos médicos?
A dependência em medicamentos também é favorecida pelo comportamento de profissionais que atendem nos consultórios.
"Estou cansada de ouvir mulheres que tomam antidepressivos prescritos por seus ginecologistas. (...) As pessoas vão procurar remédios médicos para emagrecer e saem com fórmulas que têm ansiolíticos e outras substâncias que interferem no funcionamento psíquico", afirma a psicoterapeuta e membro do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas Mônica Gorgulho.
Para ela, os médicos que fazem atendimentos rápidos para prescrever a medicação também erram. "Dá muito trabalho acertar o medicamento na dose certa para a necessidade de uma pessoa específica. Esse é um processo que dura muito tempo. O início do uso de um psicotrópico é difícil, o médico tem que ter uma formação, uma atualização permanente. Isso dá muito trabalho. Não é todo médico que está disposto, e não é todo médico que está super bem informado."
Culpa dos pacientes?
Já o coordenador Científico do Grupo de Álcool e Drogas do Instituto de Psiquiatria da USP, Arthur Guerra de Andrade, destaca que a dependência ocorre muitas vezes porque o paciente não segue as recomendações.
"Geralmente, o abuso de remédios começa com uma situação que o próprio médico passa ou um familiar começa a fazer uso, e aí o marido ou a esposa começa a usar, mas não de uma forma médica, de uma forma própria. (...) É uma expectativa milagrosa, uma expectativa mágica sobre o remédio. Os pacientes não têm paciência em tomar [da forma correta], em ter outras condutas, em ter alternativas que possam ser mais naturais, como terapia, exercícios, namoro."
Qualquer um compra uma receita ou remédio em qualquer canto. Na internet, pode-se comprar remédio controlado, qualquer tipo de medicação. Existem também profissionais negligentes, que vendem receita sem acompanhar o paciente."
Facilidade de aquisição
Para o psicólogo e coordenador do Instituto Olhos da Alma Sã, em Goiânia, Jorge Antônio Monteiro de Lima, um dos culpados pelos casos de dependência pode ser a facilidade de se obter os medicamentos: "Qualquer um compra uma receita ou remédio em qualquer canto. Na internet, pode-se comprar remédio controlado, qualquer tipo de medicação. Existem também profissionais negligentes, que vendem receita sem acompanhar o paciente. Hoje você compra uma receita controlada por R$ 50, R$ 60."
Lima destaca que há casos ainda de pessoas que migram das drogas ilícitas para as lícitas para serem mais aceitas. "Como a droga lícita é aceita pela sociedade, tem muita gente que migra para ela por uma questão de aceitação social. Ela não é estigmatizada socialmente. Um estudante de medicina viciado em dolantina, por exemplo."
Ele destaca, no entanto, que não se pode considerar o remédio um "vilão". "Não podemos sacrificar o remédio, pois há muitos pacientes que precisam deles, como os que sofrem de esquizofrenia. O remédio não é o vilão. O vilão é o mau uso do remédio."
Mais controle
O coordenador de Saúde Mental do governo, Pedro Delgado, aponta três saídas para amenizar o problema: conscientizar a população, capacitar o médico e controlar melhor a propaganda que as indústrias fazem para os médicos e que acabam, na avaliação dele, influenciando na prescrição dos remédios.
"O governo tem contato direto com as associações médicas, e, na área dos benzodiazepínicos, por exemplo, a sociedade de psiquiatria preza a questão da formação continuada dos médicos. Uma força contrária que é a indústria farmacêutica tem influência sobre os profissionais, o que vai um pouco na contramão do uso racional. (...) Já há controle da propaganda por parte da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], mas precisa ser aperfeiçoado. O ministério defende um controle maior sobre os métodos de propaganda da indústria farmacêutica", afirma.
Quem controla a propaganda de remédios no Brasil é a Anvisa. A agência informou que desde o ano passado já vigora uma resolução que regula o contato entre médicos e indústrias e estabelece limites para essa relação.
A decisão da prescrição de um medicamento é ato soberano do profissional da saúde e o Sindusfarma tem certeza de que ela está balizada pelos compromissos éticos deste profissional."
O vice-presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini, disse ao G1 que é "equivocado afirmar que a classe médica se deixa influenciar pela indústria farmacêutica na prescrição de medicamentos".
"As informações prestadas pela indústria farmacêutica aos médicos têm a única função de atualizá-los sobre o lançamento de novos medicamentos e/ou novos tratamentos. A decisão da prescrição de um medicamento é ato soberano do profissional da saúde e o Sindusfarma tem certeza de que ela está balizada pelos compromissos éticos deste profissional com seus pacientes e a comunidade", acresentou Mussolini.
G1.com
Uso de calmante entre jovens no Brasil supera o de maconha.
A exemplo dos Estados Unidos, onde tem sido frequente a morte de celebridades devido ao uso abusivo de medicamentos, a banalização do consumo de remédios já é um "problema grave" de saúde pública no Brasil.
,
Corey Haim, o eterno rostinho juvenil de "Os garotos perdidos", morreu subitamente na semana passada aos 38 anos em circunstâncias que ainda não foram completamente esclarecidas. O ator estava com 38 anos e já havia declarado vício em calmantes à base de substâncias como o diazepam. O astro da música pop Michael Jackson e o ator Heath Ledger também são vítimas recentes desse tipo de dependência, que não é exclusividade de celebridades norte-americanas.
"Tinha medo de pensar em ficar sem. Fiquei desanimada de lutar pelas coisas, muito acomodada", conta Roberta Martinho, socióloga paulistana de 35 anos que durante cinco anos ingeriu calmantes diariamente e há cinco meses diz ter conseguido se livrar da dependência. "Me sinto livre agora. (...) Me sinto ótima, estou com um corpo ótimo, comendo bem, dormindo melhor, lidando com os meus sentimentos, lidando comigo de novo."
Em todo o mundo, o uso abusivo de remédios já supera o consumo somado de heroína, cocaína e ecstasy, de acordo com relatório do Departamento Internacional de Controle de Narcóticos, ligado à Organização das Nações Unidas (ONU). Só nos Estados Unidos, havia em 2008 6,2 milhões de pessoas dependentes de remédios - cerca de 2% da população norte-americana.
Segundo o médico Elisaldo Carlini, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas (Cebrid), no Brasil o uso de calmantes entre estudantes supera o da maconha.
"Desde 1987, fazemos levantamento do consumo ilícito de drogas entre estudantes. No último que fizemos, aparecem primeiro o álcool e tabaco. Depois, vêm os inalantes, como cola de sapateiro e fluído de isqueiro, os benzodiazepínicos (calmantes), e depois maconha e anfetaminas (inibidores de apetite)", afirma.
O coordenador geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel Godinho Delgado, classifica a situação como um desafio para as autoridades de saúde.
"É um problema grave no Brasil. (...) Acho importante abordar essa situação porque, para a saúde pública, as drogas ilegais, legais e prescritas podem apresentar danos comparáveis. Nós sabemos que, de todas as drogas, as mais danosas são duas legais, o álcool e o tabaco. E, entre as que não são ilegais, existe ainda o problema dos medicamentos que podem causar dependência."
De acordo com médicos consultados pelo G1 são três as principais classes de remédios que podem causar dependência: benzodiazepínicos (calmantes), anfetaminas (inibidores de apetite) e opióides (analgésicos).
Pedro Gabriel Godinho Delgado destaca que o grupo dos calmantes é o que mais preocupa a saúde pública atualmente. Um levantamento domiciliar de âmbito nacional sobre o uso de drogas psicotrópicas mostrou que, em 2002, 3,3% dos entrevistados já haviam consumido calmantes pelo menos uma vez na vida.
No levantamento seguinte, em 2005, passou para 5,6% do total de entrevistados (7.939 pessoas nas 108 maiores cidades do país). O aumento foi de 70%.
"O aumento do consumo se deve a dois fatores, um bom e um ruim. Tem a questão da ampliação do acesso ao tratamento, o que mostra que mais pessoas estão tendo acesso ao uso racional. E o ruim é que muito provavelmente esse aumento tão significativo se deveu ao uso não racional, ao uso nocivo", afirmou o coordenador geral da área de saúde mental do governo.
Um novo levantamento deve ser concluído até o começo do próximo semestre. "A nossa estimativa é de que ainda estamos em fase de crescimento desse consumo", disse Delgado.
Mais perigosos
O grupo dos opióides, ou seja, os analgésicos fortes, preocupa os médicos porque o tratamento é mais complexo devido aos efeitos mais graves da abstinência, conforme Pedro Delgado, do Ministério da Saúde.
"No Brasil existe uso abusivo desses remédios, mas é um problema menor do que na Europa e nos Estados Unidos. Tem prevalência maior entre profissionais de saúde talvez pela facilidade de acesso."
Segundo Carlini, da Unifesp, esse grupo de remédios pode provocar até a morte. "O grande problema dessas drogas é que elas são altamente tóxicas e podem produzir overdose. A principal causa de intoxicação e morte na Europa é por heroína e morfina", conta.
No Brasil, o Sistema Nacional de Informações Toxico-Farmacológicas (Sinitox), da Fundação Fiocruz, estuda os casos de intoxicação por meio de medicamentos. Os dados mais recentes são de 2007, quando 34 mil pessoas se intoxicaram por conta de remédios. Naquele ano ocorreram 90 óbitos em razão dos medicamentos.
A pesquisadora Rosany Bochner afirma que a maior parte dos casos de intoxicação por medicamentos é motivada por tentativa de suicídio. Depois, os acidentes domésticos. Os casos de intoxicação por abuso são poucos, esclareceu, acrescentando que nem sempre as estatísticas comprovam a realidade. "Quando aparece [por abuso] são os benzodiazepínicos. (...) Mas os dados que temos são só uma ponta. Tem muitos médicos que não fazem a notificação."
Os benzodiazepínicos deixam a pessoa grogue. As pessoas ficam mais calmas, dormem mais do que devem e têm dificuldade de exercer funções psicomotoras de precisão, como dirigir um automóvel."
Para Carlini, não é só a intoxicação que ameaça a vida de quem abusa de calmantes. “Os benzodiazepínicos deixam a pessoa grogue. As pessoas ficam mais calmas, dormem mais do que devem e têm dificuldade de exercer funções psicomotoras de precisão, como dirigir um automóvel. Há uma relação clara entre acidentes de trânsito e dirigir com ação de benzodiazepínicos.”
