Boas Práticas Farmacêuticas

MÁ CONSERVAÇÃO DAS ESCOVAS DE DENTE PODE TRAZER DOENÇAS

O uso além do tempo recomendado pode causar problemas gastrointestinais e até febre.

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Uma pesquisa realizada pela Veris Faculdades, em Campinas, analisou as escovas de dente do brasileiro e constatou: a má conservação do utensílio pode ser um veneno para a saúde. Como geralmente elas ficam expostas na pia do banheiro e são usadas além do período indicado pelos especialistas, se tornam locais propícios à proliferação de fungos de bactérias, podendo causar problemas gastrointestinais e até febre.
As pesquisadoras Tássia Bulhões e Adriana Perez analisaram dez escovas dentárias. Metade com dois ou três meses de uso e a outra metade com apenas um mês. Segundo elas, todas as escovas analisadas apresentaram micro-organismos maléficos à saúde, mas as que foram utilizadas por menos tempo tiveram índices bem mais baixos.
Para se ter uma ideia, cada escova com mais de 30 dias de uso continha, em média, 1.100 coliformes fecais, 11 mil bactérias do tipo estafilococos coagulase negativa e cerca de 6.500 bolores e leveduras. Aquelas usadas por um mês apresentaram apenas 13 estafilococos, uma colônia de fungos e poucos coliformes fecais. A bactéria Pseudomonas aeruginosa, encontrada nas escovas usadas por mais tempo, não apareceu nas mais novas.
“Este estudo apresentou, pela primeira vez, um resultado quantitativo de bactérias. Com ele é possível notar que o ideal é a troca da escova a cada mês, pois a não higienização da mesma corretamente, pode trazer vários males para a saúde.”, salienta a odontóloga Christiane Toriy.
Para uma correta higienização das escovas dentárias especialistas recomendam deixar as cerdas de molho por dez minutos em um recipiente com antisséptico bucal ou solução à base de clorexidina, produtos facilmente encontrados na farmácia. Além disso, secar corretamente as cerdas e mantê-las guardadas em ambiente seco é fundamental. Lembrando, claro, de também trocar a escova dentária com frequência.