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2.08.2011

RETINOPATIA DIABÉTICA


Uma opção antes de se recorrer ao LASER

Uma das principais causas de cegueira no mundo, a retinopatia diabética, atinge a grande maioria dos diabéticos, especialmente aos que não são bem controlados. É uma questão de tempo.
Um dos primeiros órgãos a serem atingidos são os olhos. Este, tendo na sua camada nervosa interna, a retina que é uma extensão do SNC é o local onde encontramos a maior concentração de oxigênio do corpo humano, sendo por isto, o local onde os efeitos iniciais da doença se manifestam sob diversas formas (degeneração vítrea, catarata, etc.).
No diabetes, ocorre um fenômeno conhecido como glicação, que é a ligação da glicose com proteínas importantes (colágeno e elastina) dando origem aos AGES (advanced glications and produtions), verdadeiras fabricas de RL (radicais livres), o vilão de toda a doença.
Sabemos que o oxigênio que respiramos, 98 % dele é necessário para a formação da nossa energia vital (respiração celular aeróbia, formação de ATP – Ciclo de Krebs) e de 2 a 5 % formam o RL que neste quantitativo são colaboradores do nosso sistema imunológico, quanto a invasão de agentes invasores (antígenos e microorganismos).
Ocorre que na nossa alimentação, encontramos aditivos químicos (corantes, acidulantes, etc.), agrotóxicos, e em face dos solos pobres em minerais, vegetais quantidades nutricionais deficientes. Os alimentos de origem animal também estão contaminados por hormônios e outras substâncias nocivas à saúde. Junte-se a isso, o stress, radiações, fumo, alcoolismo exercícios extenuantes que aumentam acentuadamente a formação de RL, provocando o desequilíbrio deste quantitativo benéfico, o que leva a lesões no nosso DNA, gerando as doenças. Todo o sistema vascular é comprometido, em especial, os pequenos vasos, situados nos olhos, coronárias e rins. O exame oftalmológico nos proporciona a observações dessas lesões quando se realiza o fundo de olho.
A oftalmologia, numa visão muito especializada, esquecendo que o olho faz parte de um todo, oferece ao paciente, a aplicação do raio LASER, que melhoram temporariamente a evolução da doença, sendo que, como se trata de uma energia, ao atravessar o cristalina, precipitam as proteínas do mesmo, acelerando a evolução da catarata.
Com a evolução da medicina ortomolecular e seus poderosos antioxidantes, utilizados sob forma de manipulação ou mesmo na forma intravenosa, podemos reverter essas lesões, não somente dos olhos, em toda a microcirculação dos órgãos. Ressalte-se que isto é possível, na fase não proliferativa do diabetes. Em fases mais adiantadas também podem ocorrer melhoras, porem em menores proporções.
As vantagens em relação ao LASER são: melhora de todo o sistema vascular, especialmente a microcirculação; não desenvolve precocemente à catarata, não lesa células sadias e estabiliza a doença.

Artigo desenvolvido pelo Dr. J.H.Tamburini (Especialista em Oftalmologia do Conselho Brasileiro de Oftalmologia)

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