Culpa dos médicos?
A dependência em medicamentos também é favorecida pelo comportamento de profissionais que atendem nos consultórios.
"Estou cansada de ouvir mulheres que tomam antidepressivos prescritos por seus ginecologistas. (...) As pessoas vão procurar remédios médicos para emagrecer e saem com fórmulas que têm ansiolíticos e outras substâncias que interferem no funcionamento psíquico", afirma a psicoterapeuta e membro do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas Mônica Gorgulho.
Para ela, os médicos que fazem atendimentos rápidos para prescrever a medicação também erram. "Dá muito trabalho acertar o medicamento na dose certa para a necessidade de uma pessoa específica. Esse é um processo que dura muito tempo. O início do uso de um psicotrópico é difícil, o médico tem que ter uma formação, uma atualização permanente. Isso dá muito trabalho. Não é todo médico que está disposto, e não é todo médico que está super bem informado."
Culpa dos pacientes?
Já o coordenador Científico do Grupo de Álcool e Drogas do Instituto de Psiquiatria da USP, Arthur Guerra de Andrade, destaca que a dependência ocorre muitas vezes porque o paciente não segue as recomendações.
"Geralmente, o abuso de remédios começa com uma situação que o próprio médico passa ou um familiar começa a fazer uso, e aí o marido ou a esposa começa a usar, mas não de uma forma médica, de uma forma própria. (...) É uma expectativa milagrosa, uma expectativa mágica sobre o remédio. Os pacientes não têm paciência em tomar [da forma correta], em ter outras condutas, em ter alternativas que possam ser mais naturais, como terapia, exercícios, namoro."
Qualquer um compra uma receita ou remédio em qualquer canto. Na internet, pode-se comprar remédio controlado, qualquer tipo de medicação. Existem também profissionais negligentes, que vendem receita sem acompanhar o paciente."
Facilidade de aquisição
Para o psicólogo e coordenador do Instituto Olhos da Alma Sã, em Goiânia, Jorge Antônio Monteiro de Lima, um dos culpados pelos casos de dependência pode ser a facilidade de se obter os medicamentos: "Qualquer um compra uma receita ou remédio em qualquer canto. Na internet, pode-se comprar remédio controlado, qualquer tipo de medicação. Existem também profissionais negligentes, que vendem receita sem acompanhar o paciente. Hoje você compra uma receita controlada por R$ 50, R$ 60."
Lima destaca que há casos ainda de pessoas que migram das drogas ilícitas para as lícitas para serem mais aceitas. "Como a droga lícita é aceita pela sociedade, tem muita gente que migra para ela por uma questão de aceitação social. Ela não é estigmatizada socialmente. Um estudante de medicina viciado em dolantina, por exemplo."
Ele destaca, no entanto, que não se pode considerar o remédio um "vilão". "Não podemos sacrificar o remédio, pois há muitos pacientes que precisam deles, como os que sofrem de esquizofrenia. O remédio não é o vilão. O vilão é o mau uso do remédio."
Mais controle
O coordenador de Saúde Mental do governo, Pedro Delgado, aponta três saídas para amenizar o problema: conscientizar a população, capacitar o médico e controlar melhor a propaganda que as indústrias fazem para os médicos e que acabam, na avaliação dele, influenciando na prescrição dos remédios.
"O governo tem contato direto com as associações médicas, e, na área dos benzodiazepínicos, por exemplo, a sociedade de psiquiatria preza a questão da formação continuada dos médicos. Uma força contrária que é a indústria farmacêutica tem influência sobre os profissionais, o que vai um pouco na contramão do uso racional. (...) Já há controle da propaganda por parte da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], mas precisa ser aperfeiçoado. O ministério defende um controle maior sobre os métodos de propaganda da indústria farmacêutica", afirma.
Quem controla a propaganda de remédios no Brasil é a Anvisa. A agência informou que desde o ano passado já vigora uma resolução que regula o contato entre médicos e indústrias e estabelece limites para essa relação.
A decisão da prescrição de um medicamento é ato soberano do profissional da saúde e o Sindusfarma tem certeza de que ela está balizada pelos compromissos éticos deste profissional."
O vice-presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini, disse ao G1 que é "equivocado afirmar que a classe médica se deixa influenciar pela indústria farmacêutica na prescrição de medicamentos".
"As informações prestadas pela indústria farmacêutica aos médicos têm a única função de atualizá-los sobre o lançamento de novos medicamentos e/ou novos tratamentos. A decisão da prescrição de um medicamento é ato soberano do profissional da saúde e o Sindusfarma tem certeza de que ela está balizada pelos compromissos éticos deste profissional com seus pacientes e a comunidade", acresentou Mussolini.
G1.com
Descolamento de retina
Mal invisível que pode cegar
Descolamento de retina chega quase sem sintomas e deve ser tratado o mais rápido possível. Faça exames anuais
Rio - Um problema oftalmológico que age silenciosamente, sem causar dor, deixa cego um em cada 10 mil brasileiros. Geralmente associado apenas a impactos e acidentes, o descolamento de retina pode acontecer sem qualquer choque no olho. Algumas pessoas, pertencentes a grupos de risco para o problema, precisam ficar atentas a cuidados preventivos, de acordo com especialistas.
O descolamento acontece quando há ruptura de parte da retina, que se desprende do fundo do olho. Com a ruptura, pode haver vazamento de líquidos que aumentam mais ainda os ‘rasgos’ e causam o descolamento em si.
Para o paciente, não é fácil perceber que está com o problema: ele se manifesta através da perda parcial do campo de visão (a chamada visão periférica), às vezes não notada na fase inicial. “Em algumas ocasiões, o paciente só percebe quando fecha o olho sadio. Mas se não houver tratamento com a devida urgência, pode ficar cego”, diz o especialista em retina do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Paulo Augusto de Arruda Mello Junior.
O problema pode estar ou não associado a outras enfermidades. Quando o paciente tem diabetes, trombose ou doenças vasculares, o descolamento é conhecido como tracional — geralmente causado por falta de irrigação sanguínea em algumas áreas do olho. Há também casos famosos de esportistas que sofreram o problema após boladas ou socos.
Mas mesmo alguns grupos de pessoas que não têm estas doenças ou não sofreram traumas devem estar atentos, de acordo com Paulo Augusto.
MÍOPES SÃO GRUPO DE RISCO
“Quem já fez operação de catarata, tem casos de descolamento na família, vê flashes ou tem miopia de mais de 4 graus precisa fazer o exame ao menos uma vez por ano. Os riscos aumentam com a idade”, afirma.
Vale lembrar que o exame que detecta o descolamento é considerado mais complexo do que check ups oftalmológicos comuns. Trata-se do mapeamento de retina, no qual o paciente é submetido à dilatação da pupila após receber um colírio.
Aplicação de laser ou cirurgia
O tratamento para o descolamento envolve a aplicação de laser em áreas frágeis da retina, de forma preventiva. Se já tiver havido a ruptura, porém, é indicada cirurgia. Algumas das operações para corrigir o problema são tidas como as mais complexas da Oftamologia.
Durante o procedimento, o líquido vítreo — que preenche o olho e vaza com o descolamento — é retirado e substituído por gás ou óleo de silicone. Dependendo da técnica, o paciente tem que ficar com o olhar voltado para baixo por dias seguidos no pós-operatório.
“É importante que, assim que se desconfie, o paciente seja tratado o mais rapidamente possível”, diz o oftamologista Paulo Augusto.
TRATAMENTO NA REDE PÚBLICA
A Secretaria Municipal de Saúde informou que o Hospital Municipal da Piedade oferece alguns tipos de tratamento para retina, como certos casos de descolamento. A unidade deve ampliar estes serviços após a renovação de equipamentos até o final do ano. A rede básica conta com postos que são pólos de tratamento oftalmológico e clínicas conveniadas, via SUS. Os seis hospitais federais também possuem atendimento oftalmológico, mas só atendem a casos encaminhados por postos.
Mais informações pelo Telessaúde: 3523-4025.
SAIBA MAIS SOBRE DESCOLAMENTO DA RETINA:
Anatomia:
A retina é uma fina camada de tecido nervoso que forra o olho por dentro. Se você comparar seu olho a uma câmara fotográfica a retina seria o filme e nela se formam as imagens que são enviadas ao cérebro. Na retina a luz é transformada em estímulo elétrico para ser enviada ao cérebro. A mácula é a região central da retina, onde se concentra a visão de detalhes e cores. Muitas coisas podem perturbar essa delicada arquitetura.
Mecanismo e Causas:
Furos e rasgões da retina são o que causam o seu descolamento. Cerca de 8% das pessoas têm pequenos furos ou defeitos na retina, apenas uma em cada quinze mil pessoas vai ter descolamento da retina. Olhos com mais de 4 graus de miopia tendem a ser mais longos, a retina tem de se esticar para forrá-los. Pode tornar-se fina demais na sua periferia e rasgar-se, por isso o descolamento da retina é mais comum em míopes.
Pessoas que já descolaram a retina de um olho têm maiores chances de ter descolamento da retina no seu outro olho. Essas características são passadas geneticamente. Filhos e irmãos de quem teve descolamento da retina devem ser examinados.
Algumas doenças como a diabete e as inflamações oculares, e em especial os traumatismos (boladas, socos, etc..) também são causas de descolamento da retina.
Um processo natural do amadurecimento costuma preceder o descolamento da retina: O descolamento posterior do vítreo. A retina é elevada e descolada pelo líquido que preenche o olho. Nas crianças a parte posterior do olho é preenchida por uma gelatina firme (humor vítreo) que ocupa toda a cavidade ocular. Com o passar dos anos ocorre liquefação dessa gelatina, chamamos esse fenômeno natural de descolamento posterior do vítreo.
Têm mais chance de ter descolamento da retina:
- Míopes com mais de 6 graus
- Parentes próximos de quem teve descolamento da retina
- Quem já teve descolamento em um dos olhos
* Pessoas com maior risco de ter descolamento precisam ser examinadas pelo menos duas vezes por ano
Sintomas:
Os sintomas do descolamento do vítreo são pontos flutuantes no seu campo visual (moscas volantes), esta é uma queixa muito comum e em geral não tem gravidade, mesmo assim a pessoa deve ser cuidadosamente examinada.
