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1.12.2011

Analgésicos de venda livre poderiam aumentar risco cardíaco

Berna (Suíça) - Estudo de pesquisadores da Universidade de Berna indica que alguns analgésicos de venda livre poderiam aumentar os problemas cardiovasculares. Os pesquisadores do centro chegaram a essa conclusão após realizar 31 testes clínicos com mais de 116 mil pessoas, que tomaram remédios comuns como o ibuprofeno.

O estudo, publicado na revista British Medical Journal, indica que o uso de anti-inflamatórios não esteróides (AINE) poderia aumentar em até três vezes o risco cardiovascular em idosos afetados por dores crônicas. No caso do ibuprofeno, o risco poderia ser três vezes maior enquanto outros remédios, como o diclofenaco aumentariam em até quatro vezes a possível aparição de problemas cardíacos.

Segundo o professor Peter Juni, chefe do Instituto de Medicina Social e Preventiva da Universidade de Berna e diretor do estudo, pessoas com menos de 65 anos que consomem estes remédios para dor de cabeça, não fumam, nem têm colesterol alto, "provavelmente não terão problemas".

No entanto, no caso das pessoas mais velhas que tomam anti-inflamatórios para combater dores crônicas, como as produzidas por artrites ou problemas lombares, o risco de morte por complicações cardiovasculares poderia ser três vezes maior.

A conclusão do estudo indica que não existe um anti-inflamatório que some a sua eficácia uma total segurança. Os especialistas da universidade propõem que seja reconsiderada a venda livre de remédios, como o diclofenaco e o ibuprofeno. As aspirinas, os AINE mais consumidos em nível mundial, foram excluídas da investigação por não existir testes clínicos em grande escala.

No entanto, segundo o professor Juni, o consumo do analgésico em pequenas doses ajuda na prevenção de problemas cardíacos enquanto seu uso excessivo pode causar ataques e úlceras gástricas.

As informações são da EFE

Saiba ainda que: 

Medicamento na dose certa Uso incorreto de qualquer remédio pode trazer graves prejuízos à saúde.
Erros na prescrição e no acompanhamento são alguns dos principais problemas

Venda livre
Existem remédios classificados como de venda livre. São aqueles que não precisam de prescrição médica para serem comprados, como os analgésicos, as vitaminas, os antiácidos, os laxantes e os descongestionantes nasais. O problema é que muitas vezes esses medicamentos são usados incorretamente e podem provocar reações adversas, como vômitos, tonturas, diarréia e outras mais severas.

Para não correr riscos no uso de medicamentos de venda livre, o consumidor deve primeiro procurar um farmacêutico para falar sobre o problema de saúde e discutir o recurso terapêutico mais indicado, se isso for realmente necessário. O paciente deve informar o farmacêutico se utiliza algum outro medicamento, para evitar casos de interação medicamentosa (quando dois remédios usados juntos provocam riscos à saúde) e a freqüência com que consome bebidas alcoólicas. “O consumidor deve estar atento para não confundir o farmacêutico, um profissional formado, com o balconista da farmácia, que não pode recomendar o uso de medicamentos”, alerta Murilo. “Durante o tratamento, se o paciente apresentar reações ao medicamento, deve procurar imediatamente um médico ou o farmacêutico da farmácia que lhe vendeu o produto”, completa.

Mulheres grávidas, idosos e crianças têm sempre de se consultar com um médico antes de tomar qualquer medicamento. Em relação aos idosos, as doses indicadas para eles não são as mesmas dos adultos e das crianças. No caso das gestantes e crianças, existem remédios contra-indicados. “A população idosa é um grupo que merece muita atenção, pois é comum que faça uso de vários medicamentos ao mesmo tempo, aumentando os riscos”.
Anvisa 

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