A diminuição da visão e manchas que vão crescendo e borrando s imagens, são os sintomas mais comuns do descolamento da retina. Procure auxílio de um oftalmologista imediatamente. Quando feita em menos de uma semana a cirurgia cura mais de 90% dos casos!
Cirurgia:
- Laser:
Nos casos muito iniciais podemos realizar apenas o bloqueio periférico pelo Laser. O Laser funciona como uma solda orgânica. Ele provoca queimaduras na retina e nos tecido adjacentes que quando cicatrizam se aderem uns aos outros.
- Pneumo-retinopexia:
Os descolamentos em fase inicial podem ser tratados injetando-se uma bolha de gás que expulsa o líquido sub-retiniano e reaplica a retina. O tratamento é complementado com aplicações de Laser ou tratamento com o crio cautério.
- Retinopexia (Cirurgia Convencional)
A técnica mais comum de operar o descolamento da retina é chamada de retinopexia com introflexão escleral. Fixamos ao redor do olho, sob os músculos, uma estrutura de apoio (chamada cientificamente de órtese), feita de silicone sólido (se assemelha a um pneu) para calçar a retina e criamos uma forte adesão usando o crio cautério.
- Vitrectomia
As cirurgias de vitrectomia estão reservadas para os casos mais difíceis.
Fazemos três pequenas incisões no olho para trabalhar dentro do olho com micro-instrumentos.
Quando realizamos a vitrectomia podemos precisar da ajuda de um líquido pesado para expulsar o líquido sub-retiniano, o perfluoroctano.
Às vezes é necessário preencher o olho com óleo de silicone ou gazes de longa permanência (SF6 ou C3F8) para manter a retina colada.
O gás intra-ocular - e também o óleo de silicone - tendem a flutuar dentro do olho. Usamos essa característica física dos elementos para empurrar a retina para o seu lugar. Após a cirurgia o médico indicará qual a melhor posição de cabeça para obtermos o maior contato das bolhas de gás, ou óleo, com os defeitos da retina.
Os gazes são absorvidos naturalmente. O óleo de silicone poderá exigir a sua remoção cirúrgica.
Prognóstico
Com as modernas técnicas de cirurgia conseguimos reaplicar a retina em quase 90% dos casos.
Às vezes são necessárias várias cirurgias. Os primeiros 40 dias são cruciais. Siga rigorosamente a orientação do seu médico. O repouso e manutenção das posições de cabeça indicada fazem parte do tratamento. Mesmo com o pronto tratamento e retorno da retina a sua posição, costuma haver perda, ao menos parcial, da visão do olho afetado. O pronto atendimento favorece a melhor recuperação.
Anestesia
Anestesia é local. o paciente é levemente sedado, para que fique tranqüilo e colabore durante o procedimento.
Complicações:
Mesmo com todos os cuidados e preparativos, tanto antes como durante a cirurgia, são possíveis ocorrências inesperadas. Elas podem ser imediatas ou tardias, que serão manipuladas pelo cirurgião e sua equipe com a melhor diligência, mas não podem ser ignoradas, e as citamos a seguir:
• Hematomas – podem ser: retro-ocular (atrás do olho) das pálpebras ou da conjuntiva (mucosa que recobre o olho). Embora não costumem ter gravidade podem comprometer a aparência do olho nos primeiros dias.
• Hemorragia sub-retiniana – Caso ocorram sob a região central da retina (sub-maculares) podem limitar a visão enquanto são absorvidas.
• Deslocamento (luxação) da lente intra-ocular (em pacientes previamente operdados de catarata)– a LIO precisará ser re-posicionada no centro cirúrgico
• Edema da retina (edema macular cistóide) – podem ocorrer no pós operatório imediato ou até 30 dias apos a cirurgia. Será necessários exames para o seu diagnóstico e tratamento com colírios e comprimidos.
• Edema da córnea (ceratopatia bolhosa) – a córnea depende de uma camada de células chamada endotélio para sua transparência. Durante a cirurgia usamos visco-elásticos de alta qualidade para proteção da córnea. Mesmo com os devidos cuidados algumas córneas poderão perder de maneira definitiva a sua transparência, exigindo o uso crônico de colírios e em último caso o transplante de córnea.
• Descolamento da coróide – a coróide é um tecido vascular que dá sustentação a retina, em quadros inflamatórios oculares ele pode encher-se de plasma. O tratamento é com colírios e comprimidos. Poderá exigir drenagem cirúrgica em raras ocasiões.
• Hemorragia supra-coroideana (hemorragia expulsiva) – é muito rara, é mais freqüente em pacientes que associam hipertensão arterial, hipertensão ocular, idade avançadas e alterações do ritmo cardíaco. É ainda mais rara na faco-emulsificação, quando comparada com outras técnicas.
• Infecção (endoftalmite) – é rara, mas temível. Exigirá o uso de antibióticos na forma de colírios e comprimidos. Algumas vezes será necessário uso de medicação injetável. Alguns pacientes exigirão nova cirurgia para remoção do material infectado.
As ocorrências listadas acima, mesmo resolvidas com sucesso, podem causar algum grau de restrição visual e até mesmo a perda da visão.
Tire suas dúvida sobre o procedimento antes da realização da cirurgia. Qualquer dúvida no pós operatório deve ser levada ao seu médico.
FONTE: www.sdoftalmologia.com.br/cirurgia_retina.asp
Automedicação responsável
Por: Mário Beja Santos
A automedicação aparece associada a sintomas e em caso algum pode decorrer de um diagnóstico médico.
O aconselhamento por profissional de saúde tem a ver com os riscos de segurança e efectividade dos medicamentos. Seja qual for o medicamento, exigindo ou não receita médica para ser dispensado, tem sempre efeitos secundários e interacções e está totalmente desaconselhada a sua banalização.
A prática da automedicação não deve de ultrapassar um escasso número de dias, está desaconselhada a grávidas, mães que amamentam, crianças e idosos vulneráveis. Entende-se que a automedicação responsável contribuirá para a consciencialização dos autocuidados em saúde, evitará consultas inúteis aos serviços de saúde sobrecarregados e pressupõe a toma de medicamentos não sujeitos a receita médica, assim classificados tendo em conta a avaliação da sua segurança.
Os medicamentos que aparecem como alvos principais da automedicação estão destinados a combater dores ligeiras e estados febris moderados, os destinados à tosse e resfriados, estados gripais, os que se aplicam a certas perturbações digestivas (prisão de ventre, diarreia, ardor no estômago...), às fadigas passageiras (vitaminas e tónicos), rinites alérgicas sazonais (diagnosticadas pelo médico), aftas, hemorróidas, queimaduras solares, verrugas, problemas cutâneos moderados, entre outros. De acordo com o despacho acima referido, a lista de situações é muitíssimo maior, abarcando os sistemas digestivo, respiratório, cutâneo, nervoso/psique, muscular/ósseo, geral, ocular, ginecológico e vascular.
As limitações da automedicação
Não há medicamentos inofensivos, tomar medicamentos envolve sempre um risco. Recorde-se que os medicamentos só devem ser tomados quando há uma real necessidade, ou seja, quando o médico os prescreve após a avaliação do estado do doente ou quando o farmacêutico os recomenda para alívio de um mal-estar ocasional.
Há públicos mais vulneráveis que outros às interacções dos medicamentos. Foi dito acima que as crianças, as grávidas, as mães que amamentam e os idosos não podem praticar automedicação.
E por razões compreensíveis: nos bebés e crianças, um erro na dosagem poderá criar lesões irreversíveis ou ser mesmo fatal; as grávidas sabem que só devem tomar medicamentos sob estrita vigilância médica pois os medicamentos podem prejudicar o normal desenvolvimento do seu bebé (a simples toma de complexos vitamínicos não se deve fazer em regime de automedicação, por exemplo uma dosagem elevada de vitamina
Valorizar o aconselhamento farmacêutico
Compete ao farmacêutico transmitir ao doente os benefícios sobre uma automedicação segura e responsável, ajudando-o a distinguir o que é uma doença sem gravidade, e como deve de ser tratada, das manifestações que requerem prontamente de uma consulta médica.
É a qualidade da informação prestada pelo farmacêutico que poderá levar o doente a cumprir disciplinadamente o tratamento que lhe é proposto. Este aconselhamento deverá processar-se, tanto quanto possível, respeitando a privacidade do doente. O espaço confidencial tem exactamente esse objectivo.
Este aconselhamento consolida a confiança que deve ter na automedicação, estreita o diálogo entre o paciente e o farmacêutico, facilitando ao profissional de saúde saber mais sobre os antecedentes e a origem do mal-estar, qual a sua duração, em que condições julga o doente que se agravou o seu problema, que medicamentos já foram eventualmente tomados e se há outros sintomas que lhe estejam associados.
Este aconselhamento e a disponibilidade do doente para prestar informações e do farmacêutico para dar o devido aconselhamento, constituem uma responsabilidade partilhada que pode assegurar ao doente o tratamento com efectividade e segurança, permitindo até completar a informação que vem no folheto que acompanha obrigatoriamente o medicamento.
Questões da escolha e segurança
Medicamentos não prescritos são todos aqueles que podem ser comprados sem receita médica e que se destinam exclusivamente a aliviar sintomas ligeiros. A dispensa com conselho é tão importante que acaba por definir a confiança que temos com o nosso farmacêutico.
É que a escolha do medicamento tem obrigatoriamente que se fundamentar:
• Nas características gerais dos sintomas (ex.: tipo de tosse; existência ou não de expectoração; características desta);
• Com a idade do doente (criança, adulto, idoso);
• Com o estado fisiológico (gravidez, amamentação...);
• Com doenças concomitantes (hipertensão, diabetes, asma,...);
• Com medicamentos prescritos para doenças continuadas...;
• Sensibilidades individuais (alergias, intolerâncias gástricas);
• Com hábitos e estilos de vida (ingestão de bebidas alcoólicas, necessidade de condução automóvel, utilização de maquinaria de precisão, etc.);
• Reacções adversas ocorridas (diarreia, dores de estômago, sonolência exagerada, prisão de ventre).
Nota: Este artigo é inteira responsabilidade do autor Mário Beja Santos.
Novas medidas para venda de antibióticos. Resistência das bactérias aos antibióticos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem feito alertas constantes sobre o uso indiscriminado de medicamentos. Sobre esse assunto, nesta quarta-feira, 24/03/10, foi a vez de debater as medidas para o controle de vendas dos antibióticos.
O comércio de antibióticos movimentou, somente no Brasil, 1,6 bilhões de reais no ano passado.
E não é porque muitas pessoas ficaram doentes, mas é uma realidade que reflete dados de um problema mundial, onde mais de 50% das prescrições de antibióticos foram inadequadas e a utilização de antibióticos virou moda, solução rápida de um dia para mais de 50% de pessoas. E a utilização por três dias, ou menos, virou costume de 90% dos pacientes.
A Anvisa quer seguir a lei para melhorar a utilização dos remédios de tarja vermelha.
"Existe uma lei em que medicamentos, seja antibióticos ou quaisquer outros, que tenham a tarja vemelha, necessitam de receita médica. a forma de fazer o cumprimento e a fiscalização desse instrumento é aproveitar a experiência, que nós já temos há três anos, que é a inclusão no sistema de controle de medicamentos psicotrópicos, por exemplo", explica o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello.
O que foi apresentado e debatido na Anvisa ainda passará por uma consulta pública. Se for aprovada, a implantação do novo controle de vendas de antibióticos só valerá, na prática mesmo, em setembro de 2010.
Com as seguintes mudanças:
- Exigência de receita de controle especial em duas vias;
- Apresentação e retenção de uma via da receita no ato da compra do antibiótico;
- O rótulo do remédio e a bula devem apresentar a frase: "Venda sob prescrição médica - só pode ser vendido com retenção de receita";
- E o controle eletrônico da entrada e saída de antibióticos nas farmácias e drogarias.
Anvisa
Como são utilizados os antibióticos?
Os antibióticos são usados em medicina humana e veterinária para tratar doenças causadas por bactérias e, nalguns casos, para prevenir infecções bacterianas (por exemplo: antes de intervenções cirúrgicas). São ainda usados como promotores de crescimento em animais que fazem parte da cadeia alimentar e como pesticidas para controlar infecções bacterianas em campos de cultivo, nomeadamente de cereais.
Que antibióticos existem?
Há centenas de antibióticos, alguns dos quais são apenas utilizados a nível hospitalar, estando a maior parte incluídos em oito grandes grupos. São classificados de acordo com a sua estrutura química de base. Os constituintes de cada grupo de antibióticos surge da adição ou substituição de radicais à estrutura base, com o objectivo de aperfeiçoar as suas propriedades antibacterianas e farmacológicas. Os principais grupos de antibióticos são:
- penicilinas, inibidores de beta-lactamase, cefalosporinas;
- monobactâmicos;
- carbapenemes;
- glicopeptídeos,
- macrólidos e lincosaminas;
- tetraciclinas;
- quinolonas e fluoroquinolonas;
- aminoglicosídeos;
- outros antibacterianos (exemplo: sulfonamidas, cloranfenicol, rifamicinas, linezolide, metronidazol, fosfomicina)
O que é a resistência aos antibióticos?
A resistência aos antibióticos ocorre quando estes perdem a capacidade de controlar o crescimento ou morte bacteriana; ou seja, é a forma que as bactérias encontram para neutralizar o efeito do antibiótico.
Assim, uma bactéria é considerada resistente a determinado antibiótico quando continua a multiplicar-se na presença de níveis terapêuticos desse antibiótico.
Porque é que as bactérias se tornam resistentes aos antibióticos?
Quando uma bactéria é susceptível a determinado antibiótico é destruída por acção do mesmo, no entanto permanecem as bactérias resistentes, então as únicas a proliferar. Assim, estas bactérias resistentes permanecerão no local de infecção e tornam-se predominantes após acção sucessiva de antibiótico (pressão de selecção).
O principal factor favorecedor da resistência aos antibióticos, e que se relaciona directamente com os nossos hábitos terapêuticos, do qual temos que tomar consciência, é a pressão de selecção exercida pelo uso intensivo, muitas vezes excessivo, da antibioterapia. Os antibióticos, por vezes, são vendidos sem prescrição médica e, frequentemente, os doentes tomam antibióticos desnecessariamente, nomeadamente para tratamento de doenças virais (gripe).
O perigo da utilização intensiva de antibióticos ultrapassa, muitas vezes, o domínio médico, pois estes são também largamente utilizados na criação de gado, piscicultura, indústria alimentar, etc.
Como é que as bactérias se tornam resistentes aos antibióticos?
Há bactérias que são naturalmente resistentes aos antibióticos, pois adaptaram-se para sobreviver na sua presença, desenvolvendo os mecanismos necessários para tal.
Os mecanismos de resistência são hereditários, isto é, uma bactéria transmite à sua descendência a resistência aos antibióticos; mas pode ainda transmiti-lo às bactérias circundantes que coabitam com a bactéria resistente. É desta forma que as bactérias que vivem no corpo humano sem nos causar problemas (comensais) se tornam resistentes.
Um problema que existe é que os antibióticos não diferenciam entre as bactérias que coabitam connosco (comensais) e as bactérias agressivas (as patogénicas, que causam as infecções). As bactérias patogénicas podem já ser resistentes aos antibióticos quando entram no nosso organismo. Como as bactérias comensais não podem defender-se, quando tomamos inutilmente um antibiótico este pode eliminá-las, embora sejam necessárias ao nosso organismo.
A resistência pode surgir por aquisição de mutações espontâneas (devido à modificação da informação genética "endógena") ou por aquisição de material genético de outras bactérias (“exógeno"). Neste último caso, pode haver transferência (disseminação) de material genético, por simples conjugação, com outra bactéria - nomeadamente dos genes que codificam para a resistência aos antibióticos - o qual se pode encontrar em elementos genéticos móveis (plasmídeos e transposões). Este material genético também pode ser transferido (disseminado) para outra bactéria através dos vírus das bactérias (os bacteriófagos).
Porque é que as bactérias resistentes se tornaram cada vez mais numerosas?
Como a resistência aos antibióticos se transmite à descendência, as bactérias comensais resistentes ao multiplicarem-se ocupam os lugares deixados livres pelas susceptíveis, que vão sendo destruídas pelo antibiótico; assim, predominarão as bactérias resistentes. Quando nós tomamos antibióticos com (muita) frequência iremos, cada vez mais, manter bactérias resistentes a esse antibiótico no nosso organismo.
Como as bactérias resistentes podem ser transmitidas a outros indivíduos, quem nunca tomou antibiótico também poderá estar incluído. Assim, o uso de antibióticos e a resistência podem eventualmente afectar uma comunidade inteira.
A utilização indevida de antibióticos favorece portanto a propagação de bactérias resistentes.
A resistência aos antibióticos e o homem
A resistência aos antibióticos constitui um problema para o meio ambiente?
Quando o homem ou os animais tomam antibióticos, cerca de 80-90% do antibiótico ingerido não é degradado e é expelido ainda intacto para meio ambiente (como resíduo); aí (no solo ou na água) retêm a sua capacidade para actuar nas bactérias e promover resistências, como produtos residuais.
Qual o problema médico da resistência aos antibióticos?
Os antibióticos fazem parte do grupo de “drogas” que curam doenças; neste caso especifico doenças infecciosas. Muito do progresso da medicina (como cirurgia avançada, transplantes de órgãos, etc.) tem sido possível utilizando os antibióticos como profilácticos.
O perigo do retorno à “era pré-antibiótica” começa a ser uma verdadeira ameaça porquanto, bactérias resistentes emergentes (enterococos) ou re-emergentes (Mycobacterium) e “novas” bactérias (como as implicadas na doença do Legionário, úlceras gástricas, doença de Lyme, sindroma do choque tóxico) vão surgindo. Actualmente foram já isoladas bactérias resistentes a todos os antibióticos disponíveis (estafilococos).
Novos antibióticos serão eventualmente necessários, particularmente considerando que não foram introduzidas novas classes de antibióticos nos últimos anos, apesar da investigação da indústria farmacêutica.
As infecções bacterianas são mais difíceis de tratar e dispendiosas quando as bactérias são resistentes aos antibióticos, pois serão necessárias mais consultas médicas, por vezes hospitalização (nomeadamente por períodos prolongados), utilização de antibióticos mais caros e a ausência ao trabalho; contribui ainda para o aumento das taxas de mortalidade.
A resistência aos antibióticos pode considerar-se um problema no futuro?
A resistência aos antibióticos é hoje uma realidade em todo o mundo e constitui um problema sério no tratamento das doenças infecciosas. Ainda que não se conheça a grandeza deste problema, estima-se que, a nível mundial, o custo do tratamento de infecções causadas por bactérias com resistência aos antibióticos é de muitos biliões de dólares por ano.
Alguns cientistas profetizam que a resistência aos antibióticos está a aumentar muito mais rapidamente do que é possível controlar e que o futuro será o de um cenário semelhante ao da “era pré-antibiótica”. Outros cientistas, mais optimistas, acreditam que a investigação e a utilização cuidadosa dos antibióticos pode reverter esta tendência, desde que sejam feitos esforços a nível mundial para reconhecer e controlar este problema.
O que se pode fazer para evitar a resistência aos antibióticos
Como podemos contribuir individualmente para evitar a resistência aos antibióticos?
Tomar antibióticos apenas quando é necessário.
Uma boa higiene é também fundamental:
Lavar as mãos com frequência utilizando água e sabão (“o melhor desinfectante”): previne a doença e, portanto, o uso de antibióticos;
Cozinhar bem os alimentos e ter cuidados de higiene na sua confecção: previne as toxi-infecções alimentares, e, portanto, o uso de antibióticos.
Existem regras para a utilização dos antibióticos?
Algumas instituições, como por exemplo hospitais, têm comissões sobre “política de antibióticos” que estabelecem regras rígidas no seu consumo. Estas regras asseguram o uso racional dos antibióticos, tentando evitar ao máximo os problemas de resistência.
A política de antibióticos é variável de país para país. Por exemplo, nalguns países, os antibióticos podem ser vendidos sem receita médica, enquanto noutros não é permitido (embora, por vezes, não seja cumprido).
Em pecuária são utilizados antibióticos (em baixas quantidades) como promotores de crescimento. Quando estes produtos entram na cadeia alimentar podem representar uma fracção importante do total de antibióticos consumido pela população. Os antibióticos que podem ser usados na pecuária estão regulamentados, com o objectivo de preservar os antibióticos que são mais eficazes para o tratamento de doenças no homem.
Existem acções internacionais para contornar o problema da resistência aos antibióticos?
Dado aos níveis elevados de bactérias resistentes em todo o mundo várias têm sido as intervenções nomeadamente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Comissão Europeia. Globalmente, a limitação do uso de antibióticos ou mesmo o seu acesso fácil, a melhoria do saneamento básico, a utilização de água potável para todos, o desenvolvimento de vacinas que possam proteger populações mais vulneráveis, o controlo das bactérias multirresistentes a nível hospitalar e da comunidade e a redução do uso de antibióticos na pecuária e agricultura.
Poderemos preservar a eficácia dos antibióticos actualmente existentes?
Para preservar a potencialidade dos antibióticos actualmente existentes, deve ser diminuída a sua utilização. Os médicos, farmacêuticos e a população em geral devem evitar a utilização intensiva e abusiva destes valiosos medicamentos. A prescrição, dosagem e duração de tratamento de antibiótico no homem são de particular importância, bem como o uso controlado de antibióticos em pecuária e na agricultura, para se evitar a eliminação das bactérias benéficas conjuntamente com a bactéria causadora da doença no homem.
Podem ser desenvolvidos novos antibióticos?
As epidemias de bactérias resistentes incrementaram o interesse pela descoberta de novos antibióticos. Contudo, o processo de produção de um novo antibiótico é longo e dispendioso, sendo necessário cerca de 10 anos e muitos milhões de dólares até que um antibiótico seja colocado no mercado. Muitos dos esforços que têm sido efectuados para descobrir novos antibióticos em microrganismos do solo, resultam em compostos iguais ou muito semelhantes aos já existentes e, deste modo, a sua utilização massiva iria conduzir à emergência de resistência num período muito curto. Não obstante, os cientistas continuam as suas pesquisas na descoberta de novos antibióticos pesquisando outras fontes menos usuais, como o subsolo, a pele de sapos e certos insectos.
Pode-se dominar a resistência aos antibióticos?
Uma das abordagens dos cientistas para combater a resistência aos antibióticos é reforçar a acção dos antibióticos existentes, modificando-os.
Em alternativa, já são utilizadas moléculas “isco” que fazem com que enzimas produzidos pelas bactérias resistentes se liguem a esse “isco”, ficando o antibiótico livre para destruir a bactéria. Um exemplo destas moléculas, que “fintam” as enzimas, é o ácido clavulânico; este bloqueia as enzimas, denominadas beta-lactamases, que destroem os antibióticos da família da penicilina.
Uma outra alternativa para resolver este problema da resistência aos antibióticos é o de interferir mais com os mecanismos que são responsáveis pela resistência, do com a destruição da bactéria. Por exemplo, interferindo na transferência do material genético de uma bactéria para outra, poder-se-ia eliminar a transferência de genes de resistência entre bactérias.
Não a automedicação
Anvisa regulamenta o uso de plantas medicinais
As receitas medicinais que passam de geração em geração foram reconhecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A Anvisa publicou uma regulamentação para o uso da fitoterapia com o objetivo de difundir a prática que já é conhecida de avós e bisavós. A medida faz parte da RDC 10 e busca esclarecer quando e como as drogas vegetais devem ser usadas para se alcançar efeitos benéficos.
— O alho é um famoso expectorante e muita gente tem o hábito de usá-lo com água fervente. No entanto, para aproveitar melhor as propriedades terapêuticas, o ideal é deixá-lo descansar em água à temperatura ambiente — explica a coordenadora de fitoterápicos da Anvisa, Ana Cecília Carvalho.
Forma de preparo é fundamental
Inaladas, ingeridas, usadas em gargarejos ou em banhos de assento, as drogas vegetais têm formas específicas de uso e a ação terapêutica é totalmente influenciada pela forma de preparo. Algumas possuem substâncias que se degradam em altas temperaturas e devem ser maceradas.
Cascas, raízes, caules, sementes e alguns tipos de folhas devem ser preparados em água quente. Já frutos, flores e grande parte das folhas, por meio de infusão, caso em que se joga água fervente sobre o produto, tampando e aguardando um tempo determinado para a ingestão.
Outra novidade da resolução diz respeito à segurança: a partir de agora, as empresas vão precisar notificar a Anvisa sobre a fabricação, importação e comercialização dessas drogas vegetais no mínimo de cinco em cinco anos.
Os benefícios das chamadas “drogas vegetais” passam de geração em geração. Quase todo mundo já ouviu falar de alguma planta, folha, casca, raiz ou flor que ajuda a aliviar os sintomas de um resfriado ou mal-estar.
Unindo ciência e tradição, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer popularizar esse conhecimento, esclarecendo quando e como as drogas vegetais devem ser usadas para se alcançar efeitos benéficos. A medida faz parte da RDC 10, publicada nesta quarta-feira.
“O alho é um famoso expectorante e muita gente tem o hábito de usá-lo com água fervente. No entanto, para aproveitar melhor as propriedades terapêuticas, o ideal é deixá-lo macerar, ou seja, descansar em água à temperatura ambiente”, explica a coordenadora de fitoterápicos da Anvisa, Ana Cecília Carvalho.
Inaladas, ingeridas, usadas em gargarejos ou em banhos de assento, as drogas vegetais têm formas específicas de uso e a ação terapêutica é totalmente influenciada pela forma de preparo. Algumas possuem substâncias que se degradam em altas temperaturas e por isso devem ser maceradas. Já as cascas, raízes, caules, sementes e alguns tipos de folhas devem ser preparados em água quente. Frutos, flores e grande parte das folhas devem ser preparadas por meio de infusão, caso em que se joga água fervente sobre o produto, tampando e aguardando um tempo determinado para a ingestão.
Outra novidade da resolução diz respeito à segurança: a partir de agora as empresas vão precisar notificar (informar) à Agência sobre a fabricação, importação e comercialização dessas drogas vegetais no mínimo de cinco em cinco anos. Os produtos também vão passar por testes que garantam que eles estão livres de microrganismos como bactérias e sujidades, além da qualidade e da identidade.
Além disso, os locais de produção deverão cumprir as Boas Práticas de Fabricação, para evitar que ocorra, por exemplo, contaminação durante o processo que vai da coleta, na natureza, até a embalagem para venda. As embalagens dos produtos deverão conter, dentre outras informações, o nome, CNPJ e endereço do fabricante, número do lote, datas de fabricação e validade, alegações terapêuticas comprovadas com base no uso tradicional, precauções e contra indicações de uso, além de advertências específicas para cada caso.
Drogas vegetais e fitoterápicos
As drogas vegetais não podem ser confundidas com os medicamentos fitoterápicos. Ambos são obtidos de plantas medicinais, porém elaborados de forma diferenciada. Enquanto as drogas vegetais são constituídas da planta seca, inteira ou rasurada (partida em pedaços menores) utilizadas na preparação dos populares “chás”, os medicamentos fitoterápicos são produtos tecnicamente mais elaborados, apresentados na forma final de uso (comprimidos, cápsulas e xaropes).
Todas as drogas vegetais aprovadas na norma são para o alívio de sintomas de doenças de baixa gravidade, porém, devem ser rigorosamente seguidos os cuidados apresentados na embalagem desses produtos, de modo que o uso seja correto e não leve a problemas de saúde, como reações adversas ou mesmo toxicidade.
Boldo, carqueja, malva e noz- de- cola são alguns exemplos de plantas medicinais que terão regras de controle de qualidade atualizadas pela Farmacopéia Brasileira. o controle da qualidade de 22 plantas medicinais e respectivos derivados usados na fabricação de medicamentos no Brasil.
Além das plantas medicinais, a Anvisa também publicou a revisão dos padrões de qualidade de 38 matérias primas e 48 especialidades farmacêuticas totalizando mais 86 monografias atualizadas. “Estamos garantindo a segurança de uso de substâncias amplamente utilizadas em medicamentos comercializados no país, como, por exemplo, o paracetamol e a amoxicilina ”, afirma Luiz Armando Erthal, diretor ajunto da Anvisa.
Anvisa
Portal Farmaceutico
DIETAS E O EFEITO SANFONA
Efeito sanfona é o ato de engordar e emagrecer repetidas vezes. Esse efeito normalmente acontece após dietas muito restritivas, pois a pessoa não agüenta manter por muito tempo essa alimentação e volta a comer em excesso, voltando de novo ao peso indesejado.
Muitas pessoas passam a vida inteira tentando emagrecer, ou seja, sonham com um corpo escultural e fazem milhões de dietas para conseguir o seu objetivo. Só que muitas vezes não pensam na saúde, pagando qualquer preço para ter apenas um corpo bonito.
Isso porque a pessoa não muda seus hábitos alimentares inadequados e acaba retornando ao seu peso. Após tantas oscilações de peso, o organismo acaba criando maior resistência a emagrecer e manter o peso desejado se torna cada vez mais difícil.
Para que isso não aconteça, é preciso incorporar certos hábitos alimentares porque ninguém consegue passar a vida inteira fazendo dietas, comendo só sopas, só frutas ou tomando medicamentos.
Mas por que ocorre o efeito sanfona?
As nossas células de gordura são formadas ainda na infância e quando se come muito e de forma desequilibrada, estas células incham, se dividem e aumentam. Essas células não são perdidas quando engordamos, elas permanecem no nosso corpo.
O cérebro interpreta a eliminação de peso como uma ameaça à integridade do organismo e “queima” menos calorias, ou seja, o metabolismo se torna mais lento. É uma forma de preservação, para que o peso perdido possa voltar. É assim que ocorre o efeito sanfona.
Como o cérebro tende a manter o maior peso adquirido é preciso manter o mesmo peso por um tempo relevante para que o organismo se adapte a esse novo peso.
As pessoas devem se conscientizar que estar acima do peso é um problema sério e que deve ser tratado de forma equilibrada e consciente, respeitando o corpo e suas necessidades.
O efeito sanfona também causa sérios riscos à saúde. Como o enfraquecimento do sistema imunológico, doenças coronarianas, hipertensão, colesterol elevado e outras dislipidemias.
Para sair do efeito sanfona é importante deixar as dietas de lado e manter uma alimentação equilibrada para o resto da vida. As vantagens são inúmeras, desde que você mantenha a nutrição adequada das células, para que exerçam suas funções corretamente.
Tenha bons hábitos alimentares e pratique atividade física regularmente. Assim, você mantém o peso desejado por toda a vida.
Por Milena Lima
Um estudo realizado nos Estados Unidos demonstrou que a perda de 10% ou mais do peso corporal provoca uma mudança importante no organismo. Quando se emagrece, ocorre uma queda nos níveis de leptina no sangue, o que prejudica a produção de enzimas e hormônios. Essa baixa interfere em diversas reações comandadas pelo sistema nervoso central, acarretando uma espécie de desequilíbrio no organismo.
Com a interpretação de que algo errado está acontecendo, automaticamente, o corpo diminui até 30% do seu gasto calórico, como forma de autoproteção.Essa pesquisa mostra que, depois da redução do peso, a pessoa fica com o metabolismo mais lento, o que dificulta manter o valor atingido.
Esse e outros estudos avaliam os motivos pelos quais é tão complicado não engordar novamente quando o regime acaba. Enquanto os norte-americanos que realizaram esta pesquisa não desenvolvem um tratamento que possa controlar esse desequilíbrio, é preciso tomar alguns outros cuidados para evitar o efeito sanfona. (Evite o efeito sanfona com a reeducação alimentar.
Diga adeus ao efeito sanfona
Para se perder de vez os quilos que tanto incomoda é preciso adotar hábitos nada convencionais, já que estes nunca funcionaram. Tanto alimentares como de costumes. Boas dicas que nunca falham se seguidas a rigor são:
Tenha certeza que quer perder peso: se quer entra naquela calça 38/40, sentir-se mais atraente fixe-se no objetivo e cada vez que pensar em cair em tentação lembre-se dele;
Leve seu projeto à sério: aprenda a comer melhor e moderadamente, faça exercícios e combata a ansiedade que é o que faz comer compulsivamente. Tome ansioliticos naturais;
Não espere soluções imediatas: primeiro corte um doce, depois troque carnes e frituras por grelhados. Por certo o corpo se adaptará devagar;
Não se iluda com mudanças radicais de cardápios: um menu especial até funciona, mas requer o dobro de sacrifício, mas quando volta a comer normalmente as chances de recuperar o peso antigo é muito grande. Opte então pela reeducação alimentar com itens que já fazem parte de seu cardápio;
Se não conseguir emagrecer só, peça ajuda: apoio sempre é bom. Peça orientação de um nutricionista ou siga um programa de reeducação alimentar, pelo menos no início.
A nutricionista Daniela Silveira dá algumas dicas para você conseguir manter o peso de forma prática e saudável:
1- Saiba distinguir sua massa corporal
"Quando se perde muito peso, além da gordura, perde-se também massa muscular", afirma Daniela. Por esse motivo, é importante saber o que é massa gorda e o que é massa magra na constituição corporal, para não ter a falsa ilusão de estar mais gordo ou mais magro.
2- Controle a porcentagem do seu peso
Com as particularidades de cada caso, em geral, é indicado que a pessoa não perca mais de 10% do seu peso ao mês, para que o regime não seja descontrolado.
3- Não faça dietas milagrosas
Evite fazer regimes muito restritos ou monótonos. Segundo a nutricionista, depois que o peso ideal é atingido, geralmente a pessoa volta a comer, sem controle, tudo o que não comeu durante a dieta.
4- Encare o regime como reeducação alimentar
É essencial transformar o regime em uma reeducação alimentar integrada com atividade física. Assim, depois que ele acabar, a pessoa terá aprendido a comer, sem pular refeições e ainda terá prazer em praticar exercícios.
5- Não tome remédios sem recomendação
Só tome remédio se for indicado por um profissional. "O medicamento serve para diminuir a fome do paciente e, se ele não faz a dieta conforme orientação, quando pára de tomar o remédio volta a ter fome normal e engorda tudo de novo" finaliza a nutricionista.
Vale lembrar que antes de resolver fazer um regime, é importante ter o acompanhamento de um profissional.
O que você realmente faz para emagrecer? Procurar jeitos milagrosos não resolve o problema. A melhor forma de perder peso definitivamente é por meio de de uma alimentação balanceada.
Dietas milagrosas provocam efeito sanfona
Sanfona ou ioiô é o efeito produzido em pessoas que perdem e ganham peso com dietas em um curto espaço de tempo. Associada ou não a atividade física e a medicamentos, os nutricionistas consideram que o efeito trata-se de um ciclismo de peso freqüente na sociedade urbana moderna. Segundo a nutricionista Janaína Valéria o efeito pode inclusive levar a pessoa a obesidade. “O efeito provoca um aumento tanto na quantidade quanto o tamanho das células adiposas, que são as células de gordura”, informa.
O sonho de emagrecer em busca do corpo escultural faz com que muitas pessoas passem a vida inteira fazendo milhões de dietas para conseguir seu objetivo. No entanto a maioria muda a alimentação por conta própria, sem orientação nutricional. E é por não se preocuparem com a saúde que muitas vezes pagam um preço caro para ter um corpo bonito.
A estudante Andressa Pires conta que para perder peso se arriscava em dietas conhecidas como milagrosas. “Eu já tentei vários tipos de dietas. A última que fiz era a base de sopas, mas sempre voltava a engordar. Eu enjoava da dieta e a minha fome aumentava, aí eu comia tudo em dobro”, conta a estudante.
Hoje na mídia existem diversos tipos de dietas que garantem a todo custo o corpo perfeito. Dieta da lua, da sopa, das proteínas, além de medicamento que auxiliam nesta conquista como laxantes e diuréticos.
De acordo com a nutricionista Janaina Valéria estas dietas fazem com que o individuo não resista as tentações do paladar.
“As pessoas geralmente procuram meios mais rápidos para emagrecer, ou seja, com dietas restritivas ao invés de mudança para um hábito alimentar saudável.
Durante esse período de restrição o organismo lança mão de defesas, pois para ele esse período indica que vai morrer de fome, para que isso não acabe em morte, o cérebro manda avisos para que haja um consumo maior de alimentos. Por isso as pessoas tendem a ganhar peso novamente”, explica a nutricionista.
Estudo publicado em 2007 no “American Journal of Epidemiology” apresentou relação entre os riscos de câncer renal ao efeito sanfona em mulheres na pós-menopausa. A nutricionista Janaína Valéria afirma que existem estudos recentes que relacionam o efeito a outros riscos para a saúde. “Em virtude da mudança fisiológica e no metabolismo rapidamente, estudos tem demonstrado que há redução no sistema imunológico, levando a problemas relacionados a doenças coronarianas, hipertensão, colesterol elevado, e ou triglicérides”.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DE UMA INSPEÇÃO SANITÁRIA DE MEDICAMENTOS
Características Gerais de uma Inspeção para obtenção de Certificado de Boas Práticas de Produção Farmacêutica
Antonio Celso da Costa Brandão
Inspeção: É uma atividade para avaliar, vigiar ou supervisionar, se um processo, um produto ou serviço cumpre com os requisitos de qualidade.
Componentes de uma Inspeção:
• Interpretação dos requisitos da qualidade.
• Amostragem deve ser determinada em relação a quantidade de amostra a ser retirada, o ponto ou etapa do processo no qual deve ser efetuada.
• Exame compreende a verificação, a determinação de medidas, a observação etc.
• Decisão consiste em determinar se as características de qualidades estão definidas e que estão sendo cumpridas.
• Ação é uma atitude posterior a decisão, e é caracterizada pelo o que fazer com o produto ou o processo inspecionado : por ex. aprovar, reprovar, selecionar, voltar a inspecionar ou destruir a ação ainda inclui o relatório dos dados obtidos e a decisão de que fazer com o processo de fabricação, como por ex, parar, tornar a preparar, mudar de equipamento.
Planejamento de uma inspeção compreende as seguintes atividades:
• Profissional indicado para realizar a inspeção, deverá conhecer todas as fases de um processo de fabricação de um lote.
• A seleção da inspeção para as diferentes etapas do fluxo de produção.
• Procedimentos escritos e detalhados das operações de inspeção.
• O projeto dos locais de trabalho para a inspeção.
• As características a inspecionar e a classificação dos desvios.
• A classificação dos desvios.
• Normas e procedimentos gerais.
• Tabelas de tolerâncias.
• Tabelas, tipo e frequência de amostragem.
• Normas visuais.
• Legislação específica.
Classificação Tradicional de Defeitos numa Produção:
• defeito crítico- são aqueles que criam condições perigosas ou inseguras para o uso individual ou manutenção do produto.
• defeito maior – é aquele defeito que indica a redução da qualidade de um produto para seu uso ou aceitação pelo cliente.
• defeito menor- é aquele que indica um desvio das especificações, sem reduzir o uso do produto.
• defeituosos – são aqueles que de acordo com os defeitos que possuem classificam-se em : defeituosos críticos. defeituosos maiores e defeituosos menores, um produto defeituoso maior assinala aqueles que possuem defeitos maiores e também poderão ter defeitos menores, mas não, defeitos críticos.
Rota de qualidade numa inspeção:
(pré-fabricação----fabricação-------pós-fabricação)
1- Pré-fabricação:
• recebimento e identificação da matéria-prima.
• quarentena.
• amostragem e análise.
• aprovação ou reprovação.
• armazenamento, amostra de retenção etc
2- Fabricação:
• local para pesagem / medidas.
• fabricação.
• amostragem e análise
• quarentena (granel e produto acabado).
• armazenamento definitivo.
3-Pós-fabricaçâo:
• distribuição e comercialização.
• produtos devolvidos.
• produtos reprovados.
• registro e identificação
• almoxarifado adequado em cada caso.
Ítens imprescindíveis numa inspeção sanitária:
• Razão social da empresa, endereço, telefone cep cgc.
• Farmacêutico responsável técnico presente, prova de inscrição no CRF.
• Autorização de funcionamento pelos órgãos sanitários competentes.
• Autorização de funcionamento da empresa pelo órgãos competentes de localização ambiental e segurança nas instalações.
• Todos produtos comercializados devem ter registro no órgão de vigilância sanitária nacional.
• Para produtos termolábeis é imprescindível uma câmera frigorífica.
• Para produtos inflamáveis e explosivos é imprescindível um local para armazenagem aprovado pelos organismos de segurança competentes.
• Para produtos narcóticos, psicotrópicos ou similares é imprescindível um setor separado trancado e com acesso restrito dentro do almoxarifado.
• No caso de desvio de qualidade, as autoridades competentes devem ser informada imediatamente.
• Para produtos injetáveis a empresa deve possuir um sistema de água, para sua produção compatível com as metodologias estabelecidas pelas farmacopéia européia ou americana (USP).
• Funcionário com enfermidade ou lesão, que podem afetar a qualidade, tem que ser afastado do trabalho.
• Cada produto tem que possuir uma formula padrão, revisada e aprovada por pessoa competente e responsável.
• É imprescindível a apresentação de um processo que seja cópia fiel da fórmula padrão, que assegure a sua exata reprodução.
• É proibido comer nos setores produtivos.
• Na produção de produtos especiais, o laboratório tem que possuir setores completamente isolados para sua fabricação.
• No setor de envaze de um produto que tenha esterilização final, é imprescindível que haja uma área separada específica e que o ar seja filtrado e classificado quanto ao número de partículas.
Principais ítens a serem inspecionados, que devem estar escritos (registrados), afim de que haja uma padronização uniforme das exigências:
• Instalações
• Pessoal.
• Manutenção de prédios e equipamentos.
• Armazenamento de matérias-primas, materiais de embalagens e produtos acabados.
• Produção, controle de processo e planejamento de controle da produção.
• Controle da qualidade.
• Documentação.
• Sanitização e higiene.
• Segurança.
• Programas de validação e revalidação (maquinários e processos).
• Calibração de instrumentos e de sistemas de medidas.
• Procedimento de recolhimento do mercado.
• Gerenciamento de reclamações.
• Controle de rótulos.
• Controle de resíduos.
• Descarte de resíduos e efluentes (controle ambiental).
Fatores Determinantes da Qualidade dos Medicamentos
São determinados pelos cumprimentos das boas práticas de fabricação e sua eficácia terapêutica, preconiza as seguintes características:
Identidade, Pureza, Potência, Uniformidade, Segurança e Biodisponibilidade.
Identidade
É a presença dos ingredientes de acordo com o rótulo.
Pureza
É a ausência de contaminantes: químicos, biológicos, físicos e ainda incluindo outros medicamentos.
Potência
Corresponde à atividade farmacoterapêutica dos ingredientes ativos, que devem estar presentes em quantidades suficientes para exercer sua ação, expressa-se, geralmente em unidades internacionais ( U.I)
Concentração
Expressa o resultado percentual do principio ativo, depois de uma avaliação química ou biológica, o resultado se expressa em p/v; p/p; etc.
Uniformidade da dose
Refere-se à propriedade que tem cada unidade posológica, de um mesmo lote, de distribuir a mesma quantidade do princípio ativo.
Estabilidade
É a propriedade que tem o medicamento de conservar as mesmas características anteriores, durante sua vida útil.
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Evitando fracassos
Um dos segredos do sucesso é a possibilidade de aprender com as próprias ações, principalmente quando elas não foram bem-sucedidas ou tiveram resultados inesperados. Desenvolva um olhar positivo e aprenda a avaliar as suas ações com visão de futuro para diminuir as frustrações e melhorar os seus projetos:
1-Faça um registro diário ou semanal das ações importantes que você protagonizou ou das quais participou. Escreva um breve comentário sobre elas. Isto contribuirá para fixar a experiência na sua memória e, ao mesmo tempo, refletir sobre o que aconteceu.
2-Inclua no seu registro não só as experiências positivas, mas também as negativas, imprevistas ou difíceis. A experiência de vida cresce também com os erros e fracassos, se você estiver disposto a não omiti-los. Não se justifique nem minimize o resultado. Descreva-o com detalhes e objetivamente, e procure tirar proveito do seu olhar.
3-Não acredite que você sabe tudo, nem que não sabe nada. Os dois extremos são irreais. A primeira postura o levará a se fechar em si mesmo, o ser dogmático e pouco flexível. A segunda o desanimará e diminuirá a sua auto-estima. Nos dois casos, você estará limitando as suas possibilidades de crescimento e minando o seu desenvolvimento.
4-Procure o lado positivo das suas ações. Cada vez que fizer uma anotação no seu registro de experiências, acrescente um comentário sobre o aprendizado obtido a partir dessa vivência. Lembre-se de que o aprendizado não depende do sucesso ou fracasso da sua ação. Ele depende, sim, da sua capacidade de aproveitar o experimentado, quando você consegue estabelecer novas relações entre os dados e arriscar novas interpretações da realidade à sua volta.
5-Associe o aprendizado de cada nova experiência com o obtido em alguma experiência anterior. Seja por semelhança ou por contraste. O "aprendizado inteligente" exige que você estabeleça relações coerentes com a sua vida como um todo para agir conseqüentemente.
6-Relacione o ensinamento de cada experiência com os seus projetos futuros e pergunte-se como você pode aproveitá-lo nos planos que está produzindo ou executando. Ajuste o necessário a partir do entendimento da causa de ter fracassado na ação em questão.
7-Não tenha medo dos fracassos e tire o melhor proveito deles. Esquecê-los ou negar que existiram só deixará você predisposto a repeti-los no futuro. Ao contrário, use os erros como uma lição de crescimento.
8-Adote um olhar positivo antes de parar para avaliar as suas ações. Sempre haverá algo para resgatar do que foi vivido. Você só precisa se esforçar para identificá-lo.
9-Acumule experiências na direção dos seus projetos. Não há aprendizado verdadeiro que se dê só pela contemplação. Você deverá fazer o que achar que deve ser feito, mesmo correndo o risco de errar.
Importante
* A soma de pequenas experiências resultará em um salto qualitativo se você viver com o olhar direcionado para a realização dos seus projetos mais importantes.
Antonio Celso da Costa Brandão
Alcançando os objetivos - Determinação
Apóie-se nas suas qualidades para conseguir o que quer. Uma visão positiva de si mesmo é a melhor condição para superar os impedimentos que você se impõe.
2-Amplie os seus conhecimentos e desenvolva as suas habilidades. Sempre haverá situações novas com as quais aprender. Você poderá fazer isso durante a vida toda.
3-Adote uma postura dinâmica, que valorize a mudança e que possa transformar aquilo que você observa. Não aposte no estático, no imutável, pois a vida está em constante transformação.
4-Procure desafios que você considera possíveis de enfrentar, mas que, ao mesmo tempo, exijam certo esforço. Assim você se manterá com uma "energia positiva", que se realimentará a cada objetivo atingido.
5-Nunca diga "eu não consigo". Comece relativizando tudo o que parecer impossível no primeiro momento e mentalmente se repita "eu não posso por enquanto agora". E comece a se preparar para mudar o jogo futuro.
6-Faça todos os dias alguma coisa, por menor que seja, para melhorar as suas possibilidades.
7-Pense com ousadia e sem preconceitos. Crie o mundo que você deseja na sua mente. O sucesso precisa nascer primeiro na sua imaginação.
8-Fortaleça os seus melhores desejos. Pense positivo. Deixe de lado a crítica inútil e o pessimismo.
9-Fortaleça a autocrítica positiva, perguntando-se a partir de uma abordagem otimista: o que eu ganhei, o que eu aprendi, o que eu somei, do que eu me livrei.
Importante
* Você pode apostar em uma mudança brusca e radical, confiando na sorte. Ou apostar na transformação gradual e sustentada, em que você não depende da sorte, mas sim da sua determinação para conquistar o que deseja. Está nas suas mãos escolher o caminho que achar melhor.
Antonio Celso da Costa Brandão
Combatendo o desânimo
O desânimo pode vir de fatores biológicos ou psicológicos, observe seu comportamento e perceba os horários e motivos que te causam desânimo, e tome as providências necessárias.
Se tiver cansaço físico intenso, mau-humor, irritação e sintomas físicos como dores musculares, vale a pena fazer um check-up médico, para verificar se:
1. Não está sofrendo de fadiga (causada pelo estresse)
2. Não está com falta de ferro ou vitaminas, o que causa indisposição
3. Não está com distúrbios do sono
4. Não está com algum tipo de doença simples e dificilmente identificável como candidíase ou outras causadas por fungos e bactérias
Isso porque o desânimo pode ser um reflexo do seu corpo que, por hora, não está 100% para enfrentar a jornada diária.
Se mesmo assim continuar sentindo os sintomas do desânimo, vale a pena procurar ajuda profissional de um psicólogo e tentar buscar a raiz do problema. Ás vezes por diversos fatores sociais, acabamos entrando em empregos, relacionamentos e outras encruzilhadas que, com o passar do tempo, começam a se tornar insuportável. E essa história de "se abrir com uma pessoa próxima" pode tanto ajudar muito quanto atrapalhar de vez. Por isso vale a pena procurar ajuda, enfrentar o problema e, principalmente, combater o desânimo.
Antonio Celso da Costa Brandão
Afastando o pessimismo
Não nascemos pessimistas, mas vamos "aprendendo a ser" à medida que acumulamos frustrações que não podemos assimilar nem processar.
Se você quer ser mais otimista e viver com mais disposição, procure eliminar as suas frustrações colocando em prática estes conselhos.
1-Quando você se sentir pessimista diante de uma situação, pare para refletir. Tente observá-la como se não tivesse nada a ver com você, e escreva pelo menos três aspectos positivos sobre ela.
2-Quando o pessimismo dominar você e não for possível fazer o exercício anterior, em vez de reprimi-lo, exagere até o absurdo as suas idéias negativas. Imagine os "piores cenários". Certamente, depois de alguns minutos exercitando a sua imaginação negativa, você acabará sorrindo diante do quadro apocalíptico criado.
3-Quando reconhecer que acabou de fazer um comentário pessimista, não se assuste nem se castigue. Recorra, novamente, ao seu senso de humor e tente rir da observação feita. Procure compartilhar essa observação com o seu interlocutor.
4-Lembre-se de uma situação em que você foi muito pessimista e observe-a como se fosse um filme protagonizado por atores famosos. Assuma o papel de diretor desse filme e imagine as mudanças necessárias nas cenas e no roteiro para transformá-lo em uma comédia.
5-Exercite a imaginação positiva: diante de uma situação específica de pouco risco, imagine-se bem otimista e defina as mudanças de idéias e comportamentos que você pode adotar.
6-Utilize a sua imaginação de modo dirigido: quando perceber que você está a ponto de enfrentar uma situação tensa ou difícil, antecipe-se criando novos modelos de resposta, imagine como você gostaria de reagir, o que gostaria de dizer e fazer naquele caso.
7-Não procure os culpados pelo seu pessimismo. Mesmo que você os encontre e esteja certo, você só conseguirá ficar mais pessimista.
8-Quando escutar alguém fazer um comentário pessimista, nem critique nem apóie a pessoa. Repasse mentalmente depois a situação e procure os aspectos positivos omitidos por ela.
9-Anote na agenda cada experiência em que conseguir superar o pessimismo. Assim você manterá mais forte na memória a mudança da sua maneira de ver as coisas e facilitará a repetição da atitude no futuro.
Importante
* Se você exercitar diariamente as experiências intencionais de tom positivo, por menores que elas sejam, estará traçando novos "caminhos mentais" cada vez mais distantes do pessimismo.
* Reforce a sua alegria de viver em cada oportunidade de exercer o otimismo.
Antonio Celso da Costa Brandão
Como aumentar o nível de felicidade
Esta é uma lista de atividades que a ciência pesquisou e percebeu que causam um resultado imediato no nível de felicidade.
Por muito tempo a ciência considerou que cada um tinha uma "cota" de felicidade natural, mas pesquisas em psicologia vem demonstrando que a felicidade pode ser adquirida. Voce pode intencional e voluntariamente criar mais felicidade.
Você precisa de
Separar um tempo para escolher e colocar em prática ao menos uma dica por dia.
Passos
1- Induza sentimentos de felicidade exercendo influência direta sobre o corpo
Eleve os cantos da boca e sorria com os olhos fazendo as ruguinhas de alegria. Há uma íntima conexão entre mente e corpo, e por conta disso seu cérebro "lê" o comportamento de sorrir e produz endorfinas, o resultado é uma sensação boa.
2- Perceba racionalmente os seus sentimentos
Combine com voce mesmo que não quer sentir raiva, decepção, etc. Isso possibilita reagir de modo mais adequado e não ter explosões emocionais.
3- Aprenda a desfrutar momentos de felicidade.
Descubra cada vez mais nuanças em um buquê de vinho. Conheça melhor a outra pessoa a sua frente e inicie uma amizade. Admire diariamente a luz do amanhecer. Etc.
4- Não adie nada que possa lhe proporcionar alegria
Nunca se sabe o que pode acontecer amanhã, se voce tem uma oportunidade de fazer algo bom por voce hoje, faça!
5- Imagine-se em uma posição fora de sua própria vida
Faça o exercício da "sacada". Imagine-se em uma sacada, olhando para voce em seus problemas. Isso facilita relativizar preocupações e sofrimentos e perceber como essas questões ficam pequenas quando vistas de fora.
6- Repita
Quanto mais os neurônios são estimulados mais a conexão se torna sólida. Repita tudo o que voce considera interessante ser consolidado em sua vida. Palavras, atitudes, imagens, etc.
7- Seja curioso
Curiosidade e entusiasmo estão diretamente relacionados. Quem sente curiosidade sobre um assunto é capaz de se entusiasmar facilmente com outras coisas. Procure se interessar pelo detalhes das coisas. Tenha em mente sempre perguntas que lhe traga curiosidade: Como funciona? Como é? Qual a estória por trás?
8- Tenha sempre atividades
A natureza nos premia quando levamos uma vida ativa. Force-se a atividades que voce sabe que podem lhe agradar. Com certeza voce sairá de casa com expressão de "Ai meu Deus", mas voltará com a expressão de "Ainda bem que eu fui".
9- Faça exercícios meia hora por dia
Exercícios físicos aliviam a depressão pois depois de 20 minutos de atividades ritimadas seus cerebro produz endorfinas, que são antidepressivos naturais.
10- Aprenda a apreciar o encanto do imprevisto
Sempre que o imprevisto lhe aparecer tente completar a frase: "não esperava por isso, mas foi bom porque......" .
11- Lembre com mais freqüência dos bons momentos
Para aumentar a sensação de satisfação tire alguns minutos por dia apenas para se lembrar dos bons momentos da sua vida.
12- Medite
Dirigir a percepção para um foco simples permite a pessoa esquecer o próprio eu e vivenciar sentimentos de euforia. Tranqüiliza o espírito e relaxa o corpo.
Ex. Fixar-se na cadencia da respiração.
Importante
Se voce decidir que quer ser mais feliz, esta é uma decisão muito importante pois requer, dedicação, esforço e tempo, mas trará resultados positivos.
Antonio Celso da Costa Brandão
Valorizando a auto-estima
A auto-estima é a valorização subjetiva que você faz de si mesmo em função dos seus atos, da sua relação com os outros e com o que está à sua volta. A auto-estima não é algo que você tem ou não, mas sim uma construção própria que nasce, cresce ou diminui a partir do modo como você interpreta as situações. Se você aprender a ver as suas experiências de forma positiva, reforçará todos os dias a imagem que tem de si mesmo, ou seja, sua auto-estima.
1-Antes de dizer uma frase de reprovação para si mesmo, pare e inverta o sentido. Transforme essa "frase lapidar" em um comentário positivo.
Antes de se criticar porque "nada dá certo", pense bem. Você verá que não é bem assim. Portanto, não diga frases desse tipo.
Veja tudo de modo positivo. Você pode dizer a si mesmo "as coisas dão certo quando eu me esforço e gosto de fazê-las".
2-Não use as palavras "sempre" ou "nunca" para se referir a si mesmo. Use "às vezes", "em certos momentos" ou expressões similares.
3-Não use palavras ofensivas para se referir a si mesmo.
Se você não faz isso com outras pessoas porque sabe que elas ficarão magoadas, por que faria isso com você mesmo?
Insultar-se, mesmo que em voz baixa, é abrir a porta para tolerar a ofensa de outras pessoas.
4-Não dite "regras universais" elaboradas a partir de experiências ruins. Se você não se deu bem com determinada pessoa, isso não tem por que se repetir em outras circunstâncias ou em outras relações.
5-Não seja radical, vendo ou avaliando tudo como branco ou preto, a favor ou contra, bom ou mau. É pouco provável que as situações, os atos ou as relações tenham apenas um aspecto. Faça um esforço para perceber o lado positivo e negativo de cada caso.
6-Não se sinta culpado por tudo. Você é responsável pelo que faz e pela maneira como reage aos atos de outras pessoas, não pelas decisões e atitudes dos outros.
7-Ao acordar de manhã, olhe para si mesmo de forma positiva e diga alguma coisa boa sobre você. Lembre-se disso várias vezes ao longo do dia.
Postados (republicados por Antonio Celso Brandão)
3.24.2010
A diferença na sua história...
Eu acho que a gente vive tão mal, que às vezes a gente precisa perder as pessoas pra descobrir o valor que elas têm. Às vezes as pessoas precisam morrer pra gente saber a importância que elas tinham, e isso aconteceu uma vez na minha vida.
Estava eu na minha casa, de manhã, quando recebi um telefonema dizendo que minha irmã estava morta. Minha irmã mais nova, cheia de vida... de repente não existe mais.
Fico pensando assim, que às vezes, na vida, o ensinamento mais doído seja esse: quando na vida nós já não temos mais a oportunidade de fazer alguma coisa, o inferno talvez seja isso - a impossibilidade de mudar alguma situação. E quando as pessoas morrem, já não há mais o que dizer, porque mortos não podem perdoar, mortos não podem sorrir, mortos não podem amar, nem tão pouco ouvir de nós que os amamos.
Não há pressa, o momento é feito para celebrar, a mística da última ceia está ali, Jesus reúne aqueles que pra ele tinha um valor especial, inclusive o traidor estava lá. E eu descobri com isso, com a morte da minha irmã, que eu não tenho o direito de esperar amanhã pra dizer que amo, pra perdoar, para abraçar, dizer que é importante, que é especial.
O amanhã eu não sei se existe, mas o agora eu sei que existe, e às vezes, na vida, nos perdemos... Eu me lembro quantas vezes na minha vida de irmão com ela, nós passávamos uma semana sem nos falarmos, porque houve uma briga, uma confusão. A gente se dava o luxo de passar uma semana sem se falar, e hoje eu não tenho mais nem 5 minutos pra conversar com alguém que foi importante, que foi parte de mim.
Não espere as pessoas morrerem, irem embora, não espere o definitivo bater na sua porta. Nós não conhecemos a vida e não sabemos o que virá amanhã. Viva como se fosse o último dia da sua história. Se hoje você tivesse que realizar a sua última ceia, porque é conhecedor que hoje é o último de sua vida, certamente você não teria tempo pra pressa. Você celebraria até o fim, e gostaria de ficar ao lado de quem você ama.
Viver o cristianismo é fazer a dinâmica da última ceia todos os dias. Viva como se fosse o último dia da sua vida; viva como se fosse a última oportunidade de amar quem você ama, de olhar nos olhos de quem pra você é especial.
E depois que minha irmã morreu, um tempo bem passado, eu descobrir porque eu gostava tanto dessa música que vou cantar agora. Ela não fala de um amor que foi embora; o compositor fez para a filha que morreu em um acidente; então, fica muito mais especial cantá-la e descobrir o cristianismo que está no meio das palavras, porque é assim, quando o outro vai embora é que a gente descobre o tamanho do espaço que
ele ocupava.
“Não sei por que você se foi,
Quantas saudades eu senti,
E de tristezas vou viver,
E aquele adeus não pude dar...
Você marcou a minha vida
Viveu, morreu
Na minha história;
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate...
E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...
Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado,
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato.
Não quero ver pra não lembrar,
Pensei até em me mudar...
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...
E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...”
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!
Agora o triste da música é que a gente precisa conjugar o verbo no passado, a pessoa já morreu, já não há mais o que fazer. Mas não tem nenhum sofrimento nessa vida que passe por nós sem deixar nenhum ensinamento...
Tem que nos ensinar, não dá pra sofrer em vão. Alguma coisa a gente tem que extrair...
Extraia o sofrimento e descubra o ensinamento. Se ele algum dia me tocou e me deixou algum ensinamento, eu faço questão de partilhá-lo com você agora. Depois da morte da minha irmã eu faço questão de viver a vida como se fosse o último dia.
Já que o passado é coisa do inferno, e a gente não está no passado, muito menos no inferno, resta a possibilidade de mudar o verbo, de trazê-lo para o presente e de cantá-lo olhando para as pessoas que são especiais. Quem sabe cantando pra ela nesse momento...
Se ela está ao seu lado, se você tem algum amigo que mereça ouvir isso de você, alguém que faz diferença na sua história...